Portugal contabiliza hoje mais 27 mortos relacionados com a covid-19 e 2.447 novos casos confirmados de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim hoje divulgado, Portugal já contabilizou 121.133 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.343 óbitos.
Dos 27 óbitos, 13 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, oito na região Norte, cinco no Centro e um no Alentejo.
Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir desde há mais de uma semana sendo agora 1.672 pessoas, mais 98 do que no domingo, e destas 240 (mais dez) estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 59.631 pessoas, mais 882 do que no domingo.
A DGS revela ainda que estão ativos 48.834 casos, mais 1.341.
Nas últimas 24 horas foram dados como recuperados 1.079, totalizando 69.956 desde o início da pandemia.
Número de casos ativos voltou a subir, mais 1.341, superando a barreira dos 48 mil (48.834)
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, hoje com mais 1.633 casos, totalizando 51.932, e 1.030 mortos, dos quais oito nas últimas 24 horas, desde o início da pandemia em março.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 580 novos casos de infeção, contabilizando a região 53.412 casos e 940 mortes, das quais 13 nas últimas 24 horas.
Na região Centro registaram-se 167 novos casos, tendo sido ultrapassada a barreira das 10 mil infeções pelo novo coronavírus (10.118) e 296 mortos.
No Alentejo foram registados 24 novos casos de infeção, totalizando 2.436 com um total de 37 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 27 casos de infeção, somando 2.496 casos e 25 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados mais cinco casos nas últimas 24 horas, somando 345 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 11 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 394 infeções, sem registo de óbitos por covid-19 até hoje.
Houve mais 98 pessoas a precisar de internamento hospitalar, elevando o total nas enfermarias para 1.672 pacientes. Já nas Unidades de Cuidados Intensivos estão agora mais 10 pessoas, num total de 240
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 55.181 homens e 65.952 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.197 eram homens e 1.146 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 43 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Às segundas-feiras o boletim divulga o número de casos por concelhos, sendo o de Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (9.202), seguido de Sintra (7.454), Loures (4.641) e Amadora (3.722).
O concelho do Porto regista 3.508 infeções por SARS-CoV-2, Vila Nova de Gaia 3.246, Cascais com 3.054, Odivelas 2.888, Oeiras 2.334, Matosinhos 2.426, Vila Franca de Xira 2.185, Guimarães 2.168 e Braga com 2.049, precisa o relatório da situação epidemiológica.
Em Almada foram detetados 1.928 casos, em Paços de Ferreira 1.845, Seixal 1.782, Gondomar 1.740, Maia 1.648, Valongo 1.352, Lousada 1.253 e Paredes com 1.032
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Todos os concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2242 (DGS apresenta hoje 2.496), com 28 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 25).
À data de domingo, dia 18, a região do Algarve apresentava 796 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1420 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 159 (20% do total),
LOULÉ com 110 (14%),
LAGOS e PORTIMÃO com 93 cada (12%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são apenas dois: Aljezur e Monchique com 2 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Hospital de Santarém retomou atendimento a grávidas urgentes
A urgência da Maternidade do Hospital de Santarém está hoje a funcionar normalmente, já que os testes ao SARS-Cov-2 realizados domingo a 90 profissionais, incluindo sete anestesistas que tinham estado em contacto com uma colega infetada, tiveram resultado negativo.
A presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital de Santarém (HDS), Ana Infante, disse hoje à Lusa que “o pior cenário não se concretizou”, pois os resultados dos testes realizados no domingo deram todos negativo.
O HDS anunciou no domingo ter solicitado ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) o encaminhamento de grávidas urgentes para outros hospitais, por, no sábado, ter sido conhecido o resultado positivo do teste realizado a uma médica anestesista.
Ana Infante afirmou que, tendo os testes tido resultado negativo, os sete anestesistas que tinham sido colocados em isolamento podem regressar ao trabalho, permitindo que se realizem as cirurgias programadas.
Sublinhando que a Urgência cirúrgica nunca esteve em causa, a administradora do HDS frisou que, no domingo, a situação apenas se colocou com a Urgência obstétrica, por não ter sido possível, no imediato, arranjar uma anestesista substituta.
“Neste momento, a situação voltou à normalidade”, declarou.
Ana Infante afirmou que, na sequência do surto iniciado há uma semana no serviço de Medicina Não-Covid, o HDS tem neste momento 45 profissionais infetados e 64 em isolamento.
Contudo, afirmou, esta semana começam a regressar os profissionais que, “ou já fizeram os dez dias de doença e já estão curados, ou os 14 dias de quarentena”.
Em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considerou hoje a situação no Hospital de Santarém “grave” e “inadmissível a tentativa de desvalorização por parte da administração”.
Segundo o SEP, há neste momento um total de 46 enfermeiros ausentes, “uns por estarem infetados e estarem em isolamento profilático, e outros em quarentena para vigilância”.
O sindicato afirma ser “inaceitável” que a administração do HDS não se tenha preparado para uma “segunda onda da pandemia, já esperada”, sublinhando que “os enfermeiros alertaram durante o verão para a escassez” de profissionais, o “elevado número de horas extraordinárias e exaustão das equipas”.
“As contratações ao longo do ano sempre se demonstraram insuficientes e, inadmissivelmente, continuam a recorrer a ilegalidades com é o caso de horários de 12 horas e, agora, é colocar enfermeiros chefes na prestação de cuidados”, afirma o comunicado.
O SEP responsabiliza a administração do hospital, o Ministério da Saúde e o Governo pela situação “com que os profissionais estão confrontados por ausência de medidas de tampão no acesso aos serviços de internamento do hospital e, em consequência, pelo aumento dos ritmos de trabalho dos enfermeiros”.
Para o sindicato, a situação no HDS “demonstra que todos os profissionais estão na linha da frente do combate à pandemia e não apenas aqueles poucos que o Governo decide para poupar no prémio e no subsídio de risco”.
Wall Street cai com aumento de casos de covid-19
A bolsa de Nova Iorque registava hoje uma descida nos seus principais índices, nos momentos iniciais da sessão, numa altura em que aumentam os casos de covid-19 nos Estados Unidos e na Europa.
Às 14:25 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones descia 1,46% para 27.920,35 pontos e o índice tecnológico Nasdaq recuava 0,44% para 11.498,06 pontos.
O índice alargado S&P 500 perdia 0,90% e estava em 3.434,48 pontos.
Na Europa, as principais bolsas também seguiam em terreno negativo, com Frankfurt a baixar 2,75% e Paris 1,38%.
O aumento de casos de covid-19 na Europa e nos Estados Unidos preocupa os investidores, que receiam o seu impacto numa economia global já fragilizada.
Depois de um aumento recorde de casos diários durante o fim de semana, os Estados Unidos registaram 464 mortos por covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Com este balanço, o país atingiu 225.215 óbitos, com mais de 8,6 milhões de casos confirmados desde o início da pandemia, depois de terem sido identificados 64.549 contágios nas últimas 24 horas.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
Responsáveis médicos alertam que França “perdeu o controlo da epidemia”
Médicos franceses alertaram hoje que o seu país “perdeu o controlo da epidemia” de covid-19, um dia depois das autoridades de saúde terem relatado 52.000 novos casos, enquanto as nações europeias aumentam restrições para reduzir contágios.
Jean-François Delfraissy, presidente do conselho científico que assessora o Governo francês sobre o vírus, disse que o país está numa “situação muito difícil, crítica até”.
“Provavelmente existem mais de 50.000 novos casos todos os dias. A nossa estimativa no conselho científico é de cerca de 100.000. Entre os que não são testados e os assintomáticos, estamos perto desse número de casos. Isso significa que o vírus está a espalhar-se extremamente rápido”, afirmou Delfraissy à rádio RTL.
Eric Caumes, chefe do departamento de infeções e doenças tropicais do hospital Pitie-Salpetriere de Paris, disse que o país precisa de ser confinado novamente.
“Perdemos o controlo da epidemia, mas isso não data de ontem. Perdemos o controlo da epidemia há várias semanas”, indicou à emissora Franceinfo.
Em França, somam-se mais de 1,1 milhões de casos e 34.761 mortos.
Pandemia já provocou a morte de mais de 1,15 milhões de pessoas
A pandemia do novo coronavírus já causou pelo menos 1.155.301 mortos em todo o mundo desde que a doença foi conhecida em dezembro na China e até às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa), indica um balanço da AFP.
Mais de 43.080.500 casos de infeção foram registados desde o início da pandemia e pelo menos 29.194.100 pessoas foram consideradas curadas, adianta um balanço realizado pela agência de notícias francesa AFP.
O número de casos diagnosticados apenas reflete uma fração do número real de contaminações já que diversos países apenas testam os casos mais graves, outros privilegiam os testes para rastreio e numerosos países pobres apenas dispõem de capacidades limitadas de despistagem.
Nas últimas 24 horas, registaram-se 4.313 novas mortes e mais 408.969 infetados em todo o mundo, sendo que os países que registaram mais mortes no último dia foram a Índia (480), os Estados Unidos (461) e o Irão (337).
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela covid-19, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 225.239 mortos entre 8.636.995 casos, segundo o balanço da universidade Johns Hopkins.
Pelo menos 3.422.878 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 157.134 mortos em 5.394.128 casos, a Índia com 119.014 mortos (7.909.959 casos), o México com 88.924 mortes (891.160 infetados) e o Reino Unido com 44.896 mortes (873.800 casos).
Entre os países mais afetados, o Peru é o que conta com mais mortos em relação à sua população, 104 por cada 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (93), da Espanha (74) e da Bolívia (74).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) declarou um total de 85.810 casos (20 nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortos (0 no último dia), e 80.911 curas.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam, hoje às 11:00 TMG, 391.941 mortos em 10.943.182 casos, a Europa 262.837 mortes (8.876.668 infetados), os Estados Unidos e o Canadá 235.185 mortos (8.853.039 casos), a Ásia 166.317 mortos (10.212.958 infetados), o Médio Oriente 56.752 mortes (2.441.985 casos), África 41.257 mortos (1.718.636 casos) e a Oceânia 1.012 mortos (34.038 infetados).
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da Organização Mundial de Saúde.
Bélgica quase no limite de capacidade dos cuidados intensivos
A Bélgica está prestes a ultrapassar a barreira dos 1.000 pacientes de covid-19 nos cuidados intensivos e poderá chegar ao limite máximo de 2.000 dentro de duas semanas, anunciaram hoje as autoridades de saúde belgas.
“Nos próximos quatro dias, até ao final da semana, deveremos ultrapassar a barreira dos mil pacientes nos cuidados intensivos. Se não houver nenhuma alteração na curva do nosso comportamento, deveremos chegar, em 15 dias, aos 2.000 pacientes nos cuidados intensivos, que é a nossa capacidade máxima”, disse hoje, em conferência de imprensa, o porta-voz federal para a Saúde, Yves van Laethem.
Segundo os dados hoje divulgados, a Bélgica registou hoje uma média de 12.491 casos nos últimos sete dias, para um total de 321.031 desde o início da pandemia, e um total de 757 pacientes de covid-19 internados nos cuidados intensivos.
Van Laethem sublinhou a necessidade da limitação de contactos, apelando a que cada um assuma as suas responsabilidades.
Na região de Bruxelas entram hoje em vigor novas regras, mais rigorosas do que as nacionais, com recolher obrigatório entre as 22:00 e as 06:00, ginásios, salas de espetáculos e locais de culto encerrados.
Apesar de as autoridades terem deixado de testar assintomáticos, continuam a ser realizados cerca de 80 mil testes por dia na Bélgica, sendo que um em cada cinco é positivo na média nacional e a taxa de reprodução do coronavírus SARS-CoV-2 é de 1,487.
A covid-19 já matou 10.810 pessoas na Bélgica, país que apresenta a segunda maior taxa de incidência da doença – 1.165 por cem mil habitantes nos últimos 14 dias – da Europa, depois da República Checa (1.284).
Testes rápidos devem ser aplicados em surtos em escolas ou lares
A Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2, hoje publicada, determina que em situações de surto em escolas, lares ou outras instituições devem ser utilizados preferencialmente testes rápidos no sentido de aplicar “rapidamente as medidas adequadas de saúde pública”.
“Em situação de surto (como, por exemplo, escolas, estabelecimentos de ensino, Estruturas Residenciais Para Idosos (ERPIs) e instituições similares/fechadas) devem ser utilizados, preferencialmente, testes rápidos de antigénio (TRAg)”, refere a estratégia hoje divulgada pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o documento, “os testes devem ser realizados pelas equipas de Saúde Pública indicadas para a intervenção rápida (incluindo a obtenção de resultados dos testes laboratoriais utilizados em menos de 12 horas), em articulação intersectorial com os parceiros municipais, ou outras, de forma a implementar rapidamente as medidas adequadas de saúde pública”.
África com mais 117 mortes e 9.123 infeções
África registou nas últimas 24 horas mais 117 mortos devido à covid-19, num total de 41.262 óbitos, e o número de infetados subiu para 1.716.864, segundo os dados mais recentes da pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nos 55 Estados-membros da organização houve mais 9.123 infetados e o número de recuperados subiu 7.290 nas últimas 24 horas, para um total de 1.406.528.
A África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, com 792.570 infetados e 20.403 vítimas mortais. Nesta região, só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 715.868 casos e 18.968 óbitos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 472.367 pessoas infetadas e 13.193 mortos e na África Oriental há 204.718 infetados e 3.803 vítimas mortais.
Na região da África Ocidental, o número de infeções é de 187.449, com 2.730 vítimas mortais, e na África Central há 59.760 casos e 1.133 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.199 mortos e 106.540 infetados, e Marrocos contabiliza 3.301 vítimas mortais e 197.481 casos de infeção.
A Argélia surge logo a seguir, com 56.143 infeções e 1.914 mortos.
Entre os seis países mais afetados estão também a Etiópia, que regista 93.343 casos de infeção e 1.426 vítimas mortais, e a Nigéria, com 61.992 infetados e 1.130 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Angola regista 268 óbitos e 9.381 casos, seguindo-se Cabo Verde (94 mortos e 8.396 casos), Moçambique (86 mortos e 11.986 casos), Guiné Equatorial (83 mortos e 5.079 casos), Guiné-Bissau (41 mortos e 2.403 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 935 casos).
Merkel avisa Alemanha que os próximos meses vão ser “muito difíceis”
A chanceler alemã, Angela Merkel, avisou a Alemanha de que os próximos meses vão ser “muito difíceis”, já que o número de infeções por covid-19 continua a crescer diariamente, tendo-se registado 8.685 nas últimas 24 horas.
“Vamos ter meses muito, muito difíceis pela frente”, alertou Merkel no domingo à tarde, numa conferência interna com os chefes do grupo parlamentar conservador dos estados federais, segundo a edição de hoje do jornal Bild.
A chanceler também admitiu estar preocupada com o encontro de dia 30 entre as autoridades regionais e disse não ter “um pressentimento muito bom”.
“Isto não pode continuar assim”, considerou, referindo que os contágios deverão continuar a aumentar fortemente e que, pelo menos até fevereiro, será necessário renunciar a eventos de grandes dimensões, mesmo em espaços exteriores.
A chanceler considerou ainda que grande parte da responsabilidade pelo aumento das infeções foi “das viagens de férias”.
O jornal sublinha que Merkel não se referiu, em nenhum momento, a uma segunda paralisação da vida pública, mas deixou clara a sua convicção de que o vírus não pode ser controlado “por meios simples”.
No sábado, Merkel apelou novamente à população para reduzir os contactos, dada a sua repercussão no aumento de infeções por coronavírus, e repetiu a mensagem transmitida num vídeo divulgado na semana passada, porque cada uma das palavras pronunciadas no podcast “continua a ter a mesma validade”, defendeu.
“A minha convicção fundamental não mudou, acho que só se tornou mais urgente: não somos impotentes contra o vírus, o nosso comportamento decide como e com que rapidez é que se espalha. E o que todos temos de fazer agora é reduzir os contactos. Encontrarmo-nos com muito menos pessoas”, disse.
Também o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, pediu, no domingo, à população que colabore para conter a pandemia, numa mensagem de vídeo gravada na sua casa, onde está de quarentena, após ter feito um teste que lhe indicou, na quarta-feira, estar infetado pelo coronavírus.
“Por favor, continuem a ajudar, não deem ouvidos a quem banaliza [a situação]. Isto é grave. Sabemos o que este vírus pode causar, precisamente em pessoas com doenças prévias e em idosos”, defendeu.
A Alemanha registou 8.685 novos infetados nas últimas 24 horas – após os 11.176 casos contabilizados no domingo e um novo máximo de 14.714 no sábado -, o que é atribuído ao facto de nem todos os estados federais comunicarem os seus dados nos fins de semana.
O número de novas infeções divulgado hoje representa o dobro dos 4.325 novos casos registados na segunda-feira da semana passada.
Segundo dados atualizados à meia-noite pelo Instituto Robert Koch, entidade responsável na Alemanha pelo controlo e prevenção de doenças, o total de infetados desde o anúncio do primeiro contágio no país, no final de janeiro, é de 437.866, incluindo 10.056 mortos, o que representa mais 24 vítimas mortais num só dia.
Cerca de 326.100 pessoas superaram a doença.
A incidência de contágios de covid-19 no país é atualmente de 80,9 casos por cada 100.000 habitantes em sete dias.
Rússia atinge novo recorde diário com 17.347 novos casos
A Rússia registou 17.347 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde diário de casos desde o início da pandemia, informaram as autoridades sanitárias russas.
Os óbitos por covid-19 registados durante as últimas 24 horas na Rússia ascenderam a 219, o que perfaz um total de 26.269 mortes causadas por esta doença, de acordo com as estatísticas oficiais.
Moscovo, o maior foco de infeção do país desde o início da epidemia, somou 5.224 novos casos e 62 mortes por coronavírus à sua contagem diária.
Para conter a epidemia, a Câmara Municipal de Moscovo ordenou o teletrabalho para pelo menos 30% dos trabalhadores de empresas e organizações nos casos em que não afeta o seu funcionamento e recomendou os cidadãos com mais de 65 anos e os doentes crónicos a ficarem em casa.
As autoridades da capital, que já montaram vários hospitais de campanha, garantem que as infraestruturas de saúde de Moscovo, com cerca de 13 milhões de habitantes, estão em condições de resistir a esta vaga de novo coronavírus.
A segunda cidade russa mais atingida pela epidemia é São Petersburgo, a ex-capital imperial, que embora nas últimas 24 horas não tenha registado nenhuma morte por covid-19, atingiu um novo máximo de casos positivos diários: 715.
Moscovo e São Petersburgo acumulam 38,3% do total de mortes por covid-19 no país: 24,5 e 13,8%, respetivamente.
O governo russo descartou, por enquanto, a imposição de medidas drásticas, como o recolher obrigatório ou o confinamento, que já estão a ser aplicadas e vários países europeus.
Com um total de 1.531.224 casos, a Rússia é hoje o quarto país do mundo, depois dos Estados Unidos, Índia e Brasil, em número de casos positivos para o novo coronavírus.
Alemanha regista 8.685 novas infeções nas últimas 24 horas
A Alemanha registou 8.685 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um número muito abaixo do balanço de sábado (11.176), porque nem todos os estados federados comunicam os dados no fim de semana.
No entanto, o Instituto Robert Koch (RKI) de virologia já tinha assinalado que no sábado o número de novos positivos tinha disparado por incluir vários casos registados na quinta-feira, devido a um problema técnico no servidor, que levou a que os dados fossem comunicados tardiamente e não entrassem na contagem de sexta-feira.
O número de novas infeções registadas hoje é o dobro dos 4.325 novos casos contabilizados na segunda-feira da semana passada.
Segundo os dados do RKI atualizados, o número total de casos positivos desde a primeira infeção registada no país, no final de janeiro, é de 437.866, com 10.056 mortes, mais 24 que nas 24 horas anteriores.
Cerca de 326.100 pessoas já recuperaram da doença.
Índia com 480 mortos e 45.148 casos nas últimas 24 horas
A Índia registou 480 mortos e 45.148 infetados com covid-19 nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde indiano.
Desde que a pandemia chegou ao país, a Índia diagnosticou mais de 7,9 milhões de infeções (7.909.959), que provocaram 119.014 mortes.
Apesar de uma redução gradual do número diário de casos nas últimas semanas, a Índia continua a ser o segundo país do mundo com mais infeções, a seguir aos Estados Unidos, atualmente com mais de 8,6 milhões de casos.
A capital indiana registou mesmo um aumento do número de casos, com quase 4.000 novas infeções nas últimas 24 horas, o balanço diário mais elevado das últimas cinco semanas.
Os festivais hindus e a poluição do ar, causada pelo trânsito e incêndios agrícolas, também preocupam técnicos de saúde, que temem um aumento do número de casos.
“Quando se tem níveis elevados de poluição atmosférica, vê-se um aumento de infeções graves por covid-19”, disse Randeep Guleria, perito de saúde governamental, citado pela agência de notícias Associated Press (AP).
Alguns especialistas defendem que a redução do número de casos nas últimas semanas indica que a pandemia já atingiu o pico na Índia, enquanto que outros questionam a fiabilidade dos testes de antigénio usados, mais rápidos mas menos precisos que os tradicionais testes RT-PCR.
Timor-Leste regista um novo caso, importado pela fronteira terrestre
As autoridades timorenses anunciaram ontem um novo caso positivo da covid-19, o 30.º do país desde o início da pandemia.
A coordenadora-geral da Comissão nacional de Controlo do Surto da Covid-19, Odete da Silva Viegas, disse em conferência de imprensa que o novo caso é um homem de 59 anos que entrou no país no passado dia 16 de outubro, tendo viajado depois para Díli onde estava em quarentena.
O paciente começou a mostrar sintomas na semana passada tendo sido testado, com o resultado positivo a ser confirmado hoje, explicou.
Já recuperado e com alta está o 29.º doente infetado, um homem que tinha chegado a Timor-Leste por via aérea, anunciaram hoje as autoridades. O país tem agora um caso ainda ativo.
Atualmente, 362 pessoas estão em quarentena em instalações ou hotéis do Governo, e 263 em autoconfinamento.
O Governo continua a realizar vigilância sentinela nos postos de saúde do país, testando todos os que se apresentam por sintomas de doenças respiratórias.
Desde o início da pandemia, as autoridades realizaram já mais de 10.600 testes à covid-19.
Timor-Leste está no seu sexto período de estado de emergência desde o início da pandemia – que termina no inicio da novembro -, tendo o Governo solicitado a sua renovação por mais 30 dias.
China regista 20 novos casos importados
A Comissão de Saúde da China anunciou hoje terem sido identificados 20 casos de covid-19, nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior.
Os casos ‘importados’ foram diagnosticados em Xangai (leste), Mongólia Interior (norte), Shaanxi (noroeste), Hebei (norte), Shanxi (noroeste), Guangdong (sul), Sichuan (sudoeste) e Fujian (sudeste).
A cidade de Kashgar, na região de Xinjiang, confirmou a existência de 137 casos assintomáticos, relacionados com uma adolescente infetada, e também sem sintomas, detetada no sábado, durante um exame de rotina.
Após o diagnóstico, as autoridades de saúde lançaram uma campanha de testes em grande escala que prevê abranger 4,7 milhões de pessoas.
A China não inclui pessoas infetadas assintomáticas nas estatísticas oficiais até que apresentem sintomas da doença.
As autoridades disseram que, nas últimas 24 horas, 20 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 265, incluindo quatro doentes em estado grave.
Desde o início da pandemia, a China registou 85.810 infetados e 4.634 mortos devido à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.