Em junho, pelo menos 84 mulheres grávidas não tiveram os filhos no local que tinham previsto, tendo sido transferidas para outro hospital. Segundo os dados oficiais das transferências a que o jornal “Público” teve acesso, as 84 grávidas correspondem a 1,7% do total de partos nos hospitais do SNS durante o mês de junho.
“Este número está acima do habitual e muito elevado para um país europeu. Não haverá mais de 1% de transferências nos países europeus. A regra é o parto ser feito na instituição que as mulheres escolhem, apesar de haver situações em que não é possível evitar a transferência”, salienta o presidente da comissão nomeado em junho para acompanhar a chamada crise das maternidades, Diogo Ayres de Campos.
“As situações de transferência, quer ocorram ou não em trabalho de parto, deviam ser excecionais”, acrescenta o médico. De acordo com o mesmo jornal, os dados não traduzem a verdadeira dimensão da problemática porque não incluem grávidas que foram encaminhadas pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) para outros hospitais.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL