Clévio Nóbrega, docente do Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina da Universidade do Algarve, ganhou uma bolsa no valor de 22 mil euros para estudar, durante os próximos dois anos, a Ataxia Cerebelosa do tipo 2, uma doença rara do foro neurológico, ainda sem cura, que afecta o equilíbrio, a coordenação e a fala.
O objectivo da investigação, que vai ser desenvolvida no Centro de Investigação em Biomedicina (CBMR), no Laboratório de Neurociência Molecular, em colaboração com o Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), é testar um fármaco, já existente e autorizado para uso humano, para tentar atrasar a progressão da doença.
Até ao momento não existe qualquer tratamento para esta e outras doenças semelhantes, sendo aplicados apenas tratamentos sintomáticos incapazes de atrasar ou impedir a sua progressão.
Projecto tem início já em Outubro e é financiado pela Ataxia UK
O projecto ‘Neuroprotective therapeutic approach of Spinocerebellar ataxia type 2: pharmacological targeting of AMPK’, é financiado pela Ataxia UK, uma instituição privada sem fins lucrativos que procura ajudar pacientes e famílias afectados pela doença.
O projecto de Clévio Nóbrega vai iniciar já em Outubro e inscreve-se assim num conjunto de projectos inovadores em todo o mundo que procuram, através do financiamento das suas investigações, desenvolver tratamentos e alternativas no âmbito dos diversos tipos de Ataxias.
O investigador e a sua equipa podem dar um passo importante no tratamento da doença uma vez que a aplicabilidade do fármaco poderá ser acelerada por não se tratar de um medicamento experimental.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)