Portugal contabiliza hoje mais três mortos relacionados com a covid-19 e 687 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgado.
O Número de novos casos em 24 horas contabilizado hoje é o mais alto desde 16 de abril, quando foram registados 750 novos casos de infeção.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 1.855 mortes e 62.813 casos de infeção.
Duas mortes foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo e outra teve lugar na região do Algarve.
Em vigilância permanecem 35.712 contactos, mais 531 em relação a quinta-feira.
O destaque vai para o número de novos infetados: é o mais alto desde 16 de abril, há quase cinco meses, quando se registaram 750 pessoas com covid-19. Este valor supera o de anteontem (646), que era o mais elevado desde 20 de abril. A taxa de aumento de casos é de 1,11%: para se encontrar um valor idêntico é necessário recuar até 28 de junho
– Expresso
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados 368 novos casos, contabilizando 32.170 e 694 mortes desde o início da pandemia.
A região Norte regista hoje mais 226 casos, somando agora um total de 22.819, com 852 mortos.
Na região Centro registaram-se mais 60 casos, tendo agora um total de 5.154 infeções e 254 mortos contabilizados desde o início da pandemia.
No Alentejo foram registados mais 12 casos de covid-19, totalizando 1048 casos e 22 mortos.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 15 casos de infeção, totalizando agora 1.207 casos e 18 mortes.
Na região autónoma dos Açores foram registados cinco novos casos, somando um total de 234 infeções contabilizadas desde o início da pandemia e 15 mortos.
Na Madeira há hoje o registo de um novo caso, contabilizando 181 infeções, sem qualquer óbito desde o início da pandemia.
A DGS avança também que nas últimas 24 horas 203 doentes recuperaram, totalizando 43.644 pessoas dadas como recuperadas desde o início da pandemia em Portugal.
O número de internados desceu para 404 (menos dois) e o de doentes em internamento nas Unidades de Cuidados Intensivos baixou para 54 (menos três).
Trata-se do 14.º dia com mais novos casos desde o início da pandemia, um número já compatível com os registados no pico atingido em Portugal entre finais de março e meados de abril
– Expresso
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus afetou em Portugal pelo menos 28.360 homens e 34.453 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 935 eram homens e 920 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 910.300 mortos e mais de 28,2 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Casos ativos em Loulé representam mais de um terço dos casos do Algarve
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados, até esta segunda-feira, elevava-se a 1164 (DGS apresenta hoje 1.207), com 19 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 18).
À data de segunda-feira, dia 7, a região do Algarve apresentava 259 casos ativos de doentes com Covid-19 e 886 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
LOULÉ com 94 (36% do total),
ALBUFEIRA com 45 (17%),
FARO com 29 (11%) e PORTIMÃO com 27 (10%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são: Lagoa e São Brás de Alportel com 6 cada um, Tavira com 5, Vila do Bispo com 3, Vila Real de Santo António com 2 e Alcoutim com 1.
Os concelhos de Aljezur, Castro Marim e Monchique continuam a não registar qualquer caso ativo.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
Algarve teve mais 58 casos confirmados nos últimos 8 dias
No espaço de 8 dias, o número de internados manteve-se, mas desta vez, dos oito existentes, dois estão internados nos cuidados intensivos (-1), informou a Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro, esta sexta-feira.
São agora referidos 1206 casos Covid-19 confirmados, mais 58 do que a semana passada, dos quais já 265 ativos, menos 21.
O número de altas subiu para 107, mais uma, e o número cumulativo de doentes recuperados é agora de 921, o que representa 76,37%.
Esta última atualização semanal (23:59, de 10 de setembro) é referente aos números do Algarve divulgados pela CDPC de Faro.
– VER QUADRO SUPERIOR
O comunicado da CDPC refere ainda que “desde dia 5 de agosto, realizaram-se 166 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, em todos os municípios da Região do Algarve, com o objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19. Albufeira (11), Alcoutim (6), Aljezur (1), Castro Marim (3), Faro (18), Lagos (14), Lagoa (7), Loulé (27), Monchique (2), Olhão (7), Portimão (26), São Brás de Alportel (8), Silves (5), Tavira (19), Vila do Bispo (6) e Vila Real de Santo António (6).
O comunicado refere ainda que foi “ampliada a capacidade de receção de corpos, nas morgues das Unidades Hospitalares de Faro e de Portimão do CHUA”.
Todas as autarquias com responsabilidades na gestão dos cemitérios isentaram, de taxas municipais, os funerais sociais, de forma a agilizar os procedimentos e desbloquear os processos para assegurar uma maior capacidade das morgues.
O CDPC de Faro deixou de enviar às redações, desde 3 setembro, os gráficos, que indentificavam os números ativos por concelhos e a evolução do número de casos confirmados.
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Mais 5.882 mortes entre 01 de março e 30 de agosto face a 2019
Entre 01 de março e 30 de agosto morreram em Portugal mais 5.882 pessoas que em igual período de 2019, uma variação resultante do aumento de mortes de pessoas com mais de 75 anos, segundo o INE.
“O número total preliminar de óbitos ocorridos entre 1 de março e 30 de agosto de 2020 foi superior em 5.882 relativamente ao número dos registados em igual período em 2019 e superior em 3.757 casos relativamente ao mesmo período de 2018”, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
O INE adianta que a variação positiva relativamente a 2019 resulta sobretudo do acréscimo do número de óbitos em pessoas com 75 e mais anos (+ 5.162).
Os dados globais de sobre mortalidade constam dos “Indicadores de contexto demográfico e da expressão territorial da pandemia Covid-19 em Portugal” divulgados hoje pelo INE.
Especificamente sobre a pandemia de covid-19 o INE refere que “a expressão da pandemia continua a ser caracterizada por uma elevada heterogeneidade territorial”, com os dados divulgados hoje a indicarem que em 164 dos 308 municípios portugueses, os óbitos nas últimas quatro semanas (entre 03 e 30 de agosto de 2020) foram superiores ao valor homólogo de referência.
“A partir do final de agosto observa-se uma tendência de aumento do número de novos casos de covid-19, com valores acima de 2.500 novos casos a partir de 7 de setembro (valores acumulados dos últimos 7 dias) e atingindo os 3.075 novos casos (correspondentes a 3,0 novos casos por 10 mil habitantes) a 9 de setembro”, refere o INE.
Em 06 de setembro, data de referência dos últimos dados divulgados pela DGS ao nível municipal, por cada 10 mil habitantes, registaram-se, 2,4 novos casos de covid-19, sendo que em 53 municípios este valor foi superior.
Na região Norte, 29 municípios registaram um valor acima da média do país, salientando-se um conjunto de 13 municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) e territórios limítrofes – Arouca, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Santo Tirso e Paredes, na AMP, e os municípios de Lousada, Felgueiras, Paços de Ferreira, Castelo de Paiva e Penafiel no Tâmega e Sousa, e de Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Vizela no Ave.
Com valores superiores a sete novos casos por 10 mil habitantes, destacavam-se, ainda, os municípios de Sernancelhe (Douro) e Vimioso (Terras de Trás-os-Montes).
Na Área Metropolitana de Lisboa (AML), do total de 18 municípios, 11 apresentaram valores acima do nacional: Sintra e Amadora, com cinco ou mais casos confirmados por 10 mil habitantes, seguindo-se os municípios de Vila Franca de Xira, Odivelas, Lisboa, Oeiras, Loures, Setúbal, Barreiro, Mafra e Seixal.
Também alguns municípios das regiões Centro (Arruda dos Vinhos, Santa Comba Dão, Cantanhede, Águeda e Sátão), Alentejo (Odemira, Santarém, Reguengos de Monsaraz, Campo Maior, Sines, Benavente e Mora) e Algarve (Loulé) apresentavam valores superiores ao valor nacional.
“A análise da concentração territorial dos novos casos revelou uma tendência de aumento até 14 de junho, seguida de uma progressiva redução, atingindo-se o maior nível de dispersão territorial da série de 19 de abril a 6 de setembro, a 6 de setembro”, sublinha.
No conjunto de sete dias terminados a 06 de setembro, a AML representava 40% dos novos casos do país (28% da população residente, em 2019).
“Ao longo das últimas semanas, verificou-se também um aumento do número de novos casos na AMP, registando-se uma aproximação aos valores de novos casos confirmados por 10 mil habitantes observados para o país”.
Segundo o INE, os novos casos registados nas duas áreas metropolitanas representavam a 06 de setembro mais de metade (56%) do total de novos casos do país.
A 06 de setembro existiam em Portugal 58,8 casos de covid-19 por 10 mil habitantes.
A análise de regressão da série diária dos novos casos confirmados evidencia “uma estrutura semanal caracterizada pelo registo de um maior número de casos diários, em termos relativos, em cada semana nos dias úteis de 3ª a 6ª feira, do que os apurados nos outros dias”.
Madeira já investiu 11ME no rastreio de viajantes e vai manter operação
O Governo da Madeira já investiu cerca de 11 milhões de euros na operação de rastreio de viajantes nos portos e aeroportos do arquipélago e não prevê quanto mais poderá gastar, disse hoje o chefe do executivo.
“Até o surto pandémico estar controlado ou até encontrarem uma vacina não temos outra solução, porque é a única forma de controlarmos a pandemia”, afirmou Miguel Albuquerque, à margem de uma visita a uma escola básica de Machico, zona leste na ilha.
A operação de rastreio de viajantes nos portos e aeroportos da Madeira e do Porto Santo entrou em vigor em 01 de julho, na sequência de uma resolução do executivo, de coligação PSD/CDS-PP, que determinou a obrigatoriedade de apresentação de um teste negativo para covid-19 realizado até 72 horas antes do início da viagem ou, então, a sua realização à chegada.
Segundo dados oficiais, foram realizadas 51.521 colheitas para teste até às 17:00 de quinta-feira, o que corresponde a mais de metade dos passageiros desembarcados na região.
“O que eu digo é que fomos pioneiros no controlo das entradas e saídas. Acho que isso resultou, foi extremamente positivo para a região e vamos continuar a fazê-lo. Temos de ter dinheiro para fazê-lo”, afirmou Miguel Albuquerque.
E reforçou: “Neste momento, não posso dizer quando é que vai acabar. O que posso dizer é que vamos continuar a manter estas equipas em funcionamento, porque é a nossa defesa.”
O presidente do Governo Regional destacou, por outro lado, a manutenção da Madeira e dos Açores no corredor aéreo com o Reino Unido, quando o território continental foi excluído na quinta-feira.
“Lamento que o país tenha saído do corredor, mas a Madeira é de toda a justiça que não esteja inserida [na lista do Reino Unido], uma vez que não temos aqui surtos pandémicos e temos a situação controlada”, declarou.
De acordo com os mais recentes dados divulgados pelo Instituto de Administração de Saúde da Madeira (IASaúde), a região regista 42 casos ativos de covid-19, 29 dos quais importados e 13 de transmissão local, perfazendo um total cumulativo de 178 situações confirmadas e 136 recuperados.
“Fizemos um conjunto de diligências muito importantes junto das instâncias governativas do Reino Unido e o embaixador [em Portugal, Cristopher Sainty] teve um papel muito importante no sentido de levar em linha de conta a particularidade da situação na Região Autónoma da Madeira”, sublinhou.
Mais de 910 mil mortos e 28,2 milhões de infetados em todo mundo
A pandemia do novo coronavírus já causou a morte de mais de 910 mil pessoas e infetou mais de 28,2 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP baseado em dados oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência francesa de notícias, já morreram pelo menos 910.300 pessoas e 28.221.090 foram infetadas em 196 países e territórios desde o início da epidemia de covid-19, em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan.
Pelo menos 18.803.600 casos já foram considerados curados pelas autoridades de saúde.
A AFP adverte que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves, outros usam o teste como uma prioridade para rastreamento e muitos países pobres têm apenas capacidade limitada de rastreamento.
Nas últimas 24 horas foram registadas 5.862 novas mortes e 302.322 novos casos em todo o mundo. Os países que registaram o maior número de novas mortes são a Índia (1.209), os Estados Unidos (1.000) e o Brasil (983).
Os Estados Unidos são o país mais afetado em termos de mortes e casos, com 191.802 mortes em 6.397.547 casos, segundo um balanço da Universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.403.511 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 129.522 mortes e 4.238.446 casos, a Índia com 76.271 mortes (4.562.414 casos), o México com 69.649 mortes (652.364 casos) e o Reino Unido com 41.608 mortes (358.138 casos).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau) contabilizou oficialmente um total de 85.168 casos (15 novos entre quinta-feira e hoje), incluindo 4.634 mortes e 80.377 recuperações.
A América Latina e as Caraíbas totalizaram 305.083 mortes e 8.071.049 casos, a Europa 220.323 mortes (4.385.463 casos), Estados Unidos e Canadá 201.001 mortes (6.532.200 casos), Ásia 111.612 mortes (6.228.252 casos), Médio Oriente 39.316 mortes (1.641.250 casos), África 32.115 mortes (1.332.519 casos) e Oceânia 850 mortes (30.362 casos).
Relator da ONU diz que pandemia deverá criar mais 176 milhões de pobres
Um especialista em pobreza das Nações Unidas alertou hoje que o número global de pobres pode aumentar em 176 milhões devido ao impacto da covid-19, referindo que as medidas de proteção social tomadas pelos Governos são insuficientes.
Os governos orçaram no total cerca de 589 mil milhões de dólares (496 mil milhões de euros) para proteção social na atual crise, o que representa cerca de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mas a análise do relator, hoje divulgada, considera que essas iniciativas não vão impedir o aumento da pobreza.
Esse aumento pode chegar a 176 milhões de pessoas, se a linha de pobreza for considerada para rendimentos abaixo de 3,2 dólares (2,7 euros) por dia, avisou Olivier De Schutter, um académico jurídico belga nomeado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU como relator especial sobre pobreza extrema e direitos humanos.
De Schutter também indicou que muitas comunidades necessitadas podem estar a ser excluídas dos planos de proteção, devido a pormenores como o facto de muitos programas solicitarem que os beneficiários se registem pela internet, meio a que muitas famílias de baixos rendimentos não têm acesso.
Outros programas colocam “condições impossíveis de satisfazer” por pessoas em condições de trabalho precárias ou sem residência permanente, como é o caso de muitos trabalhadores migrantes ou do setor informal (61% da força de trabalho mundial), denuncia o relator belga.
“As piores consequências da crise sobre a pobreza ainda estão por vir”, previne o relator das Nações Unidas, que também lamenta que muitos dos programas de proteção social já estejam a ser abandonados ou não possam ser renovados caso o partido político dos governos mude em futuras eleições.
Face à situação e nas vésperas da Assembleia-geral das Nações Unidas, que reunirá vários líderes mundiais em teleconferência, o relator pediu aos representantes dos vários países para que reforcem os planos de ajuda aos grupos mais vulneráveis “com base em princípios de direitos humanos”.
O relator considerou ainda que a desaceleração económica resultante da pandemia não tem precedentes em tempos de paz desde a Grande Depressão da década de 1930.
“As famílias pobres já esgotaram todas as reservas que possuíam e venderam os seus ativos”, disse, sublinhando que “os piores impactos da crise sobre a pobreza ainda estão por vir”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 904 mil mortos e quase 28 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 4,9% em 2020, arrastada por uma contração de 8% nos Estados Unidos, de 10,2% na zona euro e de 5,8% no Japão.
Israel ultrapassa os 4.000 casos diários e prepara novo confinamento
Israel registou nas últimas 24 horas um novo máximo de casos do novo coronavírus, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos quatro mil casos diários (4.038), após quatro dias consecutivos com um recorde de infeções.
O governo israelita deverá decidir no domingo se o país volta ao confinamento.
Os dados do Ministério da Saúde indicam que os 4.038 casos, mais 87 que no dia anterior, fazem aumentar o total de infetados para os quase 150.000, num país com cerca de nove milhões de habitantes. Até agora morreram 1.077 pessoas com a doença.
Israel reimpôs esta semana um confinamento parcial em algumas localidades para combater o aumento das infeções, com a comunidade árabe israelita em mira, já que tem sido duramente atingida nesta segunda onda da covid-19.
Quando o vírus apareceu em março, apenas 5% dos casos eram de árabes israelitas – descendentes dos palestinianos que ficaram nas suas terras após a criação de Israel em 1948 e que representam cerca de 20% da população do Estado hebreu -, atualmente 30% dos infetados pertencem a esta comunidade, segundo dados daquele ministério.
Numa deslocação no início da semana a Daliyat al-Carmel, cidade árabe perto de Haifa (norte), o coordenador nacional da luta contra a covid-19 alertou que “dezenas de cidadãos árabes morrerão nas próximas semanas se a epidemia não for controlada”.
“Vamos registar centenas de vítimas se os cidadãos árabes não agirem de forma responsável”, insistiu Ronni Gamzu.
Das 40 localidades que desde terça-feira estão com recolher obrigatório noturno, 29 são árabes e as restantes de judeus ultraortodoxos.
Em ambos os casos, as comunidades são compostas de famílias numerosas que vivem em habitações pequenas o que explica uma taxa de infeção mais elevada, indicou um porta-voz do referido ministério.
O médico Zahi Said, porta-voz do ministério da Saúde de Israel, chamou igualmente a atenção para as concentrações de pessoas que continuam a realizar-se e nomeadamente os casamentos.
Face à situação em Israel, o gabinete de coordenação da epidemia aprovou na noite de quinta-feira um novo confinamento total para impedir a propagação do vírus.
O plano, que terá de ser ratificado, prevê três etapas, começando com um confinamento rigoroso de duas semanas, durante as quais os cidadãos não se poderão afastar das suas casas mais do que 500 metros, as lojas não essenciais estarão fechadas, assim como quase todas as escolas.
“Creio que será encontrada uma solução que reduzirá a morbidade e nos permitirá abandonar as restrições de modo gradual e responsável”, disse na quinta-feira o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, criticado por muitos pela forma como tem gerido a crise sanitária.
África com 215 mortos em 24 horas e 8.302 novos casos
África registou 215 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, passando a um total de 32.117, em 1.330.038 casos de infeção, de acordo com os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 8.302 novos casos e houve mais 9.156 recuperados, para um total de 1.068.493.
O maior número de casos e mortos continua a registar-se na África Austral, com 696.556 infeções e 16.361 mortos. Só a África do Sul, o país mais afetado do continente, contabiliza 644.438 casos e 15.265 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem agora 261.611 pessoas infetadas e 9.263 mortos e na África Ocidental o número de infeções subiu para 166.859 e o de vítimas mortais para 2.499.
Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é de 149.151 e 2.941 mortos, e na África Central estão contabilizados 55.861 casos e 1.053 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 5.590 mortos e 100.557, seguindo-se a Argélia, com 1.581 mortos e 47.219 casos.
Marrocos contabiliza 79.767 infetados e 1.491 vítimas mortais.
Nos seis países mais afetados estão também a Nigéria, com 55.829 infetados e 1.075 mortos, e a Etiópia, com 62.578 infetados e que regista 974 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e a Guiné Equatorial em número de casos.
Angola regista 130 mortos e 3.217 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 4.990 casos), Cabo Verde (43 mortos e 4.575 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.275 casos), Moçambique (31 mortos e 4.832 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 901 casos).
China soma 26 dias consecutivos sem casos locais de contágio
A China atingiu hoje 26 dias consecutivos sem registar infeções locais de covid-19, já que os 15 casos diagnosticados nas últimas 24 horas são todos oriundos do exterior, informaram as autoridades.
A Comissão de Saúde da China detalhou que os casos importados foram diagnosticados no município de Xangai e nas províncias de Guangdong, Liaoning, Sichuan e Shaanxi.
As autoridades informaram ainda que, nas últimas 24 horas, 19 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país asiático se fixou em 157, incluindo um em estado considerado grave.
Desde o início da pandemia, a China registou 85.168 infetados e 4.634 mortos devido à covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.
As autoridades chinesas referiram que 821.220 pessoas que tiveram contacto próximo com infetados estiveram sob vigilância médica na China, das quais 6.709 permanecem sob observação.
Índia regista mais de 96 mil casos, novo máximo diário
A Índia registou 96.551 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo máximo diário, além de 1.209 mortos, segundo as autoridades.
De acordo com o Ministério da Saúde, o total de casos na Índia chegou aos 4,56 milhões, com o número de mortes provocadas pela doença a subir para 76.271 desde o início da pandemia.
A Índia é o segundo país do mundo com o maior número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro com mais mortos, precedida por aquele país e Brasil.
Estados Unidos com mil mortos e 37.356 casos
Os Estados Unidos (EUA) registaram mil mortes provocadas pelo novo coronavírus e 37.356 infetados nas últimas 24 horas, de acordo com uma contagem independente da Universidade Johns Hopkins.
Desde o ínicio da pandemia, o país contabilizou 191.727 óbitos e 6.395.603 casos de covid-19, segundo os números contabilizados pela universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de quinta-feira (01:00 de hoje em Lisboa).
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e também com mais casos de infeção confirmados.
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes, mais de 33 mil, um número superior ao de países como França ou Espanha.
Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.741 pessoas. Seguem-se New Jersey, com 16.014, Califórnia (14.028), Texas (13.930) e Florida (12.326).
Em termos de infeções, a Califórnia lidera a lista, com 749.467 desde o início da pandemia, seguindo-se o Texas, com 669.523, Florida, com 654.731, e Nova Iorque, com 441.911.