Sandra Gomes, enfermeira de 40 anos luta pela segunda vez pela vida contra um cancro da mama. Há um medicamento que a pode ajudar a continuar viva, no entanto o fármaco em causa não está disponível para este tipo de cancro no Serviço Nacional de Saúde e são precisos milhares de euros para ter acesso ao medicamento no privado.
A mulher em declarações ao Correio da Manhã garante que pediu acesso ao fármaco ao Infarmed em janeiro mas até ao momento não obteve resposta “não quero acreditar que me licenciei em enfermagem e que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) vai deixar-me morrer, a mim e a tantas pessoas, quando eu acreditei nele [SNS] e tirei o meu curso”, refere Sandra em desespero.
A história do seu primeiro cancro passou pela submissão a oito sessões de quimioterapia no Hospital de Faro. Sandra ficou ainda sem a mama esquerda. Foi ainda submetida a 33 sessões de radioterapia. Teve alta clínica em junho do ano passado. Quatro meses depois, uma recidiva chegou, após uma consulta de ginecologia.
Sandra revela à mesma fonte que já se encontra a sofrer por um fármaco que já deveria estar à disposição “as coisas começam-se a agravar. Eu sou um ser humano, tenho direitos, da mesma maneira que tenho deveres, mas tenho direitos. Não posso ficar em casa, impávida e serena, à espera de uma resposta. Não podemos ficar a vida inteira à espera. O tempo não para, e a minha vida está em risco”.