A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve vai estender a partir de hoje a realização de exames de espirometria, para detectar doenças pulmonares, aos centros de saúde de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo, no oeste algarvio.
Este exame ao pulmão, conhecido como Prova de Função Pulmonar e que mede o débito de ar através de um aparelho, está disponível nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Central, em Faro, Barlavento, em Portimão e Lagos, e Sotavento, em Tavira e Vila Real de Santo António.
Em comunicado, a ARS/Algarve adiantou que desde que foi lançado o projecto-piloto para diagnóstico precoce e prevenção da Doença Pulmonares Obstrutivas Crónicas (DPOC) no Algarve, em Dezembro de 2016, já foram realizados 962 exames, cuja realização foi hoje alargada a mais três concelhos.
O exame de espirometria é indolor e não invasivo, sendo utilizado em casos em que é necessário verificar se o utente sofre de Doenças Respiratórias com obstrução dos brônquios, refere a ARS.
ARS/Algarve tem vindo a realizar acções de formação de espirometria
Até Abril deste ano, no ACES Central já tinham sido realizados 594 exames de espirometrias e no do Sotavento 205. No início de 2017, o projecto foi alargado ao ACES Barlavento, onde foram realizados 163 exames.
Para implementar este projecto, ao abrigo de um despacho que determina que todos os ACES deverão até final de 2017 ter Consultas de Cessação Tabágica e Acesso a Espirometria e a Tratamentos de Reabilitação Respiratória, a ARS/Algarve tem vindo a realizar acções de formação de espirometria destinadas aos médicos dos três ACES da Região.
Desta forma, passou a disponibilizar uma “nova oferta de exames nos Cuidados de Saúde Primários e uma ferramenta essencial para os profissionais de saúde na sua avaliação clínica”, lê-se no comunicado.
Actualmente, existem dez equipas de saúde que realizam consultas de apoio intensivo na cessação tabágica que abrangem toda a região do Algarve, uma equipa em Olhão e duas equipas na unidade de Faro do Centro Hospitalar do Algarve.
Os utentes atendidos nas consultas de apoio intensivo na cessação tabágica são abrangidos pela dispensa de pagamento de taxas moderadoras, tal como os utentes a quem são realizadas espirometrias.
Parte da medicação de apoio na cessação tabágica beneficia já de comparticipação, competindo ao utente adquiri-la nas farmácias, conclui a ARS.