Dois hospitais de Nova Iorque concordaram em pagar mais de 165 milhões de dólares (cerca de 170 milhões de euros) a 147 antigas pacientes que acusaram um ex-ginecologista de abuso sexual e má conduta.
O Columbia University Irving Medical Center e o NewYork-Presbyterian anunciaram o acordo alcançado esta sexta-feira.
No ano passado, os dois hospitais já tinham estabelecido um acordo, para criar um fundo de compensação de 71 milhões de dólares (cerca de 73 milhões de euros), com 79 ex-pacientes.
O médico, Robert Hadden, entregou a sua licença médica depois de ter sido condenado, em 2016, por acusações relacionadas com crimes sexuais.
Atualmente, o ginecologista aguarda julgamento por acusações separadas de abuso sexual de dezenas de jovens pacientes durante mais de duas décadas.
Um “predador de bata branca”
Robert Hadden, residente de Englewood, no Estado de Nova Jersey, declarou-se inocente de seis acusações de que forçou outras pessoas a viajar para praticar atos sexuais ilegais.
Os procuradores descreveram Hadden como um “predador de bata branca”, acusando-o de sinalizar vítimas jovens e inocentes, incluindo uma menina que ele tinha ajudado a nascer.
Em comunicado, o Columbia University Irving Medical Centre referiu esta sexta-feira que “lamenta profundamente a dor que os pacientes de Robert Hadden sofreram”.
“Esperamos que estas resoluções forneçam algum apoio às mulheres que ele feriu. Todos aqueles que denunciaram em público merecem um elogio.”