O primeiro-ministro, António Costa, disse hoje que tem havido uma evolução significativa da pandemia de covid-19 desde meados de agosto, mas realçou que as infeções são agora de “menor gravidade”.
“Estamos a ter, como é sabido, desde meados de agosto, uma subida constante das infeções, em linha com a generalidade dos países europeus”, começou por dizer o primeiro-ministro, acrescentando que “são infeções que hoje, felizmente, estão a ter menor gravidade do que no início da crise”.
António Costa, que falava em declarações à RTP e à TVI à entrada para o concerto de Pedro Abrunhosa, em São Domingos de Benfica, Lisboa, frisou, no entanto, que a menor gravidade das infeções “não permite a ninguém aliviar os cuidados”.
O chefe do Governo adiantou ainda que, apesar da evolução “significativa” da pandemia, a “pressão” sobre o Serviço Nacional de Saúde “tem-se mantido estável”.
Portugal ultrapassou hoje os 2.000 óbitos associados à covid-19 desde o início da pandemia, totalizando 2.005 mortes, mais 10 relativamente a sábado, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Nas últimas 24 horas, Portugal contabilizou mais 904 casos de infeção com o novo coronavírus SARS-Cov-2, somando 79.151 casos, referem os dados da DGS, segundo os quais há atualmente 26.939 casos ativos, mais 532 que no sábado.
A DGS indica que das 10 mortes registadas, a maioria (8) ocorreu na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde também se verifica o maior número de infeções, e dois na região Norte.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim revela que nas últimas 24 horas há mais 14 internados em enfermarias e menos um nos cuidados intensivos relativamente a sábado.
No total, há 682 doentes internados em enfermaria e 105 em Unidades de Cuidados Intensivos, de acordo com o relatório da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
O boletim refere ainda que as autoridades de saúde têm em vigilância 46.348 contactos, mais 120 em relação a sábado, e que 362 doentes foram dados como recuperados.
Desde o início da pandemia em Portugal, em março, já recuperaram da doença 50.207 pessoas.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e trinta mil mortos e mais de 34,9 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.