A incidência dos contágios pelo novo coronavírus em Espanha continuou hoje a descer, mas ainda está em 3.078 casos de covid-19 por 100.000 habitantes, notificados nas últimas duas semanas, segundo informou o Ministério da Saúde espanhol.
“Todos os dados indicam que ultrapassámos o pico” da incidência da covid-19, disse hoje a Ministra da Saúde, Carolina Darias, ao mesmo tempo que apelava à prudência relativamente ao fim da atual sexta vaga da pandemia.
Darias salientou que na atual vaga dominada pela variante Ómicron, apesar de a incidência ter aumentado sete vezes em relação à terceira vaga, que ocorreu há um ano, “a hospitalização, as UCI [unidades de cuidado intensivos] e as mortes são muito menores”.
Esta diferença, referiu, explica-se pela “cobertura vacinal muito elevada” e a menor virulência da variante Ómicron.
A velocidade dos contágios diminui desde segunda-feira, pelo quarto dia consecutivo, e nas últimas 24 horas desceu 60 pontos, para 3.078 por 100.000 habitantes, notificados nas últimas duas semanas.
As comunidades autónomas com maior incidência acumulada de contágios são as da Catalunha (5.353), Múrcia (4.525) e Aragão (4.511).
Os serviços sanitários espanhóis informaram que 118.922 novos casos da doença foram notificados nas últimas 24 horas e que o número de mortos associados à covid-19 foi de 199 durante o mesmo período.
O total de casos de covid-19 notificados no país desde o início da pandemia, há dois anos, é agora de 9.779.130 e já morreram 92.966 pessoas devido à doença.
O número de doentes hospitalizados voltou hoje a diminuir, para 18.393 (eram 18.548 na quinta-feira), o que corresponde a 14,7% da ocupação de camas hospitalares, encontrando-se 2.060 pacientes nas unidades de cuidados intensivos (2.099) que ocupam 21,8% das camas desses serviços.
A pressão hospitalar, medida através da percentagem de ocupação de camas de doentes com covid-19 nas unidades de cuidados intensivos, é maior nas comunidades da Catalunha (39,6%) e de Aragão (32,5%).
A covid-19 provocou mais de 5,63 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A nova variante Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.