O autoagendamento para pessoas a partir dos 20 anos deverá arrancar para a próxima semana, afirmou hoje o coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, Henrique Gouveia e Melo.
O autoagendamento para pessoas a partir dos 20 anos deverá acontecer, “em princípio, para a semana”, disse o responsável pela ‘task force’, que falava aos jornalistas no final da sua participação na conferência internacional “Saúde Global em Pós-Pandemia”, que decorre na Universidade de Coimbra.
“Às pessoas com 20 anos peço-lhes um bocado de paciência, mas têm que esperar”, frisou, salientando que não são abertos processos de autoagendamento “para fazer filas de espera”.
O vice-almirante reafirmou a vontade de atingir a meta de 70% de toda a população portuguesa vacinada com a primeira dose entre 8 e 15 de agosto, esperando no final de setembro que se atinja o fim do processo de vacinação contra a covid-19.
Gouveia e Melo referiu que a vacinação tem de ser vista como “uma espécie de uma onda”, em que há momentos em que mais vacinas disponíveis e é aumentado o ritmo e outros em que é necessário baixar o ritmo face à escassez.
“Nas últimas duas semanas vacinámos muito, agora vacinamos menos e depois haverá um período em que vamos voltar a vacinar mais. Faz parte do processo”, explicou.
Questionado pela agência Lusa sobre os problemas no autoagendamento, o coordenador do plano frisou que este processo “está a funcionar normalmente”.
“Todas as semanas parte um comboio com um determinado número de lugares. As pessoas autoagendam-se para esse comboio. Quando o comboio parte, não há mais lugares e as pessoas têm de esperar pela semana seguinte”, aclarou, salientando que se não houvesse espera significava havia “milhões de vacinas disponíveis para dar”.
Gouveia e Melo escusou-se a dizer quais os concelhos onde há mais falta de vagas para o autoagendamento da vacinação, explanando apenas que o ritmo é reduzido em populações com uma maior taxa de vacinação para compensar as que “estão menos avançadas”.
O coordenador da ‘task force’ mostrou-se ainda bastante otimista em relação à aceitação da vacina por parte da população mais jovem, considerando que, ao contrário do que se regista em alguns países, os jovens portugueses querem ser vacinados.
“Os nossos jovens estão muito esclarecidos”, frisou.