Paracetamol e ibuprofeno, tradicionalmente conhecidos como Ben-u-Ron e Brufen (respetivamente), são dois dos medicamentos mais usados para tratar dores e febres. Ambos estão disponíveis sem receita médica e podem ser adquiridos facilmente em qualquer farmácia. Apesar de serem analgésicos comuns, existem diferenças importantes entre os dois que devem ser conhecidas antes de iniciar a sua toma.
Duas opções para dores e febre
Tanto o Ben-u-Ron como o Brufen são eficazes no alívio da dor e na redução da febre, refere a CUF. Estão disponíveis em diferentes formatos, como comprimidos, cápsulas de gel e soluções líquidas. No entanto, a escolha entre um e outro depende do tipo de dor, da presença de inflamação e do estado de saúde geral da pessoa.
Quando usar paracetamol (Ben-u-Ron)
O paracetamol é indicado para situações como dores de cabeça, febres e dores ligeiras a moderadas. É uma opção segura em muitos casos e pode ser tomado a cada 4 a 6 horas, segundo a mesma fonte. A dose máxima recomendada em adultos é de 4.000 miligramas por dia. É essencial seguir a dose indicada pelo médico ou farmacêutico, especialmente em casos de uso prolongado.
Cuidados com o fígado
Este medicamento é metabolizado pelo fígado, o que significa que a sua toma excessiva pode causar danos graves neste órgão. Pessoas com problemas hepáticos devem evitar o paracetamol, mesmo em doses reduzidas, e procurar aconselhamento médico antes de tomar qualquer analgésico.
Características do ibuprofeno (Brufen)
O ibuprofeno partilha com o paracetamol a capacidade de reduzir a dor e a febre, refere a mesma fonte. No entanto, distingue-se por ser um anti-inflamatório não esteroide. Isto significa que atua diretamente na inflamação, sendo particularmente eficaz em dores musculares, lesões ou dores articulares.
Pode ser tomado a cada 4 a 6 horas, com uma dose máxima diária de 1.200 miligramas.
Atenção à toma excessiva
A dose máxima de ibuprofeno é inferior à do paracetamol. Misturar os dois sem supervisão médica pode ser prejudicial. É fundamental respeitar as indicações de dosagem e nunca ultrapassar os limites diários recomendados, mesmo que os sintomas persistam.
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Efeitos no estômago
Um dos efeitos secundários mais comuns do ibuprofeno é a irritação gástrica. Este medicamento pode interferir com as substâncias que protegem o revestimento do estômago, provocando dores, azia ou agravando problemas como o refluxo.
Pessoas com historial de distúrbios digestivos devem evitar o uso frequente deste tipo de anti-inflamatório, diz a CUF.
Considerações na gravidez
Durante a gravidez, o uso de analgésicos deve ser sempre avaliado pelo médico. O paracetamol é considerado seguro para grávidas, enquanto o ibuprofeno deve ser evitado, pois pode interferir no desenvolvimento do feto. Esta recomendação é especialmente relevante a partir do segundo trimestre.
Risco de hemorragias
Embora nem o paracetamol nem o ibuprofeno sejam anticoagulantes, o ibuprofeno pode afetar a coagulação sanguínea.
Ao interferir com as plaquetas, pode aumentar o risco de hemorragias, especialmente em pessoas com distúrbios hemorrágicos ou que tomem outros medicamentos que afetam o sangue.
Falar com o médico é essencial
Cada pessoa pode reagir de forma diferente aos medicamentos, segundo a mesma fonte. Por isso, antes de iniciar a toma de qualquer analgésico, mesmo que seja de venda livre, é recomendável consultar um profissional de saúde.
Esta orientação é ainda mais importante em pessoas com doenças crónicas ou que estejam a tomar outros medicamentos.
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