Um nível excessivo de cloro pode provocar irritações nos olhos e problemas respiratórios, em particular em crianças e em piscinas cobertas. Em causa está a exposição aos químicos, que garantem a cor azul e atrativa das piscinas e que são absorvidos pela pele ou ingeridos através da água.
Sabia, por exemplo, que a água da piscina pode causar lesões dentárias? A conclusão é da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, citada pelo jornal El País. A esta informação, uma investigação polaca acrescenta dados que indicam que um em quatro nadadores profissionais tem lesões nos dentes.
Mas, claro, o cloro é necessário para eliminar micro-organismos que podem vir a ser a origem de infeções. O hipoclorito de sódio é um composto químico de fórmula NaClO que oxida as moléculas orgânicas complexas dos nossos fluidos, das bactérias, dos fungos e algas, transformando-os em compostos mais simples, que se evaporam.
Acontece que esta purificação da água tem um efeito indesejado: gera os denominados subprodutos da desinfeção que podem ser tóxicos para o ser humano. Muitos desses compostos – designados por SPD – têm origem precisamente nos banhistas. Como? Através do suor, saliva, urina, cosméticos, desodorizantes, e protetores solares.
“Tudo o que entra na água tem interação com o cloro e diminui a sua eficácia. (…) Ao terem mais densidade do que a água, [esses compostos] ficam a flutuar, por isso a zona onde respiram os nadadores é a mais suja”, diz José António Rodríguez, do departamento de Saúde Pública de Madrid, ao El País.
Daí a importância de antes de mergulharmos, tomarmos um duche ou passarmos o corpo por água doce (o que, convenhamos, raramente fazemos). Outra sugestão é o uso de óculos de mergulho para evitar irritações devido ao cloro.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL