Portugal contabiliza hoje mais 37 mortos relacionados com a covid-19 e 3.062 novos casos confirmados de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim hoje divulgado, Portugal já contabilizou 144.341 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.544 óbitos.
Das 37 mortes registadas, 20 ocorreram na região Norte, 12 em Lisboa e Vale do Tejo, três no Centro e duas no Alentejo.
Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir há cerca de duas semanas, sendo agora 2.122 pessoas, mais 150 do que no sábado.
Nas últimas 24 horas são menos dois os doentes internados nas Unidades de Cuidados Intensivos, totalizando 284.
A DGS revela que estão ativos 60.026 casos de infeção, mais 1.534 do que no sábado.
Também nas últimas 24 horas foram dados como recuperadas 1.491 pessoas, num total de 81.771 desde o início da pandemia.
As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 64.805 pessoas, mais 291 nas últimas 24 horas.
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, tem hoje mais 1.616 casos, totalizando 64.943, e 1.131 mortos, dos quais 20 nas últimas 24 horas, desde o início da pandemia, em março.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 876 novos casos de infeção, contabilizando a região 60.219 casos e 1.004 mortes, das quais 12 nas últimas 24 horas.
Na região Centro registaram-se 430 novos casos, contabilizando 12.717 desde o início da pandemia e 317 mortos.
No Alentejo foram registados mais 74 casos de infeção, totalizando 2.808 com um total de 49 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 59 casos de infeção, somando 2.838 casos e 28 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores registou-se mais um caso nas últimas 24 horas, somando 370 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou seis novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 446 infeções, sem registo de óbitos por covid-19 até hoje.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções, mas é entre os 20 e os 29 que há mais casos de covid-19.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 65.483 homens e 78.858 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.302 eram homens e 1.242 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
Há mais 150 camas ocupadas nos hospitais do país, elevando o total para 2122 hospitalizados, o valor mais alto desde o início da pandemia
Internamentos com novo recorde de 2.122 doentes nos hospitais
Os internamentos por covid-19 nos hospitais portugueses ultrapassaram nas últimas 24 horas os 2.000, estando agora internados um total de 2.122 doentes, indica hoje o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir há cerca de duas semanas, sendo agora 2.122 pessoas, mais 150 do que no sábado.
Por sua vez, os doentes internados nas Unidades de Cuidados Intensivos diminuíram ligeiramente nas últimas 24 horas, estando 284 pessoas internadas nestas unidades, menos duas do que sábado.
O Governo decidiu no sábado novas medidas restritivas para combater o aumento de novos casos, passando 121 municípios a ficar abrangidos, a partir de quarta-feira, pelo dever cívico de recolhimento domiciliário, novos horários nos estabelecimentos e teletrabalho obrigatório.
Os restaurantes nestes 121 concelhos têm de fechar até às 22:30 e todos os estabelecimentos comerciais terão de encerrar, na generalidade, às 22:00.
Também nestes territórios – que representam 70% da população residente -, ficam proibidas as feiras e os mercados de levante, e os eventos e celebrações ficam limitados a cinco pessoas, exceto nos casos em que os participantes pertencem ao mesmo agregado familiar.
A pandemia de covid-19 já provocou quase 1,2 milhões de mortos e mais de 46 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Às segundas-feiras o boletim divulga o número de casos por concelhos, sendo o de Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (9.202), seguido de Sintra (7.454), Loures (4.641) e Amadora (3.722).
O concelho do Porto regista 3.508 infeções por SARS-CoV-2, Vila Nova de Gaia 3.246, Cascais com 3.054, Odivelas 2.888, Oeiras 2.334, Matosinhos 2.426, Vila Franca de Xira 2.185, Guimarães 2.168 e Braga com 2.049, precisa o relatório da situação epidemiológica.
Em Almada foram detetados 1.928 casos, em Paços de Ferreira 1.845, Seixal 1.782, Gondomar 1.740, Maia 1.648, Valongo 1.352, Lousada 1.253 e Paredes com 1.032
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Todos os concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2242 (DGS apresenta hoje 2.838), com 28 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 28).
À data de domingo, dia 18, a região do Algarve apresentava 796 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1420 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 159 (20% do total),
LOULÉ com 110 (14%),
LAGOS e PORTIMÃO com 93 cada (12%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são apenas dois: Aljezur e Monchique com 2 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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46 milhões de infetados e quase 1,2 milhões de mortos em todo o mundo
O novo coronavírus infetou mais de 46 milhões de pessoas em todo o mundo desde dezembro de 2019, quando foi diagnosticado o primeiro caso, 1,19 milhões das quais morreram, segundo o balanço diário da agência France-Presse (AFP).
Desde o início da pandemia e até às 11:00 TMG (mesma hora em Lisboa) de hoje, foram notificados 46.099.440 casos de infeção pelo novo coronavírus, dois terços dos quais (30.660.500) são considerados curados.
Nestes dez meses, 1.196.109 pessoas morreram de covid-19, segundo a agência, que adverte que os números representam apenas parte do número real de casos e de mortes, dadas as diferenças de país para país nos critérios e na capacidade para a realização de testes.
No sábado, em todo o mundo, foram notificadas 6.559 mortes e 466.108 novos casos, números ligeiramente inferiores aos registados nas 24 anteriores (7.365 mortes e 558.737 casos).
Os países com números mais elevados nas últimas 24 horas foram mais uma vez os Estados Unidos, com 776 mortes, a Índia, com 470, e o México, com 464.
Os Estados Unidos mantêm-se como o país do mundo mais afetado pela pandemia tanto em número de casos como de mortos, com 230.556 mortes em 9.127.109 casos, 3.612.478 dos quais já considerados curados, segundo a contagem da universidade Johns Hopkins.
Em número de casos mortais, segue-se o Brasil, com 159.884 mortos e 5.535.605 casos, a Índia, com 122.111 mortos em 8.184.082 casos, o México, com 91.753 mortos em 924.962 casos, e o Reino Unido, com 46.555 mortos em 1.011.660 casos.
O Peru é, por seu lado, o país com a maior taxa de mortalidade por covid-19, com 105 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (100), Espanha (77) e Brasil (75).
A China, onde foi identificado o primeiro caso de infeção, em dezembro, regista no território continental (sem os territórios de Macau e Hong Kong) um total de 85.997 casos (24 novos contágios nas últimas 24 horas), 4.634 dos quais mortais (zero novos).
Por regiões do mundo, a América Latina e Caraíbas regista até hoje 400.164 mortes em 11.316.343 casos, a Europa 278.774 mortes em 10.467.341 casos, os Estados Unidos e Canadá 240.692 mortes em 9.361.542 casos, a Ásia 170.843 mortes em 10.573.913 casos, o Médio Oriente 59.734 mortes em 2.558.533 casos, África com 42.880 mortes em 1.787.176 casos e a Oceânia com 1.022 mortes em 34.598 casos.
Este balanço foi realizado com base em dados divulgados pelas autoridades nacionais de saúde e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Mulher de 97 anos é primeira morte registada na Madeira
A Madeira registou hoje a primeira morte provocada pela covid-19, tratando-se de uma mulher com 97 anos que se encontrava hospitalizada no Hospital do Funchal, informou a Secretaria Regional da Saúde do arquipélago.
“É com pesar e tristeza que comunicamos o falecimento de um doente com covid-19 na Região Autónoma da Madeira”, diz o Governo da Madeira na informação divulgada, endereçando “sentidas condolências à família enlutada”.
No mesmo documento, a Secretaria Regional adianta que se trata de uma mulher, de 97 anos “com várias comorbilidades associadas, que se encontrava hospitalizada na unidade polivalente dedicada à covid-19 no Hospital Dr. Nélio Mendonça”.
A mulher estava internada “desde o dia 27 de outubro, dia em que foi confirmado o diagnóstico desta doença”, adianta, mencionando que “o óbito foi verificado durante esta madrugada”.
O últimos dados revelados no sábado pelo Instituto de Administração de Saúde da Madeira (IASaúde) indicaram que a Madeira registou naquele dia sete novas infeções com o vírus da covid-19, sendo quatro de transmissão local, nomeadamente uma criança e profissionais de saúde, totalizando a região 167 casos ativos.
No total a região contabiliza 447 casos confirmados desde o início da pandemia.
A Madeira era, até hoje, a única região do país sem qualquer morte relacionada com a covid-19.
Rússia com 18.665 novos casos bate recorde de contágios
A Rússia contabilizou hoje um novo recorde diário de casos de covid-19, com 18.665 contágios detetados em 85 regiões do país, mantendo a tendência de alta, indicaram as autoridades sanitárias locais.
Segundo os dados oficiais, nas últimas 24 horas foram registadas mais 245 mortes, elevando para 28.235 o número acumulado de óbitos, enquanto o de casos de infeção se fixou em 1.636.781.
Em Moscovo, principal foco de infeção no país, foram detetados nas últimas 24 horas 5.261 novos casos, mais 309 do que no dia anterior.
Apesar do forte aumento de casos nas últimas semanas, em que o total diário quase triplicou, as autoridades russas não estão a encarar, para já, a aprovação de medidas drásticas, como um confinamento, recolher obrigatório ou a paralisação do setor económico.
Em Moscovo, a câmara local prorrogou até 29 deste mês o regime de teletrabalho para, pelo menos, 30% das empresas e organizações nos casos em que o modelo não afete de forma significativa o funcionamento.
Também se mantêm as recomendações para as pessoas com mais de 65 anos e doentes crónicos se manterem em casa, saindo à rua apenas em casos de absoluta necessidade.
As autoridades russas, entretanto, impuseram o uso obrigatório de máscaras em lugares públicos em todo o país.
A Rússia é atualmente o quarto país do mundo com maior número de casos do novo coronavírus, atrás dos Estados Unidos, Índia e Brasil.
Índia com 470 mortes e 46.964 novos casos
A Índia registou 470 mortes por covid-19 e 46.964 novos casos nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde indiano.
Com cerca de 8,2 milhões de infeções acumuladas, o país é o segundo do mundo com mais casos, a seguir aos Estados Unidos, com mais de 9 milhões de infeções desde o início da pandemia.
A doença já fez 122.111 vítimas fatais.
Mais de 7,4 milhões de pessoas já recuperaram da doença na Índia
O número de casos na Índia atingiu o valor mais alto em meados de setembro, com 97.894 contágios num só dia.
Nas últimas semanas, o país tem vindo a reduzir o número diário de infeções.
Maioria dos cemitérios abertos mas com restrições e proibições
A tradição de visitar os cemitérios para prestar homenagem aos mortos é hoje assinalada com novas regras sanitárias, desde uso obrigatório de máscara à proibição de aglomerados, havendo alguns espaços que vão estar encerrados, devido à pandemia da covid-19.
Além do feriado do Dia de Todos os Santos, hoje é celebrado, por antecipação, o Dia dos Fiéis Defuntos, que se assinala na segunda-feira, o que motivou a decisão do Governo de limitar a circulação entre concelhos do território continental durante este fim de semana, entre a passada sexta-feira e terça-feira, com o objetivo de “conter a transmissão do vírus e a expansão da doença”.
A maioria das Câmaras Municipais decidiu manter os cemitérios abertos durante este fim de semana, mas há mais de dezena de concelhos, localizados sobretudo na região Norte, que determinaram o encerramento dos cemitérios nestas datas, inclusive Esposende, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Porto, Maia, Gondomar, Estarreja, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Vizela, Fafe, Vila Nova de Famalicão e Guimarães.
No concelho do Porto, o presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira, justificou a decisão de encerrar os cemitérios durante este fim de semana, inclusive na segunda-feira, com a necessidade de desviar meios para cumprir a proibição de circular entre concelhos, determinando que, para minimizar o impacto deste encerramento, o horário destes espaços fosse alargado durante a última semana.
Com limitação de permanência até 30 minutos, lotação definida para cada situação e sem ajuntamentos com mais de cinco pessoas, os cemitérios de Viana do Castelo vão estar abertos hoje e na segunda-feira, informou a autarquia.
Ainda na região Norte, a Câmara de Vila Real vai “implementar medidas excecionais” que condicionam o acesso aos cemitérios, indicando que o período de funcionamento será das 07:30 às 19:00, a entrada estará sujeita a lotação e a permanência não deverá ultrapassar os 30 minutos seguidos, as casas de banho estarão encerradas e é obrigatória a utilização de máscara no interior do cemitério, a desinfeção das mãos e o uso de luvas para o manuseamento de baldes, vassouras e outros equipamentos de utilização coletiva.
Na cidade de Bragança, capital de distrito, os dois cemitérios vão manter-se abertos no feriado do Dia de Todos os Santos, com limitação de pessoas e de tempo de permanência e outras medidas sanitárias contra a covid-19, à semelhança do que foi determinado para os cemitérios da cidade de Seia, no distrito da Guarda, que estão abertos com horário alargado para permitir que os cidadãos possam visitar aqueles espaços que estão sujeitos a restrições impostas pela pandemia.
No distrito de Castelo Branco, o cemitério municipal de Oleiros vai manter-se aberto, com acesso controlado e com proibição de partilha de materiais de limpeza devido à covid-19, situação que também vai acontecer no município do Cartaxo, no distrito de Santarém, com a decisão de alargar o horário para evitar a concentração de pessoas e garantir o cumprimento das medidas de proteção devido à pandemia, e na cidade de Évora, capital de distrito, com os dois cemitérios a funcionar com várias regras, inclusive um máximo de 80 pessoas em simultâneo em cada um.
Em Lisboa, a capital vai manter os cemitérios abertos nos horários habituais, mas haverá controlo de entradas, o uso de máscara será obrigatório e as capelas estarão encerradas, verificando-se uma situação semelhante nos restantes concelhos do distrito, inclusive Loures, Oeiras e Mafra.
Mais a sul de Portugal continental, os cemitérios de Setúbal mantêm-se abertos, mas são proibidos aglomerados com mais de dez pessoas devido à covid-19, e os de Faro vão estar abertos, mas limitados a um máximo de 50 pessoas em simultâneo, com obrigatoriedade do uso de máscara no interior.
Na Região Autónoma da Madeira, os quatro cemitérios do concelho do Funchal vão estar abertos, mas com limitação do número de entradas, de pessoas de cada família e do tempo de permanência no espaço.
Quanto aos Açores, não foram emitidas quaisquer indicações de alterações no funcionamento dos cemitérios.
Brasil regista 407 mortes e 18.947 casos em 24 horas
O Brasil registou mais 407 mortes e 18.947 novos casos de covid-19 em 24 horas, segundo o balanço divulgado este sábado pelo Ministério da Saúde.
Ao todo, o maior país da América do Sul já contabiliza 159.884 óbitos e 5.535.605 infeções provocadas pelo novo coronavírus.
As autoridades brasileiras também informaram que 4.972.898 pessoas infetadas já recuperaram da doença, enquanto que 402.823 pacientes contaminados estão sob acompanhamento médico.
Os estados de São Paulo (39.311), Rio de Janeiro (20.600), Ceará (9.353) e Minas Gerais (9.015) têm o maior número de óbitos provocados pela pandemia no Brasil.
Considerando o número de casos, São Paulo (1.116.127), Minas Gerais (358.971), Bahia (353.157) e Rio de Janeiro (309.977) são, respetivamente, os que somam mais infeções até agora.
O ministro da Saúde do Brasil, Eduardo Pazuello, levado na última sexta-feira para um hospital de Brasília 10 dias após testar positivo para a covid-19, permanecerá internado pelo menos até domingo, segundo boletim médico emitido pelo hospital DF Star.
PCP considera que medidas anunciadas pelo Governo são “desproporcionais”
O secretário-geral do PCP defendeu num comício em Alhos Vedros, no concelho da Moita, que as medidas anunciadas no sábado pelo Governo para combater a covid-19, são “desproporcionais e para além do estritamente necessário”.
“Esta epidemia, como o PCP sempre tem reiterado ao longo dos meses, coloca problemas sanitários, económicos e sociais, que não são resolvidos pela limitação de direitos e pela criação de climas de medo”, disse Jerónimo de Sousa, num comício de apoio à candidatura de João Ferreira à Presidência da República.
“As medidas de regulação que a situação sanitária exige a cada momento devem sempre ser fundamentadas, de aplicação clara e sem margem para arbitrariedades e uso do poder, sob pena de não só não serem compreendidas e aceites como, pelo contrário, serão rejeitadas pelas populações”, acrescentou.
Jerónimo de Sousa criticou também os “termos pouco claros que a legislação sobre o uso da máscara vem suscitando” e o que se passou sexta-feira nas principais saídas da cidade de Lisboa, incluindo as pontes sobre o Tejo.
“A imposição de barreiras à hora de regresso a casa, depois de um dia de trabalho, colocando muitas dezenas de milhares de pessoas, entre elas crianças, várias horas fechadas dentro dos automóveis e autocarros, em intermináveis filas, é inaceitável”, afirmou.
Para Jerónimo de Sousa, tratou-se de “uma ação gratuita e desproporcionada, sem qualquer efeito prático relativamente ao combate à epidemia, mas profundamente penalizadora da vida das populações”.
“Para o PCP, a prioridade do combate à covid-19 é o reforço do Serviço Nacional de Saúde, com o reforço urgente de profissionais em falta, o aumento do número de camas hospitalares, nomeadamente camas de cuidados intensivos”, frisou o líder comunista.
Outras medidas, vincou, passam por “normalizar o funcionamento de cuidados de saúde primários através do recrutamento de meios e enfermeiros de família e o alargamento da estrutura de saúde pública, instrumento fundamental para a deteção dos surtos e interrupção das cadeias de contágio”.
“Opções políticas que deveriam estar, desde logo, espelhadas no Orçamento do Estado para 2021, bem como outras para dar resposta aos graves problemas que o país enfrenta”, advogou.
No comício em Alhos Vedros, Jerónimo de Sousa reiterou também a ideia de que apesar da abstenção do PCP na votação na generalidade do Orçamento de Estado para 2021, a decisão final do PCP ainda não está tomada.
“A decisão final do PCP sobre o Orçamento do Estado dependerá, não dos apelos ou das chantagens que sobre nós exerçam, venham elas de onde vierem, incluindo do atual Presidente da República que nos queria amarrar a um orçamento independentemente do seu conteúdo, em nome de uma suposta estabilidade”, assegurou Jerónimo de Sousa.
China soma três casos locais e 21 oriundos do exterior
A Comissão de Saúde da China anunciou hoje ter identificado três casos de contágio local, nas últimas 24 horas, e 21 casos oriundos do exterior.
As três novas infeções locais foram registadas na região ocidental de Xinjiang.
Os 21 casos importados foram comunicados em Gansu (7, noroeste), Xangai (5, este), Mongólia Interior (3, norte), Cantão (3, sul), Fujian (1, sudeste), Sichuan (1, sudoeste) e Shaanxi (1, noroeste).
As autoridades disseram que, nas últimas 24 horas, 20 pacientes receberam alta, pelo que o número de pessoas infetadas ativas no país se fixou em 359, incluindo nove doentes em estado grave.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.