A região algarvia deixou de estar pintada de vermelho. O retrato difere em muito daquele que foi traçado há uma semana: os concelhos de Monchique, Vila Real de Santo António e Castro Marim deixaram o grau de Risco Extremamente Elevado (mais de 960 novos casos por 100 mil habitantes em duas semanas).
Os dados revelados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), esta segunda-feira, referem-se ao período entre 10 e 23 de fevereiro e apontam igualmente para uma segunda boa notícia: não há concelhos algarvios com mais de 480 novos casos por 100 mil habitantes, isto é, em grau de Risco Muito Elevado [ver 2º quadro referente ao período anterior].
Atualmente, dos 16 municípios algarvios, a maioria (doze) encontram-se em Risco Moderado, revelador do abrandamento da pandemia na região, em sintonia com o resto do país.
No entanto, o Algarve ainda tem um total de quatro concelhos em Risco Elevado (mais de 240 novos casos por 100 mil habitantes): Castro Marim com uma incidência por 100 mil habitantes de 465 casos, seguido por Vila Real de Santo António com 421, Monchique (276) e Portimão (251).
No fim da tabela com menor risco de contágio por Covid-19 encontra-se Aljezur (18), seguido pelos concelhos de Alcoutim (46) e de Vila do Bispo (58).
Quanto ao país no seu todo, existem apenas três concelhos em Portugal em risco extremo de infeção e 14 em risco elevado.
Apenas Manteigas, Arronches e Resende permanecem em risco extremo
No grupo do risco extremo de infeção estão os concelhos de Manteigas, com 1.896 casos por cem mil habitantes, Arronches, com 1.773 e Resende com 1.421
Os dados reportam a um período de incidência cumulativa a 14 dias entre 10 e 22 de fevereiro.
Em risco elevado estão os concelhos de Aljustrel, Arraiolos, Lamego, Rio Maior, Barrancos, Câmara de Lobos, Castanheira de Pera, Sobral de Monte Agraço, Castro Verde, Coimbra, Ferreira do Alentejo, Penela, Ponta do Sol e Vila Nova de Cerveira.
Na nota explicativa dos dados por concelhos é referido que a incidência cumulativa “corresponde ao quociente entre o número de novos casos confirmados nos 14 dias anteriores ao momento de análise e a população residente estimada”.
Há uma semana Portugal tinha 15 concelhos em risco extremo de infeção, o que já representava uma descida significativa relativamente às semanas anteriores.
No início de fevereiro Portugal chegou a ter quase 76% dos concelhos em risco extremo devido ao número de casos de covid-19.
Onze concelhos tiveram zero casos de infeção: Angra do Heroísmo, Lajes das Flores, Porto Santo, Povoação, Santa Cruz da Graciosa, Santa Cruz das Flores, Nordeste, Corvo, Velas, Vila Franca do Campo e Vila Velha de Ródão.
O número de novas infeções continua a descer em quase todos os concelhos do país (261 dos 308 municípios). Ainda assim há 18 concelhos com valores superiores aos da semana anterior.
NÚMERO DE NOVOS CASOS POR 100 MIL HABITANTES
Incidência cumulativa a 14 dias, entre 10 e 23 de fevereiro
A diminuição da incidência das últimas semanas já permite que a maioria dos concelhos, 290, não estejam dentro dos patamares mais elevados. E isso significa que têm menos do que 480 novas infeções por 100 mil habitantes em duas semanas, abaixo do que é considerado preocupante pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). Ainda há 17 municípios (5,5% do total) acima desse nível – menos 96 do que há uma semana.
PESQUISE POR CONCELHO
Os únicos três com mais de mil novos casos por 100 mil habitantes são Manteigas (1896), Arronches (1773) e Resende (1421). Há uma semana, contavam-se 14 concelhos acima deste valor (3 deles acima de 2 mil novos casos por 100 mil habitantes em 14 dias).
Entre os 18 municípios que viram aumentar o número de novas infeções, Barrancos (+368), Monforte (+168) e Santa Marta de Penaguião (+106) são os que mostram um maior aumento.
AÇORES
Os Açores mantêm-se, maioritariamente, com níveis de incidência muito baixos, sem novos casos em nove concelhos: Corvo, Lajes das Flores, Santa Cruz das Flores, Velas, Santa Cruz da Graciosa, Angra do Heroísmo, Vila Franca do Campo, Povoação e Nordeste. Porto Santo e, no Continente, Vila Velha de Ródão também têm uma incidência nula.
MADEIRA
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso
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