Portugal regista hoje mais 13 mortes associadas à covid-19 e 3.732 infeções com o coronavírus SARS-CoV-2, bem como uma subida nos internamentos, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico diário da DGS revela um aumento do número de pessoas internadas, contabilizando hoje 878 internamentos, mais 21 do que no sábado, e 151 em unidades de cuidados intensivos, menos um nas últimas 24 horas.
Das 13 mortes, cinco ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, três no Centro, duas no Norte, uma no Alentejo, no Algarve na Madeira.
Depois de três dias consecutivos com mais de 10.000 casos diários, Portugal regista nas últimas 24 horas 3.732 infeções.
Os casos ativos voltaram a aumentaram nas últimas 24 horas, passando a barreira dos 100 mil ao totalizarem 101.719, mais 2.125 do que no sábado, e recuperaram da doença 1.594 pessoas, o que aumenta o total nacional de recuperados para 1.159.192.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais novos casos diagnosticados nas últimas 24 horas, num total de 1.640, seguindo-se o Norte (1.226), o Centro (400), a Madeira (216(), o Alentejo (113), o Algarve (100) e os Açores (37).
Em relação ao dia anterior, as autoridades de saúde têm mais 1.777 contactos em vigilância, totalizando 124.177 pessoas.
Segundo os dados da autoridade de saúde, a maioria dos óbitos diários continua a registar-se entre os idosos com mais de 80 anos, num total de oito, seguido da faixa etária dos 70 aos 79, com quarto, tendo ainda ocorrido uma morta entre os 60 e os 65 anos.
O maior número de óbitos desde o início da pandemia concentra-se entre os idosos com mais de 80 anos (12.256), seguindo-se as faixas etárias entre os 70 e os 79 anos (4.081) e entre os 60 e os 69 anos (1.732).
Segundo a matriz de risco atualizada esta sexta-feira, o R(t), ou índice de transmissibilidade, subiu para 1,11 na globalidade do território nacional e também no continente. A incidência volta a aumentar — mantém-se no risco muito elevado e atinge o valor mais alto registado de sempre: 630,8 casos por 100 mil habitantes no território nacional e 633,1 no continente.
O maior número de novos casos diagnosticados é da faixa etária entre os 20 e os 29 anos (848), seguido dos 30 aos 39 anos (647), dos 40 aos 49 anos (636), dos 50 aos 59 anos (466), dos 10 aos 19 anos (442), até aos 9 anos (285), dos 60 aos 69 anos (237), dos 70 aos 79 anos (90) e dos idosos com mais de 80 anos (81).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a região de Lisboa e Vale do Tejo registou 492.957 casos e 7.946 mortes.
Na região Norte registaram-se 471.093 infeções e 5.757 óbitos e a região Centro tem agora um total acumulado de 183.554 infeções e 3.341 mortes.
O Algarve totaliza 56.209 contágios e 573 óbitos e o Alentejo soma 45.826 casos e 1.086 mortos por covid-19.
A Região Autónoma da Madeira soma desde o início da pandemia 18.934 infeções e 120 mortes e o arquipélago dos Açores 11.212 casos e 37 óbitos.
As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.874 pessoas, 9.907 entre os homens e 8.967 entre as mulheres.
Já foram contabilizados 1.279.785 casos de infeção, segundo dados da DGS, dos quais 598.783 homens, 680.042 mulheres e 960 casos de sexo que se encontram-se sob investigação, uma vez que estes dados não são fornecidos de forma automática.
A covid-19 provocou mais de 5,38 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
PORTUGAL REGISTA NOVO MÁXIMO COM MAIS DE 620 MIL TESTES À COVID-19 EM DOIS DIAS
Portugal voltou a alcançar dois novos máximos de testagem diária à covid-19 na quinta-feira e na sexta-feira, com a realização de 620 mil testes realizados, revelou hoje o Instituto Nacional de Saúde (INSA) Ricardo Jorge.
“Portugal alcançou, nos dias 23 e 24 de dezembro, dois novos máximos de testagem diária à covid-19, com mais de 620 mil testes de diagnóstico realizados em apenas dois dias”, refere o INSA, avançando que a taxa de positividade foi de 4,6%”, refere o INSA, em comunicado, que cita os dados da task force da testagem.
Segundo o INSA, do total de testes efetuados, cerca de 132 mil foram testes TAAN/PCR e mais de 488 mil Testes Rápidos de Antigénio (TRAg) de uso profissional. Estes números não incluem os autotestes.
Aquele organismo precisa que em 23 de dezembro realizaram-se perto de 360 mil testes, um novo máximo de testagem diária, e em 24 de dezembro mais de 260 mil testes, naquele que foi o segundo dia com mais testes efetuados desde o início da pandemia, em março de 2020.
O INSA avança que, até à data, já foram realizados em Portugal mais de 25 milhões de testes de diagnóstico à covid-19, aproximadamente 16,2 milhões de testes TAAN/PCR e cerca de 8,9 milhões de TRAg de uso profissional.
“Entre 01 e 24 de dezembro efetuaram-se mais de 3,7 milhões de testes de diagnóstico à covid-19, com uma média diária de cerca de 155 mil testes, dos quais mais de 1,1 milhões foram TAAN/PCR e perto de 2,6 milhões foram TRAg de uso profissional”, indica, frisando que dezembro é “o mês com mais testes realizados desde o início da pandemia”.
O INSA dá também conta que Portugal registou, em dezembro, números de testagem diária superiores a 100 mil testes em 19 dos 24 dias já contabilizados, tendo em quatro desses dias superado a fasquia dos 200 mil testes diários.
COVID-19: AS MEDIDAS PARA CONTER A ÓMICRON NA EUROPA E NO MUNDO
Presente em 110 países, a Ómicron levou a Catalunha a decretar o recolher obrigatório. Itália, Reino Unido e França voltaram a registar novos máximos. Para quem estava dependente das companhias aéreas para passar o Natal em família, os últimos dois dias foram caóticos.
O avanço vigoroso da Ómicron obrigou ao cancelamento de mais de 5.600 voos, entre sexta-feira e domingo. Um quarto dos voos cancelados tinha origem ou destino os EUA.
Pilotos, comissários de bordo e outros profissionais tiveram que ser colocados em quarentena por exposição à covid-19, levando companhias como a Lufthansa, Delta e a United Airlines a cancelar voos.
Nos Estados Unidos, as hospitalizações por covid-19 permanecem relativamente mais baixas do que no início do ano, mas a situação agrava-se devido às baixas taxas de vacinação.
A China regista o maior número de casos dos últimos quatro meses, com as autoridades a tentar conter surtos em várias regiões, incluindo a cidade de Xian, no noroeste onde 13 milhões de residentes estão em confinamento.
Na Europa, países como Itália, Reino Unido e França registam diariamente novos máximos. Em Londres, a rápida disseminação do Ómicron levou milhares de pessoas a passar parte do dia de Natal na fila para receber a vacina. De acordo com as estimativas, um em cada 20 londrinos teria covid-19 a 16 de dezembro. Três dias depois já seria um em cada 10.
O avanço da Ómicron levou a Catalunha, em Espanha, a decretar o recolher obrigatório entre as 01:00 e as 06:00 durante os próximos 15 dias. As reuniões passam a estar limitadas, as discotecas encerradas, e vários espaços têm agora capacidade reduzida.
♦ LINKS ÚTEIS
- Atualização semanal da execução do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19
- ECDC – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas na Europa
- Universidade de Oxford – dados sobre evolução da vacinação contra a covid-19
- Bloomberg – listagem que permite seguir o número de vacinas já administradas no mundo
- London School of Hygiene & Tropical Medicine – gráfico que mostra o progresso dos projetos de vacinas
- Agência Europeia dos Medicamentos
- Covid-19 DGS – relatórios de situação diários
- Direção-Geral da Saúde (DGS)
- Organização Mundial da Saúde (OMS)
- ECDC – Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças