Portugal registou hoje mais 12 mortos relacionados com a covid-19 e 1.394 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este é o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril, com 1.516.
Portugal já registou 2.062 mortes e 83.928 casos de infeção, estando hoje ativos 29.702 casos, mais 735 do que na quinta-feira.
A DGS indica que das 12 mortes registadas, oito ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, três na região Norte, onde hoje se regista o maior número de infeções e uma na região centro.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim revela que estão internadas 811 pessoas (mais 10 nas últimas 24 horas), das quais 125 em cuidados intensivos (mais 10 em relação a quinta-feira).
As autoridades de saúde têm em vigilância 47.721 contactos, mais 1.539 em relação a quinta-feira.
Nas últimas 24 horas 647 doentes recuperaram totalizando 52.164 desde o início da pandemia.
É o segundo dia com mais novos casos de toda a pandemia, superando o valor de ontem (1.278). Pela primeira vez há mais de 1.000 casos em dois dias seguidos
– Expresso
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 559 novos casos de infeção, contabilizando a região 42.266 casos e 822 mortes.
A região Norte regista hoje mais 689 novos casos de covid-19, totalizando 30.800 e 908 mortos desde o início da pandemia.
Na região Centro registaram-se mais 96 casos, contabilizando 6.758 infeções e 272 mortos.
No Alentejo foram registados mais 11 novos casos de covid-19, totalizando 1.615, com um total de 25 mortos desde o inicio da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 31 casos de infeção, somando 1.923 casos e 20 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados três novos casos nas últimas 24 horas, somando 294 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou cinco novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 272 infeções, sem óbitos até hoje.
Portugal é um dos países europeus onde a mortalidade mais subiu (mais de 6%) e o segundo onde a covid-19 menos explica
Há ainda assim uma boa notícia: o total de recuperados nas últimas 24 horas é o mais alto de sempre (se não contarmos com os 9.844 recuperados do dia 24 de maio, fruto de uma grande atualização da DGS)
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções. A faixa etária 40 e os 49 é a que regista o valor mais elevado.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 38.166 homens e 45.762 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.032 eram homens e 1.030 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e sessenta e três mil mortos e mais de 36,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Pela 1ª vez: Todos os 16 concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19, até esta sexta-feira, elevava-se a 1759 (DGS apresenta hoje 1.923), com 22 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 20).
À data de sexta-feira, dia 2, a região do Algarve apresentava 655 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1083 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 113 (17% do total),
LOULÉ com 105 (16%),
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO com 88 (13%),
TAVIRA com 59 (9%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são: São Brás de Alportel com 9, Vila do Bispo com 6, Alcoutim com 3, Aljezur e Monchique com 1 caso ativo cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Surto em lar de Torres Vedras sobe para oito mortos
O surto de covid-19 no Lar de Nossa Senhora da Luz, em Torres Vedras, aumentou de sete para oito mortos, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado hoje por este município do distrito de Lisboa.
Segundo o documento, registou-se mais uma morte, elevando para oito o número de óbitos associados a este surto, mais um recuperado e quatro casos mantêm-se ativos.
O surto no Lar de Nossa Senhora da Luz, na freguesia de A-dos-Cunhados e Maceira começou a 03 de agosto, tendo atingido 87 casos de infeção entre utentes e funcionários.
O concelho contabiliza 458 casos confirmados, dos quais 80 estão ativos, 364 recuperaram e 14 morreram, de acordo com o boletim epidemiológico.
Já o surto na Igreja Cristã Evangélica em Torres Vedras, que chegou a ter 24 infetados, baixou para 17 casos ativos.
Desde o início de maio que não se registavam tantos internamentos
Portugal tem hoje 811 pessoas internadas devido à infeção por covid-19, o que significa que desde o inicio de maio que não se registavam tantos internamentos.
A 11 de maio existiam 805 pessoas internadas, número que foi registando um decréscimo ao longo de cinco meses.
Embora com oscilações diárias nunca mais se tinha ultrapassado o valor de 805 doentes internados.
Na quinta-feira, os dados do boletim epidemiológico davam conta que 801 infetados estavam internados em unidades hospitalares portuguesas, número que registou hoje uma subida (mais 10 pessoas).
No que respeita aos cuidados intensivos os dados revelam também uma semelhança ao ocorrido em maio.
Os dados de hoje indicam que 125 pessoas estão internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), um valor que se aproxima do registado a 8 de maio, dia em que as autoridades de saúde davam conta da existência de 127 doentes infetados acompanhados nas UCI.
Portugal registou hoje mais 12 mortos relacionados com a covid-19 e 1.394 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este é o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril, com 1.516.
Portugal já registou 2.062 mortes e 83.928 casos de infeção, estando hoje ativos 29.702 casos, mais 735 do que na quinta-feira.
A DGS indica que das 12 mortes registadas, oito ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, três na região Norte, onde hoje se regista o maior número de infeções e uma na região centro.
As autoridades de saúde têm em vigilância 47.721 contactos, mais 1.539 em relação a quinta-feira.
Nas últimas 24 horas 647 doentes recuperaram totalizando 52.164 desde o início da pandemia.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções. A faixa etária 40 e os 49 é a que regista o valor mais elevado.
O novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 38.166 homens e 45.762 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.032 eram homens e 1.030 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
Indicadores inspiram preocupação em relação à pressão no SNS
A ministra da Saúde disse hoje que os indicadores de covid-19 no país inspiram “naturais preocupações” em relação à pressão no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e destacou o recorde obtido na quarta-feira no número de testes diários realizados.
Na conferência de imprensa de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus, Marta Temido avançou que a taxa de incidência registada, nos últimos sete dias, foi de 64,4 novos casos por 100 mil habitantes e de 115,4, nos últimos 14 dias.
Segundo a ministra, Portugal apresenta um RT (risco de transmissão) superior a 1 há vários dias.
“Estes indicadores inspiram naturais preocupações sob o ponto de vista da pressão no sistema de saúde e no SNS”, admitiu, destacando o “investimento no reforço da reposta do SNS” que tem vindo a ser feito.
Sobre o nível da capacidade laboratorial de testagem, Marta Temido sublinhou que se passou de uma média de 2.500 testes de diagnóstico à covid-19 por dia, em março, para 19.600 testes por dia neste mês de outubro.
“No dia 07 de outubro foi batido um novo recorde no número de testes diários, tendo sido realizados pelos vários laboratórios 28.392. Quase 8% foram positivos, mas este é um sinal de alerta”, frisou.
A ministra deu também conta do investimento que tem sido feito na capacidade da medicina intensiva.
“Passámos de 1.142 ventiladores, no início de março, para mais 713 ventiladores distribuídos pelos hospitais do SNS, dos 966 já entregues no país”, precisou.
Portugal registou hoje mais 12 mortos relacionados com a covid-19 e 1.394 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, em março, este é o segundo maior número de casos de infeção. O maior foi em 10 de abril, com 1.516.
Mais de 7.000 polícias vão vigiar estado de emergência em Madrid
Mais de 7.000 agentes da polícia e da Guarda Civil vão controlar o cumprimento das medidas do estado de emergência decretado hoje pelo Governo de Espanha em Madrid e outros nove municípios da região, anunciou o ministro do Interior.
Fernando Grande-Marlaska, que falava em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros extraordinário, disse que os agentes de ambos os organismos, que também serão acompanhados pela polícia municipal, serão destacados em Madrid e nos outros nove municípios da comunidade para controlar o cumprimento das medidas.
Tanto a rede rodoviária destes municípios como as infraestruturas de transporte serão especialmente controladas pelos agentes para assegurar o confinamento.
O Governo de Espanha decretou hoje o estado de emergência durante 15 dias em Madrid e outros nove municípios da região, que entra em vigor de imediato, restabelecendo as restrições de movimentos invalidadas na quinta-feira pela justiça.
Espanha regista um aumento significativo dos casos de infeção pelo novo coronavírus desde setembro, com mais de 10.000 novos casos e cerca de uma centena de mortes, em média, por dia.
Madrid é a comunidade autónoma mais afetada, com registos nas últimas semanas de cerca de 3.000 novos casos por dia.
Desde o início da pandemia, segundo números oficiais de quinta-feira, Espanha regista 848.324 infeções (mais de um terço dos quais, 258.767, em Madrid) e 32.688 mortes.
As restrições aplicam-se aos municípios com uma incidência de contágio superior a 500 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, uma percentagem de positividade nos testes de diagnóstico acima de 10% e uma ocupação de camas nas unidades de cuidados intensivos por doentes covid-19 acima de 35% na comunidade autónoma a que o município pertence.
As medidas proíbem nomeadamente a entrada e saída de pessoas em cada uma das 10 cidades da região de Madrid, incluindo a capital, excetuando apenas deslocações “devidamente justificadas”, como idas ao médico, para o trabalho, centros educativos, assistência a idosos, menores e dependentes, e idas a bancos, tribunais ou outros organismos públicos.
As reuniões familiares e sociais, a menos que entre pessoas que coabitem, são limitadas a seis pessoas e a capacidade máxima dos estabelecimentos comerciais e serviços abertos ao público é reduzida a 50%, devendo fechar o mais tardar até às 22:00.
Para hotéis, restaurantes, cafés e bares, a capacidade permitida não pode exceder 50% no interior e 60% no exterior, e o consumo ao balcão é proibido, devendo estar encerrados às 23:00.
Surto no hospital de Beja com 13 profissionais já recuperados
Treze dos 36 profissionais do hospital de Beja infetados com covid-19 já estão recuperados e regressaram ao trabalho, mantendo-se 23 casos ativos da doença, revelou hoje a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Em comunicado publicado na sua página na Internet, a ULSBA disse registar “com agrado” a “recuperação de 13 profissionais e o seu regresso ao trabalho, assim como a redução significativa do número [de profissionais] em vigilância ativa”.
Do total de mais de mil testes efetuados aos profissionais do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, integrado na ULSBA, o surto de covid-19 que eclodiu nesta unidade contabiliza agora 23 casos ativos e 13 recuperados, existindo ainda nove pessoas em vigilância ativa.
O surto, identificado no passado dia 24 de setembro, infetou um total de 36 profissionais do hospital, das quais 17 enfermeiros, nove médicos, seis assistentes operacionais, dois assistentes técnicos e dois técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.
Também ficou em vigilância ativa com isolamento profilático de 14 dias um total de quase 60 profissionais da unidade hospitalar.
No comunicado de hoje, a ULSBA adiantou que os 13 recuperados são seis médicos, cinco enfermeiros e dois assistentes operacionais, enquanto o número atual de nove profissionais em vigilância ativa representa uma diminuição de oito pessoas, face à informação anterior.
“Foram reforçadas as medidas de segurança e higiene, assim como o rastreio mais alargado aos profissionais do hospital, estando já concluída a realização de testes a todos os funcionários do Hospital José Joaquim Fernandes. Estamos, contudo, a testar os profissionais que regressam de férias e também os que cessam os períodos de vigilância ativa”, explicou a ULSBA.
Como medida adicional, indicou, “concluiu-se já uma desinfeção suplementar do Bloco Operatório, por empresa especializada, através de vaporização de peróxido de hidrogénio e radiação UV”.
Ao abrigo do plano de contingência da ULSBA, a situação está a ser monitorizada e avaliada pela Unidade de Saúde Pública, pelo Serviço de Saúde Ocupacional e pelo Grupo de Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos.
A atividade cirúrgica de urgência mantém-se em funcionamento, realçou a ULSBA, informando ainda que decorrem “com normalidade” as consultas de especialidade e outros atos médicos, de enfermagem e exames.
Os utentes devem, pois, dirigir-se ao hospital “com toda a confiança, mas respeitando e cumprindo” as orientações da Direção-Geral da Saúde, nomeadamente o distanciamento físico, a higienização das mãos, o cumprimento da hora da consulta ou exame e o uso obrigatório de máscara à entrada dos edifícios.
Açores sem novos casos nas últimas 24 horas
As 1.638 análises realizadas nos dois laboratórios de referência dos Açores nas últimas 24 horas não revelaram novos casos positivos de covid-19 na região, anunciou hoje a Autoridade de Saúde Regional.
No seu comunicado diário, a entidade adianta ainda que foram registadas, nas últimas 24 horas, quatro recuperações, três em São Miguel e uma na ilha Terceira.
Na ilha de São Miguel os doentes recuperados são duas mulheres, uma de 44 anos e outra de 34 anos, sendo que esta última “apresentou documentação comprovativa de recuperação anterior à chegada à região” e há ainda a assinalar a recuperação de um homem de 46 anos.
Na ilha Terceira foi registada a recuperação de um homem de 23 anos que “também apresentou documentação comprovativa de recuperação anterior à chegada à região”, acrescenta o comunicado.
A Autoridade de Saúde dos Açores informa ainda que “saíram da região, designadamente da ilha de São Miguel, três casos positivos, dos quais um à revelia das autoridades”, uma mulher, de 22 anos.
Os “outros dois casos que saíram da região” referem-se a uma mulher de 59 anos e a um homem de 56 anos, que “cumprem os critérios de recuperação em território continental português, ao qual regressaram”.
Até ao momento, foram detetados na região 324 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se atualmente 203 casos recuperados.
Há atualmente 66 casos positivos ativos: 33 em São Miguel, 12 na Terceira, cinco na Graciosa, seis no Pico, seis no Faial, um em São Jorge, dois em Santa Maria e um na ilha das Flores.
Desde o começo da pandemia morreram 16 pessoas na região com covid-19, todas em São Miguel.
África com mais 293 mortes e 9.672 infetados nas últimas 24 horas
África registou nas últimas 24 horas mais 293 mortes devido à covid-19, elevando o número de óbitos para 37.680, num total de 1.546.691 infetados, mais 9.672, segundo os últimos dados sobre a pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas o número de recuperados nos 55 Estados-membros da organização foi de 5.657, para um total de 1.279.120.
Segundo o África CDC, a África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, com 18.727 vítimas mortais, e 753.890 infetados.
Só na África do Sul, o país mais afetado do continente, estão registados 686.891 casos e 17.408 mortes.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 373.573 pessoas infetadas e 11.790 mortos e, na África Ocidental, o número de infeções é de 180.163, com 2.651 vítimas mortais.
A região da África Oriental contabiliza agora 180.495 casos e regista 3.449 vítimas mortais e na África Central há 58.570 casos e 1.093 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.017 mortos e 104.156 infetados, e Marrocos contabiliza 2.486 vítimas mortais e 142.953 casos.
A Argélia surge logo a seguir, com 52.501 casos de infeção e 2.077 vítimas mortais.
Entre os seis países mais afetados estão também a Etiópia, com 81.797 casos e 1.262 vítimas mortais, e a Nigéria, com 59.841 infetados e 1.113 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Angola regista 208 mortos e 5.958 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.062 casos), Moçambique (68 mortos e 9.639 casos), Cabo Verde (71 mortos e 6.624 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.385 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 921 casos).
Espanha declara estado de emergência na região de Madrid
O Governo de Espanha decretou hoje o estado de emergência durante 15 dias em Madrid e outros nove municípios da região, restabelecendo as restrições de movimentos invalidadas na quinta-feira pela justiça.
A declaração de estado de emergência, adotada em Conselho de Ministros, entra em vigor de forma imediata, com a sua publicação urgente no Boletim Oficial do Estado.
A decisão foi tomada num Conselho de Ministros extraordinário, realizado hoje de manhã e convocado na quinta-feira à noite, horas depois de o Tribunal Superior de Justiça de Madrid ter rejeitado as medidas de restrição de movimentos em dez municípios da região de Madrid impostas pelo Governo central no sábado passado.
O executivo nacional e o regional estão desde há duas semanas num braço de ferro sobre as medidas concretas que devem ser tomadas para assegurar a redução do número de contágios de covid-19 em Madrid, a região de Espanha mais atingida pela pandemia.
O Tribunal Superior defendeu na quinta-feira que as medidas propostas pelo Governo central e aprovadas no órgão de coordenação com as comunidades autónomas na área da Saúde “interferem com os direitos e as liberdades fundamentais”.
A decisão da justiça deu razão ao executivo da região de Madrid, dominado pelos partidos de direita, que rejeita as medidas impostas pelo Governo central de coligação de esquerda por considerá-las ilegais, excessivas e desastrosas para a economia local.
Segundo fontes citadas pela agência espanhola EFE, antes deste anúncio, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, comunicou a decisão à presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Diaz Ayuso, que pediu mais tempo ao Governo central.
Sánchez, segundo as mesmas fontes, frisou que é imperativo proteger a saúde pública e pediu o apoio de Ayuso à decisão, pedido que foi recusado.
Com a declaração do estado de emergência, o Governo central encontra uma solução legal para manter as atuais restrições antes de um fim de semana alargado que termina com um feriado na próxima segunda-feira, em que se comemora o dia nacional de Espanha.
As autoridades receavam que centenas de milhares de madrilenos decidissem sair da cidade para passar o fim de semana fora, depois de a Justiça ter anulado as medidas de restrição da mobilidade.
As medidas impostas pelo Governo central que foram anuladas pela Justiça alargavam as restrições aos municípios com uma incidência de contágio superior a 500 casos por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, com uma percentagem de positividade nos testes de diagnóstico acima de 10%, e uma ocupação de camas nas unidades de cuidados intensivos por doentes covid-19 acima de 35% na comunidade autónoma a que o município pertence.
As restrições proíbem, entre outras coisas, a entrada e saída de pessoas em cada uma das 10 cidades da região de Madrid, incluindo a capital, exceto deslocações “devidamente justificadas”, tais como ao médico, ao trabalho, centros educativos, assistência a idosos, menores e dependentes e viagens a bancos, tribunais ou outros organismos públicos.
As reuniões familiares e sociais, a menos que coabitem, são limitadas a seis pessoas e a capacidade máxima dos estabelecimentos comerciais e serviços abertos ao público é reduzida a 50%, devendo fechar o mais tardar até às 22:00 horas.
Para hotéis, restaurantes, cafés e bares a capacidade permitida não pode exceder 50% no interior e 60% no exterior, e o consumo ao balcão é proibido, devendo estar encerrados às 23:00.
Espanha regista um aumento significativo de casos de covid-19. Segundo números oficiais de quinta-feira, 848.324 pessoas foram infetadas no país desde o início da pandemia, 32.688 das quais morreram.
Madrid é a comunidade autónoma com o maior número de novas infeções, com um total para 258.767.
Portugal obtém 37,5 ME de fundo de solidariedade da UE para enfrentar pandemia
A Comissão Europeia anunciou hoje que Portugal irá receber 37,5 milhões de euros em pagamentos antecipados, através do fundo de solidariedade da União Europeia (UE), para ajudar a enfrentar “o surto de covid-19 e os seus efeitos”.
Em nota de imprensa, a Comissão Europeia referiu que, “na sequência do pedido de ajuda para fazer face ao surto de covid-19 e seus efeitos”, irá dar 37,5 milhões de euros a Portugal em “pagamentos antecipados”.
“Trata-se de um pagamento antecipado, tal como pedido pelo governo português, e encontra-se pendente da apreciação da candidatura apresentada, não antecipando o valor final” previsto para Portugal, sublinha o executivo comunitário, em nota à Lusa.
O anúncio surge após, em junho, Portugal ter entregado ao executivo comunitário uma candidatura ao fundo de solidariedade europeu para mitigar os efeitos económicos provocados pela pandemia de covid-19.
Em comunicado publicado na altura, o Governo referia ter submetido um pedido de “apoio para despesas elegíveis no valor de 3,5 mil milhões de euros”.
No pedido, estavam incluídas despesas do Estado relativas a “equipamentos e dispositivos médicos, análises laboratoriais, equipamentos de proteção individual, reforço de meios do Serviço Nacional de Saúde e reforço da rede de Cuidados Continuados”, sublinhava o comunicado.
Além de Portugal, também Alemanha, Irlanda, Grécia, Espanha, Croácia e Hungria recorreram ao fundo de solidariedade pelas mesmas razões, tendo a Comissão anunciado hoje que atribuía, no total, 132,7 milhões de euros aos sete países.
O executivo comunitário encontra-se agora realizar a avaliação das candidaturas submetidas pelos Estados-membros e, apenas quando essa avaliação estiver completa, “será feita uma proposta com os valores finais”.
Citada na nota de imprensa publicada hoje pelo executivo comunitário, a comissária portuguesa, Elisa Ferreira – com a pasta da Coesão e Reformas –, referiu que as verbas hoje anunciadas são “mais outra prova importante do que significa a solidariedade da UE, o coração do projeto europeu”.
Cabe agora ao Parlamento Europeu (PE) e ao Conselho Europeu aprovarem os fundos hoje anunciados para que a ajuda financeira possa ser desbloqueada.
Criado em 2002, o Fundo de Solidariedade da UE é normalmente mobilizado para os países assolados por catástrofes naturais.
No entanto, devido à situação excecional originada pela pandemia de covid-19, foi, a partir deste ano, alargado para fazer face a emergências sanitárias.
Em abril, Portugal recebeu 8,2 milhões de euros através deste mecanismo, na sequência dos danos provocados pelo furacão Lorenzo na região autónoma dos Açores.
Pelo menos 1,063 milhões de mortos em todo o mundo
A pandemia provocada pelo novo coronavírus já fez pelo menos 1.063.346 mortos em todo o mundo desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da agência France-Presse.
Mais de 36.595.740 pessoas foram infetadas pelo novo coronavírus em todo o mundo, segundo o balanço, feito às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) de hoje com base em fontes oficiais.
Até hoje, pelo menos 25.332.900 pessoas foram consideradas curadas de covid-19, acrescenta a agência francesa, sublinhando que os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo.
Alguns países só testam os casos graves, outros utilizam os testes sobretudo para rastreamento e muitos países pobres dispõem de capacidades limitadas de testagem.
No dia de quinta-feira, registaram-se 6.408 mortes e 355.735 novas infeções, segundo os números coligidos e divulgados pela agência.
Os países que registaram mais mortes nesse dia foram a Índia (964), os Estados Unidos (938) e o Brasil (729).
Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 212.789 mortes e 7.607.848 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins, que contabiliza ainda quase três milhões (2.999.895) de casos declarados curados.
Depois dos Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil com 148.957 mortos e 5.028.444 casos, a Índia com 106.490 mortos (6.906.151 casos), o México com 83.096 mortos (804.488 casos) e o Reino Unido com 42.592 mortes (561.815 casos).
O Peru é por seu lado o país com o maior número de mortos em relação à população, com 100 mortes por 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (87) e da Bolívia (70), Brasil (70) e Espanha (70).
A China continental (sem Macau e Hong Kong) registou oficialmente um total de 85.521 casos (21 de quinta-feira para hoje), dos quais 4.634 foram mortais e 80.681 declarados curados.
Por regiões do mundo, a América Latina e Caribe totalizaram 364.642 mortes em 9.933.970 casos, a Europa 239.509 mortes (6.202.269 casos), os Estados Unidos e Canadá 222.343 mortes (7.782.902 casos), a Ásia 149.446 mortes (8.943.604 casos), o Médio Oriente 49.026 mortes (2.152.107 casos), a África 37.389 mortes (1.548.565 casos) e a Oceânia 991 mortes (32.325 casos).
O balanço foi feito com base em dados obtidos pela AFP junto das autoridades nacionais e informações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Devido a correções feitas pelas autoridades e a notificações tardias, o aumento dos números diários pode não corresponder exatamente à diferença em relação aos dados avançados na véspera.
Apenas 44 casos no mundo podem estar associados a viagens de avião
Um estudo da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, em inglês) revelou que foram identificados apenas 44 casos de covid-19 no mundo nos quais a transmissão pode estar associada a viagens de avião.
“O risco de um passageiro contrair covid-19 a bordo de um avião parece muito baixo. Com apenas 44 casos identificados de transmissão potencialmente relacionada com o voo, em 1,2 mil milhões de viajantes”, lê-se no estudo publicado, na quinta-feira, pela associação que reúne as principais companhias aéreas fabricantes de aeronaves.
Segundo a IATA, os dados recolhidos demonstraram a baixa incidência de transmissão de covid-19 a bordo de um avião, com um número de contaminações equivalente a um caso em cada 27 milhões de viajantes.
A associação reconhece, no entanto, que pode estar a subestimar os valores reais, mas aponta que, mesmo que 90% dos casos de covid-19 associados a uma viagem de avião não fossem reportados, isso representaria um caso para cada 2,7 milhões de viajantes.
“Achamos que estes números são extremamente tranquilizadores. Além disso, a grande maioria dos casos publicados ocorreu antes que o uso de máscaras durante o voo se generalizasse”, refere o consultor médico da IATA, David Powell, citado numa nota publicada na página da internet da associação.
A recolha de dados da IATA, refere, está em linha com os baixos valores relatados num estudo publicado recentemente no Journal of Travel Medicine.
“Embora não haja maneira de estabelecer uma contagem exata de possíveis casos associados ao voo, o alcance da IATA às companhias aéreas e às autoridades de saúde pública, combinado com uma revisão completa da literatura disponível, não rendeu qualquer indicação de que a transmissão a bordo seja de alguma forma comum ou difundida”, refere aquele estudo, citado no relatório da IATA.
Sobe para cinco número de mortes nos lares da Misericórdia de Bragança
Uma idosa de 95 anos morreu na Santa Casa da Misericórdia de Bragança, elevando para cinco o número de óbitos na instituição que mantém 97 utentes e 26 trabalhadores com infeção pelo novo coronavírus, informou hoje a instituição.
O mais recente balanço é de cinco mortes, todas mulheres com idades entre os 78 e os 95 anos, 97 utentes positivos e 26 trabalhadores, de acordo com dados da Misericórdia.
Entre os utentes que testaram positivo há oito que estão internados no hospital de Bragança, segundo José Fernandes, porta-voz e membro da direção.
Nas últimas horas não foram comunicados mais casos positivos e falta conhecer os resultados de 24 de um total de quase 700 testes realizados nas diferentes respostas sociais, desde o início do surto, a 23 de setembro.
Segundo a instituição, o surto ficou circunscrito aos três lares de idosos, onde foram feitos mais de 300 testes e mais de um terço deram positivo, a esmagadora maioria entre os utentes.
Nas restantes valências, nomeadamente Unidade de Cuidados Continuados, Centro de Educação Especial, infantários e escolas, não houve casos positivos, de acordo ainda com informação da instituição.
O porta-voz, José Fernandes, afirmou, na quinta-feira, que a instituição reconhece que falhou no surto que afeta essencialmente os lares de idosos.
Os resultados dos testes têm revelado que o foco se concentrou nos três lares de idosos da Misericórdia e o porta-voz, que faz parte também da direção, admitiu que houve falhas, que a instituição está a refletir sobre o que se passou e que fará as correções necessárias.
“É óbvio que falhou alguma coisa porque quando há um surto de infeção falha sempre alguma coisa, mas não falha só aqui, infelizmente falha no mundo todo”, afirmou.
Segundo disse, no final da crise em curso, “há de ser escalpelizado” o que falhou, “há de ser debatido e se falhou alguma coisa” será corrigida.
Com os trabalhadores em quarentena ou em isolamento profilático, começam a evidenciar-se as necessidades de recursos humanos que estão a ser colmatadas com uma brigada de intervenção rápida e uma equipa médica e de enfermagem.
O porta-voz da Misericórdia explicou que a Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste disponibilizou uma equipa de quatro médicos e três enfermeiros do Serviço Nacional de Saúde que começou a trabalhar na instituição na manhã de hoje.
“Esta brigada dá-nos apoio, estamos no limite das nossas capacidades, mas também sabemos e já o transmitimos, se for preciso vêm meios humanos para nos reforçar”, apontou.
Exemplo dessa disponibilidade de apoio é a brigada de intervenção rápida com enfermeiros e auxiliares que estava previsto ficar até hoje, mas que deverá “prolongar por mais sete dias a sua missão”, segundo José Fernandes.
O porta-voz da Misericórdia expressou ainda “preocupação” com o impacto deste surto na comunidade para além do risco de possíveis contágios que estão a ser rastreados pela Saúde Pública.
“Estamos a falar de um universo de 1.003 pessoas (entre funcionários e utentes) numa cidade pequena como Bragança, entendo a preocupação que toda a gente da cidade pode ter porque a Santa Casa da Misericórdia é uma instituição transversal à cidade de Bragança e poucas serão as pessoas, poucas serão as famílias que não têm algum relacionamento com a Santa Casa”, salientou.
A Misericórdia de Bragança é a maior instituição social e um dos maiores empregadores do Nordeste Transmontano e é também aquela onde ocorreu o maior surto de infeção pelo novo coronavírus na região, desde o início da pandemia.
O distrito de Bragança regista um total de mais de 900 casos de infeção confirmados e 35 mortes associadas à covid-19, desde março.
Quase três milhões de migrantes retidos devido à pandemia
Pelo menos 2,75 milhões de migrantes foram impedidos de voltar para casa neste verão devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, segundo um relatório da OIM, que pede urgentemente cooperação internacional.
Estas questões foram abordadas num relatório elaborado pela OIM sobre o impacto da covid-19 sobre os migrantes, de acordo um comunicado hoje divulgado por esta organização.
“A escala e a implementação de dezenas de milhares de medidas de restrição de movimento, incluindo o encerramento de fronteiras e medidas de contenção relacionadas à covid-19, exigem que os Estados trabalhem com os seus vizinhos e países de origem dos migrantes para atender às suas necessidades e vulnerabilidades”, disse o diretor-geral da Organização Internacional para as Migração (OIM), António Vitorino.
“Deve ficar claro que os migrantes podem retornar para casa de maneira segura e digna, apesar das restrições impostas pela covid-19”, afirmou ainda Vitorino.
Segundo o diretor-geral da OIM, “onde os Governos tomaram medidas, dezenas de milhares de migrantes puderam voltar para casa de uma maneira que levou em consideração os desafios de saúde significativos que a pandemia apresenta. Os corredores de mão-de-obra foram reabertos, ajudando a reanimar as economias dos países de origem e de destino e a diminuir o impacto económico da pandemia. Todos esses são passos positivos, mas devemos avançar agora para replicar essas boas práticas de forma mais ampla”.
O relatório da OIM sobre migrantes retidos observou também que alguns Governos têm sido proativos na abordagem de questões de vulnerabilidade, permitindo que migrantes, independentemente de seu estatuto migratório ou seguro, tenham acesso a instalações médicas, especialmente as dedicadas à covid-19, e fornecendo comida e acomodação para outras.
Canadá, Portugal, Itália e Alemanha e muitos outros Estados ajustaram o regime de vistos para trabalhadores sazonais à luz das restrições de mobilidade impostas pela pandemia, de acordo com o relatório, citando outros exemplos de países que tem tomados medidas favoráveis aos migrantes neste contexto.
De acordo com o relatório da OIM, os migrantes retidos são definidos como indivíduos fora do seu país de residência habitual, que desejam regressar a casa, mas não o podem fazer devido a restrições de mobilidade relacionadas com a covid-19.
A OIM tem vigiado as restrições globais de mobilidade e seu impacto desde o início de março. Os dados mais recentes revelam que cerca de 220 países, territórios e áreas impuseram mais de 91.000 restrições ao movimento.
Como resultado dessas medidas de contenção global, a OIM recebeu centenas de solicitações para ajudar quase 115.000 migrantes retidos a voltar para casa com segurança e voluntariamente.
Uma vez retidos, alguns migrantes correm um maior risco de abuso, exploração e abandono. A perda de meios de subsistência pode aumentar as vulnerabilidades e expô-los à exploração por sindicatos criminosos, traficantes de pessoas e outros que se aproveitam dessas situações.
A OIM tem apelado repetidamente para que os migrantes sejam incluídos nos planos nacionais de resposta e recuperação do COVID-19.
Muitas vezes, no entanto, os migrantes são excluídos ou, devido ao seu estatuto irregular, não desejam procurar serviços de saúde e outros serviços de apoio social, uma situação exacerbada pelo aumento do sentimento anti-imigração em alguns países.
“Os migrantes muitas vezes enfrentam estigma, discriminação e ataques xenófobos, mas a extensão em que os meios de comunicação em particular têm servido como incubadora e amplificadora do discurso de ódio é um fenómeno profundamente preocupante”, afirmou Vitorino.
“A violência que vimos dirigida aos migrantes e outras pessoas vulneráveis é imperdoável. É essencial criminalizar formas extremas de discurso de ódio, incluindo incitamento à discriminação e violência, e responsabilizar os perpetradores”, sublinhou o diretor-geral da OIM.
Quase metade dos 2,75 milhões de migrantes (1,25 milhão) retidos estão no Médio Oriente e no Magrebe, onde as rotas migratórias como a Líbia ou a Turquia e a Grécia foram fortemente afetadas pelas medidas de prevenção contra a covid-19.
Os números da Ásia Pacífico (976 mil), Europa Ocidental (202 mil) e América Latina e Caribe (111 mil) também se destacam, segundo os dados da OIM.