A vereadora da Câmara de Vila Real de Santo António Conceição Cabrita quer ganhar no domingo as eleições para a Câmara do concelho, seguindo os passos de Luís Gomes o seu antecessor.
A autarca se for eleita herdará um a pesa dívida, mas a mulher e política não baixa os braços e diz-se preparada para o trabalho.
A exemplo de Portimão que com Isilda Gomes viu o PS renovar a presidência apesar das dificuldades da dívida, saberemos se domingo os votos dão a Conceição Cabrita a esperada vitória.
POSTAL (PA): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Conceição Cabrita (CC): Por um imperativo de consciência, para que o progresso do concelho não regresse ao tempo do marasmo e da incompetência que marcou o concelho até 2005. E porque tenho uma perspectiva de futuro com um programa ambicioso baseado no compromisso com a população de Vila Real de Santo António. No fundo, foi sempre esta a minha forma de estar na política.
Vamos aprofundar ainda mais os compromissos de apoio social, o compromisso com a mobilidade, com a alteração de horários e percursos do nosso autocarro social, com a requalificação dos espaços públicos, no arranjo de estradas e caminhos rurais, com a criação da Casa da Juventude, da Oficina de Artes e Criatividade, a Casa do Estudante (em Faro e Lisboa), a VRSA Amiga de apoio à população sénior, a VRSA Boa Ideia, um gabinete de apoio ao micronegócio, a DNA VRSA, uma agência municipal de promoção do empreendedorismo, da descentralização dos serviços, pela reformulação do estacionamento e fazer avançar os grandes projectos estruturantes.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
CC: Muito foi feito nos últimos 12 anos. Até 2005 éramos um concelho do século XIX, com profundas deficiências em questões essenciais como o saneamento, distribuição de água, com implicações no campo ambiental, no desenvolvimento económico principalmente numa área emblemática como o turismo. Quem queria estar numa praia que sofria descargas de esgoto sem tratamento?
Além disso, grande parte da nossa população vivia mal, principalmente os mais desfavorecidos, sem saúde nem apoios sociais. A herança que recebemos é profundamente diferente. Fizemos parte dessa equipa mas vamos aprofundar ainda mais o que foi feito.
Vamos orientar os nossos esforços na criação de empregos, implementando projectos fundamentais, apoiando a fixação populacional e vamos incentivar e melhorar as políticas de habitação de apoio à juventude e à cultura e património. Já fizemos o que nunca foi feito, mas vamos aprofundar com uma nova equipa e com trabalho árduo o desenvolvimento de todo o concelho.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
CC: É simples! O que está em causa é o regresso ao passado ou o continuar a trabalhar em direcção ao futuro. Temos uma experiência muito rica. Em apenas 12 anos fizemos o que outros que concorrem contra nós, não foram capazes, ou simplesmente não souberam fazer. Essa experiência é o nosso principal capital que queremos fazer render em prol da população do nosso concelho.
Somos uma equipa de gente nova com provas dadas em diferentes sectores, tanto na gestão municipal como na sociedade civil. Orientamo-nos por valores humanistas sabendo que o desenvolvimento económico é a melhor forma para que esse capital acumulado renda em favor dos mais desfavorecidos e carenciados. Sabemos que é trabalho que nunca está completo, mas sabemos fazer e fazemos bem, sem excluir ninguém e sobretudo sem revanchismos. O nosso concelho não resistiria a um regresso ao passado, às falsas soluções dos que têm simplesmente em mente o ajuste de contas.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
CC: Fazemos a diferença porque já fizemos e fizemo-lo melhor. Temos compromissos com a população que vamos continuar a cumprir. Tirámos o concelho do subdesenvolvimento. Demos orgulho à nossa terra. Somos feitos de gente que faz sem complexos, sem olhar a preconceitos políticos. Rejeitamos a ‘baixa política’ e estamos na luta para resolver os problemas concretos da população. Daí a nossa insistência dos compromissos que apresentámos ao eleitorado.
No município, como nas freguesias, vamos trabalhar com todos. Somos atentos aos problemas concretos, quer na saúde quer no apoio social que vamos aprofundar, da juventude, do desporto e da cultura, porque estamos hoje como estivemos ontem no terreno junto da população.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
CC: A nossa ambição não se limita a duas medidas. Temos 11 compromissos concretos que vamos cumprir. Se quiser reduzir a nossa ambição a duas medidas diremos que são: trabalhar e trabalhar! Não fazemos promessas até porque temos provas dadas e hoje ninguém de boa fé, independentemente de problemas- que sempre os há- de percurso, pode afirmar que Vila Real de Santo António não saltou do atraso ao progresso.
O nosso projecto, assente nos nossos 11 compromissos, vai ter uma aplicação continuada. Somos uma garantia segura para a população do concelho que hoje tem maiores exigências que também são as nossas, por isso com trabalho e trabalho vamos transformar ainda mais e melhor Vila Real de Santo António.
Temos a certeza e a população do concelho comunga dessa certeza que não podemos regressar a um passado triste e cinzento e, no dia 1 de Outubro, o que está em jogo é a escolha entre os interesses de uns e o futuro de todos.