São muitos os problemas que o candidato Sebastião Coelho aponta ao concelho de Olhão que conhece bem.
O homem que lidera a candidatura da coligação CDU à autarquia tem para muitos deles propostas concretas e deu-as a conhecer aos eleitores nas respostas que deu ao POSTAL.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à presidência da Câmara?
Sebastião Coelho (SC): A minha candidatura resulta do convite recebido das estruturas locais da CDU em Olhão, que aceitei, para dar continuidade ao trabalho desenvolvido e com o empenhamento de todos os camaradas e amigos que dão corpo às listas da CDU, cumprirmos o objetivo de aumentar o número de votos e mandatos no Concelho. Um objetivo que estará tão mais próximo quanto maior for o envolvimento de todos nesta batalha política. Da minha parte podem contar com a mesma determinação de sempre, para levar tão longe quanto possível o exercício desta tarefa e assumir as responsabilidades que os olhanenses me queiram conferir.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
SC: Um concelho com a dimensão de Olhão apresenta como não podia deixar de ser variadíssimos problemas. Uns que poderão ser resolvidos pela autarquia e outros relativamente aos quais haverá que pressionar as entidades competentes para a sua resolução. Refiro-me aqui a tudo o que é relacionado com a ria, a poluição, a reclassificação dos viveiros e definição de forma de propriedade, dragagens e melhorias no porto de pesca, circular norte a Olhão, requalificação da EN125, entre outros. Como intervenção local não podemos deixar de referir a necessidade de um estudo global do trânsito e os transportes públicos urbanos, um estudo sobre as zonas verdes e tipo de arborização e aquelas pequenas grandes coisas que a população sente no dia-a-dia, como a limpeza das ruas e seu correto calcetamento, pintura de passadeiras, especial atenção às condições de mobilidade para deficientes e população em geral através de uma correta ocupação dos espaços públicos e naturalmente uma correta análise das áreas de expansão com um atento acompanhamento da revisão do PDM em curso.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da câmara porquê ?
SC: A candidatura da CDU que me apresenta como 1º candidato à Câmara Municipal é para nós e espero que para os olhanenses a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara de Olhão, o mesmo sucedendo com as candidaturas à Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia.
Neste período eleitoral aparecerão com certeza grandes ideias, maravilhosas propostas, promessas muitas, quer do é possível fazer sendo competência do órgão, quer do que compete e é atribuição de entidades externas. Quanto à Câmara de Olhão é preciso não esquecer os condicionalismos económicos com que a mesma se depara e não me refiro já à divida ou serviço da mesma, até porque há capacidade de endividamento, mas à exiguidade das receitas do município, o que é visível pela análise dos orçamentos e prestação de contas. Assim não basta dizerem que se propõem fazer isto ou aquilo, mas dizer como o farão, ou quando o farão. E aqui está a grande diferença da nossa candidatura e a certeza que os Olhanenses podem ter de que aquilo que dizemos antes de eleitos, será aquilo que faremos se nos forem entregues os destinos da autarquia e que mesmo que tal não aconteça, continuaremos com os nossos eleitos a lutar pela consumação dos compromissos assumidos.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
SC: Trata-se de uma pergunta de difícil resposta pois não conheço o programa final dos outros candidatos, mas apenas esboços de ideias elaborados muitas vezes para aquilatar as reações. Quanto a nós CDU, achamos que Olhão precisa de outra política que resolva os problemas e assegure o futuro, pelo que iremos ser uma candidatura que assenta nos valores olhanenses, nas suas tradições, na juventude, nos seus recursos e potenciais e virada para o futuro. Não com promessas mas com compromissos, próprios ou em colaboração com outras entidades, lutaremos pelos interesses da terra, definindo como prioridades o apoio à juventude, ao aparelho produtivo e aos trabalhadores, a defesa do ambiente, ao direito a viver e produzir na ria formosa, análise à ação social e desenvolvimento de um real programa de apoio à cultura e património, potenciar do turismo sem destruir a tipicidade olhanense, reavaliar os tarifários, planificar o trânsito, lutar pela reposição das freguesias da Fuseta e de Moncarapacho, pela valorização dos trabalhadores da câmara e empresas municipais e por órgãos autárquicos abertos e efetivamente ao serviço das populações.
P: As duas primeiras medidas estruturantes avançar caso vença as eleições, quais serão?
SC: As chamadas medidas estruturantes estão normalmente associadas a médios ou grandes investimentos nem sempre comportáveis pelas finanças da autarquia, havendo que recorrer a comparticipações estatais ou fundos europeus.
Para Olhão parece-nos fundamental relançar a problemática do Parque da Cidade a norte da Av. D. João VI até ao Brejo, que constitui unidade operativa em termos de PDM, já objecto de projecto, com uma questionável dispensa de análise do impacto ambiental, remetido à CCDR e sem andamento visível há bastante tempo. Igualmente essencial se apresenta o realojamento dos moradores do Bairro 16 de Junho Sul e posterior demolição do edificado, permitindo definir a planificação do espaço a norte e leste do hotel, com soluções contemplando ou não o atual projeto de loteamento e igualmente do espaço criado pela referida demolição, relançando a discussão sobre a recuperação e destino a dar ao edifício do antigo matadouro.