Pelo PCP, o Orçamento de Estado de 2022 morreu e paz à sua alma. No final da reunião do comité central, Jerónimo de Sousa foi claro em afirmar que a proposta do Governo “não responde às necessidades do País” e que “neste contexto, face ao quadro de compromissos e sinais dados, o PCP votará contra este OE”.
A decisão está fechada, porque os comunistas não acreditam “em bruxas” nem em “golpes de magia” capazes de dar a volta a este imbróglio. A lista de encargos que o PCP queria ver resolvidos neste OE é vasta, mas foram sobretudo as questões dos aumentos salariais, da revisão da lei laboral e do reforço do investimento no SNS que mais pesaram na decisão comunista de vetar o Orçamento. São questões “que estão no eixo das nossas preocupações e das necessidades do País” e que Jeronimo assumiu terem sido as que mais dificuldades causaram na aproximação com as propostas do Governo.
A posição comunista é irreversível, garante Jerónimo de Sousa. “Em nome da coerência” das posições assumidas e depois das “longas horas” e dos “vários meses” de negociações com o Governo, o saldo comunista está feito. “O Governo não nos quis acompanhar” e “fomos até ao limite”, sem que os comunistas tivessem “encontrado eco” da parte de António Costa.
A hipótese de eleições está, agora, no centro da discussão política, mas o líder comunista não as deseja, mas também não as teme. “Nós não batalhamos por eleições, mas se elas existirem -por decisão do Presidente da República – ainda bem que existe este direito inalienável”, concluiu Jerónimo de Sousa.
Notícia exclusiva do parceiro do jornal Postal do Algarve: Expresso