Jorge Botelho candidata-se pela última vez (consecutiva) a um mandato como presidente da Câmara de Tavira.
O actual presidente da Câmara defronta cinco candidaturas mas conta com “cerca de 90%” das propostas eleitorais que fez e que considera “concretizadas” para ganhar as urnas no próximo domingo.
Conheça as propostas do homem que comanda os destino do concelho há oito anos nas respostas que deu ao POSTAL.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Jorge Botelho (JB): Em primeira linha, porque é necessário continuar o trabalho desenvolvido no concelho de Tavira nos últimos oito anos (dois mandatos). No primeiro mandato a prioridade foi dada às questões sociais e à sustentabilidade financeira do município, que apresentava um endividamento excessivo que comprometia seriamente a sua gestão de curto/médio prazo e, no segundo mandato, que agora termina com uma concretização de propostas eleitorais numa percentagem elevada (cerca de 90%), traduzindo-se em muitas intervenções de obra pública concretizadas ao longo dos quatro anos, especialmente na rede viária e reabilitação de equipamentos municipais.
Por outro lado, porque temos de continuar com a reabilitação e promoção de Tavira, criando e potenciando ainda mais as condições de investimento, de criação de emprego, de continuar a apoiar as famílias e as pessoas, especialmente as que necessitam de apoio. Acresce que temos um programa ambicioso para o desenvolvimento do concelho de Tavira e porque entendo ser o candidato melhor colocado para o concretizar e Tavira ser ainda melhor.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
JB: As questões do envelhecimento da nossa população, da litoralização do concelho, da desertificação do território e a melhoria que se espera das respostas de saúde, assumem uma especial preocupação quando identificamos problemas ao nosso desenvolvimento e à sua sustentabilidade económica e social.
Temos de criar condições para atrair empresas e pessoas que invistam no nosso território, que inclui obviamente os munícipes, tanto na área da agricultura, como nos recursos endógenos, no turismo em vários planos, incorporando os nossos produtos locais no circuito de comercialização pois têm uma elevada qualidade.
Tavira, Santa Luzia e Cabanas também não possuem uma frente náutica de recreio e tem de ser criada para haver respostas organizadas nesta área. Igualmente a necessidade de ter equipamentos culturais, que possam dar resposta todo o ano de uma oferta cultural e que estão neste momento em projecto e, no caso da criação de uma sala de espectáculos fechada, o concurso de reabilitação do Cineteatro António Pinheiro está em avaliação de propostas.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
JB: Pela experiência adquirida, porque conheço as questões do concelho em profundidade e temos conseguido ao longo destes anos resolver os problemas e necessidades da população, que envolvem também um trabalho em profundidade com as Juntas de Freguesia, através de descentralização de competências que temos e promovemos.
Por outro lado, nestes últimos quatro anos, após adquirida a sustentabilidade financeira do município, lançámos um programa ambicioso de requalificação de Tavira, seja ao nível do seu património histórico, religioso e arquitectónico, de reabilitação das estradas que urge prosseguir, de investimento nas escolas, no desporto, na cultura e nas pessoas, associado também a um plano de promoção e de animação do município, que aumentou em muito a sua visibilidade e atraiu nestes anos um número cada vez mais crescente de turistas, combatendo a nossa sazonalidade. A que acresce o investimento privado em curso que incentivamos. Assim temos promovido as condições para que haja emprego todo o ano.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
JB: Apostamos na continuidade e na seriedade das nossas propostas, sabendo as pessoas que a relação que temos com elas é de cumprir aquilo com que nos comprometemos, assumindo uma relação de proximidade. Não fazemos propostas populistas, de prometer tudo a todos em qualquer ocasião, pois sabemos que não é esse o comportamento que as pessoas esperam hoje dos políticos.
Teremos as contas em dia, com pagamentos a fornecedores a tempo e horas. Teremos um território requalificado, com uma nova ponte sobre o Rio Gilão, um novo Teatro, novos equipamentos e espaços museológicos. Iremos trabalhar com o Governo para ter um Porto de Pesca em Tavira para que o Centro de Saúde tenha horários alargados e novas respostas e iremos promover os produtos de Tavira, potenciado o facto de Tavira ser a comunidade representativa da Dieta Mediterrânica
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
JB: Trabalhar com o Governo na área da saúde para melhores respostas em Tavira e para a concretização dos investimentos na área da náutica em Tavira. Trabalhar internamente com os serviços e com a sociedade civil para a concretização do programa eleitoral apresentado.