O candidato da extrema-direita (PSL) Jair Bolsonaro, venceu nos consulados do Brasil no Porto e em Faro, segundo informações recolhidas pela Lusa.
“Quase 60% dos votos, mais concretamente 59,80%, em Faro foram para o candidato Jair Bolsonaro”, disse à Lusa o representante diplomático responsável pelo ato eleitoral no consulado de Faro, salientando que a afluência às urnas foi “fraca”, com apenas 22% dos eleitores inscritos.
Em declarações à Lusa, fonte consular explicou que a afluência foi maior durante o período da manhã, tendo à tarde havido alguns fluxos maiores de eleitores de acordo com os horários das chegadas dos comboios a Faro. “Muito dos eleitores não residem em Faro, vem de outras zonas do Algarve ou do Alentejo, uma vez que a área de abrangência do consulado vai até Portalegre”, incluindo distritos de Évora e Beja, explicou.
No Porto, Jair Bolsonaro também venceu com larga maioria, disse à Lusa a vice-consul Lígia Verde, que adiantou que em segundo lugar ficou Ciro Gomes (o candidato que encabeça o Partido Democrático Trabalhista), ficando em terceiro o candidato do PT, Fernando Haddad.
Naquele consulado “a afluência foi enorme”, chegando a haver pessoas que estiveram à espera cerca de três horas para votar, admitiu a vice-cônsul. “A afluência foi bem maior do que a esperada”, afirmou Lígia Verde.
Um total de 147,3 milhões de brasileiros foram chamados este domingo a votar nas eleições em que estarão em disputa o cargo de Presidente, mas também de representantes no parlamento (Câmara dos Deputados e Senado) e nos governos regionais.
As urnas no Brasil abriram às 8 horas (12 horas em Lisboa) e têm o seu encerramento previsto para as 17 horas de cada fuso horário. Em Portugal, as urnas nos consulados do Brasil em Lisboa, Porto e Faro abriram, assim, às 8 horas locais e já encerraram às 17 horas.
Em Lisboa, a Lusa tentou obter resultados, mas a instituição remeteu quaisquer informações para Brasília. Cerca de 40 mil brasileiros residentes em Portugal estavam aptos a votar nesta primeira volta das eleições presidenciais, segundo dados da Embaixada do Brasil em Portugal. No total, eram mais 10 mil recenseados do que em 2014.
Lusa