Elsa Cordeiro dá há anos a sua cara às políticcas do PSD em Tavira e já a deu a nível nacional enquanto deputada ao Parlamento.
A única mulher candidata à Câmara da cidade do Gilão conhece bem a vereação da autarquia diz que os tavirenses foram defraudados nos últimos oito anos com a gestão socialista de Jorge Botelho.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAL (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Elsa Cordeiro (EC): Ser presidente de Câmara exige competência, dedicação e forte capacidade de acção. Exige coragem. Conheço a realidade de Tavira e dos tavirenses e sinto-me bem preparada para assumir os destinos deste que é o meu concelho.
Há vários anos que me preparo para este momento. A experiência acumulada no desempenho de vários cargos políticos ao longo dos anos, quer como vice-presidente de Câmara, quer como deputada da Assembleia da República, bem como a minha experiência profissional e académica, dotaram-me de conhecimento e de capacidade de liderança para poder ser um verdadeiro agente dinamizador do concelho e da sua economia.
Tavira não pode continuar suspensa, Tavira tem de avançar. Há oito anos que o concelho se encontra estagnado e a qualidade de vida dos munícipes, bem como a sua economia doméstica, têm sido negativamente afectadas pela actual gestão camarária, que se tem limitado apenas a fazer uma gestão corrente, não concretizando as iniciativas que promete desde 2009. O dinheiro que é cobrado aos munícipes tavirenses não é proporcional aos serviços prestados pelo actual executivo. Pagamos demasiado para um retorno tão fraco de bens e serviços prestados pelo município.
Queremos fazer mais, queremos fazer melhor, sem comprometer os orçamentos familiares dos tavirenses.
A minha candidatura assenta em três pilares fundamentais: a seriedade, a honestidade e o ‘compromisso sério’. Assumo apenas os compromissos que sei que tenho capacidade e condições para os fazer cumprir. Não quero criar ilusões aos tavirenses nem lhes quero defraudar as expectativas, disso já todos tivemos nos últimos oito anos.
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
EC: A elevada carga fiscal cobrada aos tavirenses encontra-se totalmente desajustada em relação às contrapartidas oferecidas pelo município. A factura da água, ao contrário do que foi apregoado pelo actual executivo em anteriores campanhas eleitorais, subiu em alguns casos para mais do dobro. É uma factura extremamente penalizadora para as famílias tavirenses.
Tavira não pode continuar em modo ‘gestão corrente’, sem a coragem para projectar e realizar obras essenciais ao concelho. Tavira não pode continuar suspensa com a desculpa que não há dinheiro, quando na verdade somos o 8º município com a maior carga fiscal do país. Tavira não pode continuar a viver num clima de total inércia justificado por supostas heranças passadas.
Chega de desculpas do actual executivo, pois sempre tiveram condições económicas e financeiras para cumprir os planos de pagamento às instituições de crédito e simultaneamente saldos de gerência disponíveis para execução de obras.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
EC: Sou a única candidata com experiência parlamentar e autárquica, o que me permite ter uma visão privilegiada acerca das necessidades e anseios da população e conhecer bem as respostas legislativas adequadas para os seus problemas.
O espírito de missão é algo que me acompanha desde muito jovem. Quero colocar esta minha característica ao serviço de todos os tavirenses pois o bem-estar de todos eles, sem excepção, é a minha prioridade, daí o slogan da campanha ser ‘Tavira para Todos’.
Reuni uma equipa multidisciplinar, com pessoas de diversas áreas de formação, motivadas e capazes de enfrentar os desafios da gestão autárquica, de forma a assegurar o cumprimento do Programa Eleitoral do nosso Projecto ‘Tavira Para Todos’.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
EC: Até à presente data, desconhecemos os programas das restantes candidaturas.
Quanto ao nosso programa, saliento o facto dos nossos compromissos serem compromissos sérios, objectivos e exequíveis. Não somos demagogos nem andamos a fazer demagogia. Os tavirenses merecem todo o nosso respeito.
Queremos assegurar que as receitas do município sejam devidamente aplicadas em prol do bem-estar de todos os munícipes tavirenses. Queremos assegurar a prestação de um serviço que prime pela excelência, transformando Tavira num concelho onde valha a pena viver.
Os nossos compromissos são abrangentes e passam por áreas tais como a Protecção Civil, a Mobilidade e os Transportes, o Desporto e o Lazer, o Ambiente, o Turismo, a Saúde, as Infraestruturas, a Sociedade e a Juventude, a Diminuição da Carga Fiscal, a Acção Social, A Habitação Social e Jovem, o Comércio, as Acessibilidades, a Educação, os Direitos dos Animais, entre outras.
‘Tavira Para Todos’ é a minha candidatura, a candidatura para todos os tavirenses, sem excepção, com igualdade de oportunidades para todos, num contexto de dinamismo, energia, transparência e verdade acima de tudo, com vista a uma significativa melhoria das condições de vida dos munícipes.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
EC: É preciso melhorar as condições de vida dos tavirenses em vários domínios, sendo urgente começar por reduzir a carga fiscal municipal (IMI, IRS e outros), bem como proceder à redução da factura da água. Sinto-me na obrigação de colocar o município ao serviço de todos, apoiando especialmente as famílias que ao longo dos últimos anos têm visto a sua economia doméstica penalizada pelas elevadas tarifas cobradas pelo município.
É necessário voltar a investir no bem-estar das pessoas, pois nestes últimos anos o actual executivo tem levado a cabo um desinvestimento nas funções sociais, o que tem gerado uma perda na qualidade de vida dos tavirenses.
É preciso estar próximo das populações mais distantes da sede do concelho. Irei mensalmente visitar estas populações para ouvi-las e sentir quais as suas carências, as suas necessidades, e para lhes dar uma resposta em tempo útil.
Urge também melhorar a mobilidade dos munícipes, através de uma rede de transportes públicos adaptada às reais necessidades do concelho e que não se restrinja apenas aos limites da cidade em si, mas que abranja também as várias freguesias. Ao nível da rede viária, torna-se imperativo melhorar a fluidez do tráfego através da construção de novas rotundas e abertura de novas artérias, o que não acontece há vários anos na cidade de Tavira.