Entronizado líder no mês passado, a oposição a Nuno Melo não cessa num partido que tenta recompor-se depois de ter perdido representação parlamentar.
A mais recente manifestação crítica foi um pedido de impugnação do Conselho Nacional do CDS-PP, que impôs, entre outras medidas, o pagamento obrigatório de quotas de €2 por mês.
Onze conselheiros nacionais, incluindo os ex-candidatos à presidência Bruno Filipe Costa e Miguel Mattos Chaves e o antigo vice-presidente Miguel Barbosa, queixam-se de “tiques ditatoriais insuportáveis” e “sucessivas, arbitrárias e preocupantes irregularidades”.
O pagamento de quotas —que, ao contrário de outros partidos, não existia no CDS — já constava da moção de estratégia global que Nuno Melo levou ao congresso de Guimarães que o elegeu. Esta e outras propostas, como o recurso a reuniões digitais onde não seja possível manter sedes, foram apresentadas como uma forma de resolver o passivo superior a meio milhão de euros do partido.
Confrontado pelo Expresso com o pedido de impugnação, o presidente do CDS escusou-se a comentar: “Não discuto questões internas com a comunicação social, discuto-as nos órgãos internos do partido.”
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL