Numa campanha agitada como há muito não se via por terras de São Brás Bruno Sousa Costa é o candidato da coligação São Brás de Alportel Primeiro à Câmara de São Brás de Alportel.
O engenheiro civil quer o concelho pensado a médio e longo prazo e traça um perfil de desenvolvimento insuficiente do concelho actualmente após 28 anos anos de poder socialista na autarquia.
As propostas de mudança são muitas e resta saber como reagirá o eleitorado no domingo depois da acesa discussão que pautou toda a campanha desta autárquicas de 2017.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
Postal (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
Bruno Sousa Costa (BSC): Eu não quero ser presidente da câmara por vaidade ou para ganhar a vida, tenho uma vida profissional de sucesso e uma vida pessoal cheia de amor e amigos. Eu quero é ter a oportunidade de levar para a Câmara Municipal as competências e capacidades que tenho adquirido ao longo dos 15 anos que tenho no ramo empresarial e da minha formação como Engenheiro Civil.
Quero liderar um projecto que coloque São Brás como um concelho de referência no Algarve, que saiba mostrar as vantagens que temos em ser um concelho do interior. Tenho o objectivo de tornar a nossa vila na Capital do Interior Algarvio. Quero projetar esse futuro, um futuro pensado a 15/20 anos.
São Brás de Alportel enfrenta inúmeros desafios que condicionam o seu futuro e é preciso ter na Câmara Municipal um Presidente e uma equipa que tenham a capacidade e conhecimento para responder aos problemas que estão a estrangular São Brás de Alportel.
Eu tenho essa equipa comigo. Uma equipa composta por pessoas com formação, com experiencia de vida. São pessoas com vontade e dedicação que querem construir um futuro melhor para todos os Sambrasenses, mas especialmente para os nossos filhos, para os nossos netos.
PA: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
BSC: Basta ver o estudo de 2017 da BLOOM Consulting e está tudo dito. Estamos em penúltimo lugar no Algarve em termos de investimento, visitantes/ turistas e qualidade de vida (e aqui é avaliado o acesso à saúde, à cultura, ao emprego, etc.). Esta incapacidade de atrair novos investidores, turistas, ou novos habitantes, está a hipotecar o futuro de São Brás.
Não podemos aceitar que os sambrasenses tenham um poder de compra inferior à média da região e país. Não é aceitável a falta de habitação social para famílias carenciadas, que não existam empresas a investir no concelho e haja cada vez menos emprego. Não podemos aceitar que quando precisamos de um médico tenhamos que ir para outros concelhos, ou que não existam cuidados de saúde continuados aqui.
Mais de 65% do nosso território, a serra, está completamente esquecido, despovoado, desertificado. A nossa zona histórica tem a maioria dos edifícios devolutos ou degradados, e está também cada vez mais despovoada. Não podemos continuar a cometer erros de planeamento, como a colocação de uma Central de Valorização Orgânica, no meio das habitações como no caso da zona da Mesquita.
São Brás de Alportel só tem futuro se for planeado para o seu desenvolvimento sustentável.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê?
BSC: Em democracia a alternância democrática é essencial. Durante 28 anos o PS liderou o concelho, o que tinha para dar, para oferecer, já deu, já ofereceu, é preciso ideias novas, é preciso uma nova visão para o futuro do concelho. A equipa que me acompanha garante essa nova visão.
Esta equipa não tem políticos profissionais. São pessoas que, dia-a-dia, fazem o seu trabalho de forma exemplar. São pessoas que não precisam da política para sobreviver. São pessoas que escolheram abdicar de parte da sua vida pessoal e contribuir com o seu conhecimento. São pessoas com as quais eu sei que posso contar.
Para alcançar os nossos objectivos desenvolvemos um programa ambicioso mas realista, um programa ousado mas possível de concretizar, um programa inovador mas que defende as nossas tradições e a nossa cultura.
Eu e a equipa que tenho a honra de liderar queremos projectar o futuro de São Brás de Alportel sem nunca esquecer o presente e vamos colocar toda a nossa capacidade e conhecimento para alcançar esse objectivo.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
BSC: O nosso projecto divide-se em três áreas: Ordenamento do Território e Ambiente, Base Económica e Competitividade, e Dinâmicas Sociais, Culturais e Urbanas, com o objectivo de dinamizar a economia, valorizar o património, promover a sustentabilidade, reforçar as respostas sociais e culturais, colaborar com o tecido económico e reforçar o apoio às associações. Temos as metas bem definidas:
Queremos criar emprego para os jovens para que estes não se desloquem para fora. Queremos uma zona empresarial dinâmica, atraindo novas empresas para o concelho e criando empregos. Queremos uma zona histórica com vida, com juventude, com renovação.
Queremos incentivar a estabilização de pessoas na serra com valorização dos produtos locais, das artes e ofícios, do património e da cultura. Queremos melhores condições de saúde, incentivando a estabilização de uma unidade de cuidados continuados e apoio outra para apoio a deficientes.
Queremos criar condições para a população se estabelecer, manter a sua família, garantindo a sua subsistência, com empregos de qualidade, com a atracção de investimento, com uma aposta concreta na educação, na saúde, etc.
Isto é apostar no futuro de São Brás de Alportel.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
BSC: Queremos um concelho Desenvolvido, Competitivo, Sustentável, Solidário e Amigo. Com planeamento e estratégias definidas é possível ter um concelho onde se possa viver, trabalhar e ter qualidade de vida. É pois urgente, em primeiro lugar, definir um Plano Estratégico para São Brás de Alportel. Será a referência para as políticas públicas, coordenando a actuação pública e privada com o objectivo do desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental que pretendemos promover e executar.
Definido esse Plano Estratégico temos que concretizar imediatamente a revisão do PDM atual, que está caducado há mais de 12 anos, implementando um de 2ª geração, revendo os Planos de Urbanização da Vila de S.B.A. e o Plano de Pormenor de Reabilitação do Núcleo Histórico, com base numa estratégia de desenvolvimento sustentável, em prol do desenvolvimento socioeconómico do concelho.
Só definindo para onde queremos ir podemos, no presente, criar as condições para lá chegar. É pois essencial definir hoje onde queremos estar daqui a 15/20 anos, planear como chegar lá e avançar com as medidas necessárias para alcançar esse objectivo.