O candidato do PS à Câmara de Faro prometeu hoje que se for eleito vai reforçar o número de efetivos dos bombeiros sapadores, “manifestamente insuficiente” para fazer face às necessidades, e a construção de um novo quartel.
“Temos aumentado em números de milhares da população de Faro e temos reduzido o número de operacionais de socorro à população, o que não faz sentido nos tempos de hoje, até porque estamos expostos a mais riscos”, disse à Lusa João Marques, após uma visita ao quartel dos Bombeiros Sapadores de Faro.
Segundo o candidato socialista, que se reuniu também com o comandante da corporação, existem atualmente 45 efetivos, número que considerou “manifestamente insuficiente” e que obriga à realização de “turnos reduzidos”, o que pode colocar em causa a resposta à população.
“O serviço de ‘call center’ está a ser feito por bombeiros e devia ser feito por pessoal civil, técnico e com formação específica para isso. Não faz sentido ter operacionais de socorro agarrados a uma central”, exemplificou, defendendo que o número ideal será entre 70 a 80 efetivos e que o concurso recente para 16 novos bombeiros não resolve o problema.
Depois de ter sido o vereador socialista com o pelouro da Proteção Civil entre 2005 e 2009, no mandato liderado por José Apolinário, o agora cabeça de lista do PS salientou que houve “desinvestimento” na área desde então, nos mandatos da coligação liderada por Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/MPT/PPM).
“Nos últimos 12 anos, o que vi aqui de grande investimento foi um único veículo de combate a incêndios. Nem em recursos técnicos, nem em operacionais. Em 12 anos praticamente parou, até se pode dizer que houve um desinvestimento”, referiu.
Segundo o candidato, aquela corporação “devia estar ao nível daquilo que é uma capital de distrito, até pela colaboração no combate a incêndios nos concelhos vizinhos”.
João Marques salientou à Lusa que a área da proteção civil, que lhe ficará afeta diretamente caso seja eleito, “tem de ser extremamente reforçada, em operacionais e no apoio aos próprios bombeiros”, apontando a falta de apoio técnico e psicológico aos operacionais.
Sobre a promessa de um novo quartel para os sapadores, o cabeça de lista do PS recordou que o projeto está previsto para ser implantado junto à variante à cidade, mas “pendente de um novo Plano Diretor Municipal, que já não é revisto há mais de 20 anos”.
O candidato comprometeu-se a “começar a meter mãos à obra de imediato” para resolver os problemas na área, entre os quais, um plano de emergência municipal “que não é atualizado há nove anos”.
Para além de João Marques, na corrida à presidência da autarquia estão ainda Rogério Bacalhau (PSD/CDS-PP/IL/MPT/PPM), Catarina Marques (CDU), Aníbal Coutinho (BE), Elza Cunha (PAN) e Custódio Guerreiro (Chega).