António Miguel Pina ‘herdou’ a Câmara de Olhão de Francisco Leal de quem foi vice-presidente e talhou um mandato à sua imagem e com as suas opções.
Na luta pela manutenção do PS à frente da Câmara da cidade cubista o candidato e ainda presidente defronta a força de uma população politicamente empenhada e de vários candidatos com propostas entre os quais tem destaque Luciano de Jesus que foi seu parceiro de partido até há bem pouco tempo.
A força e determinação de António Miguel Pina, bem como o projecto que comanda na autarquia, vão a votos já este fim-de-semana para saber se a Câmara se manterá nas suas mãos.
As respostas do candidato às perguntas do POSTAL
POSTAl (P): Quais as razões determinantes para que se candidate à Presidência da Câmara?
António Pina (AP): A razão principal é porque, há quatro anos, começámos a trilhar um caminho para Olhão e hoje, fruto de muito trabalho, podemos dizer que “Olhão já tem um caminho”, aliás um dos slogan da campanha, e que queremos ver concluído. A parte mais difícil foi a recuperação financeira da autarquia, e essa, está concluída. Foi um trabalho em larga medida de bastidores e, portanto, pouco visível, mas cujos frutos os olhanenses sabem identificar. Agora, chegou a altura de pôr mãos à obra. Temos uma estratégia definida e sustentada para projectar Olhão a nível regional e nacional
P: Na sua opinião quais são os problemas fundamentais do concelho?
AP: Diria que são todos aqueles que nós vamos resolver quando implementamos os 5 programas/40 medidas nos próximos 4 anos. Por exemplo no Olhão Lixo Zero, iremos tornar Olhão na cidade mais limpa do Algarve, no Olhão Renascer, vamos investir na requalificação urbana e viária. No Olhão + Próximo vamos aproximar os munícipes e estimular a participação de todos.
Outros haverão que, pela sua dimensão e complexidade, e aqui refiro-me a problemas estruturais no concelho, passarão por processos de análise e estudo em função da especificidade de cada um.
P: A sua candidatura é a melhor opção para dirigir os destinos da Câmara porquê
AP: Para além da experiência e do conhecimento profundo do concelho, das suas especificidades e necessidades, adquiridos ao longo dos últimos 4 anos, a nossa candidatura tem, como lhe disse, um caminho bem delineado para o futuro do concelho. Sabemos para onde queremos ir, e esse caminho assenta em 5 pilares: transformar Olhão na cidade mais limpa do Algarve, um desígnio para o qual vamos contar com o emprenho de todos os olhanenses; investir na requalificação urbana e rodoviária, reabilitar o espaço público e fomentar a mobilidade entre o litoral e o interior, entre a sede de concelho e as freguesias; continuar a apoiar quem mais precisa e a cuidar dos mais desprotegidos; empenhar todos os recursos à nossa disposição para fomentar a criação de emprego no concelho e o desenvolvimento económico do nosso território e, finalmente, estimular cada vez mais a participação e a aproximação dos munícipes à autarquia.
P: Quais as grandes propostas diferenciadoras da sua candidatura face às dos restantes candidatos?
AP: Diria que, antes de mais, a nossa candidatura se distingue das restantes por apresentar um conjunto de medidas concretas, palpáveis e exequíveis, que são o fruto de uma visão para o queremos que seja o futuro do concelho. É disso exemplo, entre outras medidas, a construção de habitação a custos controlados, que dará resposta a um problema que não é nosso, mas de muitos outros locais do país, que é a falta de habitação a preços razoáveis para aqueles que vivem nas cidades. Com esta medida, estaremos a assegurar-nos que os olhanenses não são “expulsos” da sua cidade, que podem continuar a viver aqui, a constituir aqui as suas famílias, a trabalhar aqui, na sua terra.
P: As duas primeiras medidas estruturantes a avançar caso vença as eleições, quais serão?
AP: Conseguimos ao longo do anterior mandato, equilibrar as contas da autarquia, com uma redução efectiva do passivo em mais de 13 milhões de Euros, bem como saímos do Plano de Reajustamento Financeiro. Contas em dia, mão à obra!
Assim, vamos apostar na conclusão dos projectos em curso e dar inicio às obras em várias frentes, nomeadamente no saneamento básico e abastecimento de água à Ilha da Armona e no aumento da rede de saneamento básico no concelho num investimento global superior a 8 milhões de euros. Vamos também iniciar as obras de requalificação dos Jardins na frente ribeirinha e colocar em discussão publica a requalificação da 5 de Outubro – o caminho, como até hoje sempre fizemos em processos estruturantes, faz-se ouvindo os Olhanenses e os utilizadores (empresários e trabalhadores).
Vamos também avançar com as obras de Requalificação dos nossos Bairros (Habitação Social), com o projecto do Estacionamento em Silo, com o projecto da Construção a custos controlados, arrumar a cidade e torná-la cada vez mais um local aprazível para se viver e investir. Temos que tratar dos nossos, criar condições para os jovens criarem as suas famílias, para os empreendedores desenvolverem as suas ideias no nosso concelho! Tudo isto poderá trazer investimento ao concelho, nomeadamente a aquisição de terrenos municipais, criando possibilidade de avançar com tantos outros projectos necessários ao desenvolvimento e posicionamento de Olhão no panorama regional e nacional.