Primeiro os ministros, depois os secretários de Estado — é assim que é costume, até para dar tempo aos ministros para escolherem (ou aceitarem) os seus ajudantes. Mas depois do longo interregno a que foi forçado, face à repetição das legislativas no círculo da Europa, António Costa quer acelerar o processo. E quando, finalmente, entregar ao Presidente da República o seu Governo, já terá uma lista completa do seu próximo executivo, para que todos possam tomar posse logo depois da entrada em cena do novo Parlamento. Mesmo assim, para evitar fugas de informação, a primeira lista a entregar ao Presidente da República deve seguir apenas com os ministros indicados, já no dia 24 — a dos secretários de Estado pode seguir logo nas horas seguintes: “Não queremos que o Presidente seja informado pelos jornais”, diz uma fonte do Governo ao Expresso.
Ao que o Expresso sabe, a data de divulgação dos ministros já foi combinada entre António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, obrigando até a uma ligeira alteração do início das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril. Isto porque Costa tem agenda apertada no final da próxima semana: no mesmo dia 24 parte para Bruxelas para um Conselho Europeu — em que tentará fazer valer a posição dos países do Sul em termos de política energética (ver pág. 18) — e também uma cimeira extra dos líderes NATO, com Joe Biden à mesa. No regresso, será o arranque do Parlamento, a posse do Governo e a entrega do Orçamento de 2022, tudo em poucos dias. Marcelo, aliás, já falou em dar posse no dia 29, mas o calendário tem de ser seguido à risca e depende da contagem dos votos dos emigrantes na Europa, que deve estar terminada a 25.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL