O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje a eficácia das medidas de restrição contra a pandemia de covid-19 adotadas nas últimas duas semanas sobre a redução do número de novos casos de contágio.
“A evolução da pandemia evidencia bem que as medidas que têm sido adotadas têm produzido efeitos, quer na redução de casos, quer na diminuição significativa de novos casos por semana”, afirmou o líder do Governo, sustentando que, apesar da “evolução positiva, é fundamental manter as medidas, que continuam a ser necessárias.
Na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, no qual foram definidas as medidas de enquadramento para o Natal e o Ano Novo, António Costa exibiu também um gráfico com a evolução da pandemia nos últimos meses, a partir do qual assinalou o impacto dos diferentes estados colocados em vigor no país.
“Há uma clara correlação entre esta evolução e o termos decretado o estado de calamidade logo a 15 de outubro, e depois uma descida mais acentuada com o decretar no último mês do estado de emergência. Esta evolução de novos casos tem também uma correspondência significativa na diminuição do Rt (índice de transmissibilidade), que está já abaixo de 1”, frisou.
Contudo, o primeiro-ministro reconheceu que há ainda uma pressão significativa sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), mesmo com a diminuição do número de novos casos nas últimas duas semanas, lamentando “um número de internados em enfermaria e de internados em unidades de cuidados intensivos muito elevado e, infelizmente, um número de óbitos muito elevado”.
Portugal contabiliza pelo menos 4.876 mortos associados à covid-19 em 318.640 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
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