Os deputados do PSD eleitos pelo círculo de Faro lamentam que, “uma vez mais, o Algarve seja um tema praticamente omisso na proposta de Orçamento do Estado para 2023 que o Governo apresentou na passada semana, na Assembleia da República”.
“Apesar de a União Europeia ter considerado a região do Algarve como uma das mais afetadas, economicamente, pela pandemia, não há, neste documento nenhuma medida que responda aos desafios e à realidade, dura, que os algarvios atravessam”, afirmam Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos em comunicado, acrescentando que “depois de reverter o processo da construção do novo Hospital Central do Algarve, o Governo do Partido Socialista deixou claro que não pretende investir em nenhuma área”.
Não há, nesta proposta de Orçamento do Estado “nenhuma medida para pôr fim ao caos em que se encontra a Saúde no Algarve, nem quaisquer propostas concretas para dar resposta às necessidades no âmbito da eficiência hídrica, mesmo quando estamos na iminência de não haver água para abastecimento no próximo verão”.
“Centenas de páginas, mas nem uma referência à aplicação do desconto de 50% das portagens da A22, aprovado em 2021 pelo Parlamento. Mais uma vez fica por efetuar a requalificação da EN125, apesar de o Governo estar a pagar, a título indemnizatório, 1,26 milhões de euros, por mês, à empresa que ganhou o concurso, além dos 30 milhões que já haviam sido pagos no âmbito daquele litígio judicial”, referem os parlamentares.
“Uma vez mais nem uma proposta que possa resolver o problema da habitação e nem uma linha sobre a concretização de investimentos que permitam diversificar a base económica o Algarve”, pode ler-se no documento enviado às redações.
Os deputados Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos apelam “aos deputados do Partido Socialista, eleitos pelo mesmo círculo, que olhem com seriedade para a proposta de Orçamento do Estado e exerçam a sua influência junto do Governo, de modo que possam ser aprovadas propostas de alteração ao documento que evitem que, mais uma vez, para o Algarve vá uma mão cheia de nada”.