A sociedade dos nossos dias é fecunda de interesses, infelizmente, até mais materiais do que sociais e humanizados.
A Educação, Ensino e Cultura, como sectores primordiais das sociedades organizadas, têm sofrido, sobretudo, no nosso país, alguns revezes, relativamente, às suas fundamentais funções como sectores edificantes e construtivos em qualidade, valores, méritos e outros bons princípios para a consolidação educacional, cultural, social do homem, etc, etc.
Ao fazer tal afirmação, significa querer dizer que tais sectores não me parecem, actualmente, estar alinhados ou enquadrados com as reais necessidades do nosso país, pois quiçá, sejam dessa forma até mais de interesse numerário do que substancial.
Os cursos ministrados nas escolas e universidades têm sofrido várias várias alterações ao longo do tempo e com interferências de interesses de ordem variada, nomeadamente, do ponto de vista das políticas governativas.
Nesse sentido, também, obriga a mexidas nos diversos currículos escolares e universitários que, pessoalmente, até notei o acompanhamento livreiro em forte e de diversificado investimento.
Acompanhando o materialismo de interesses em sociedade, por exemplo ao nível da evolução da “maquinaria” tecnológica e científica e dos sistemas informáticos de acompanhamento, os acima referidos principios têm sido subvalorizados e o homem, tornado cada vez mais “objecto do que pessoa”.
Com a evolução científica e tecnológica, as sociedades evoluíram, positivamente, se comparadas a períodos mais remotos na história da humanidade. Contudo, a desenfreada concorrência, sobretudo material, entre países produtores e exportadores tem aumentado, desenfreadamente, muitas vezes de forma até desleal e em certas situações, até de forma irracional.
Hoje, vive-se uma tropelia agitada, entre oportunismos de diversa ordem, que se sobrepõem e atropelam cada vez mais entre si, numa luta desigual, sem princípios e na ganância de si próprios.
Nesta base, dever-se-ia procurar a igualdade de oportunidades, independentemente, do sexo, da raça, cor, religião, politica, etc. Como tal, dever-se-ia salientar como primeiro “item”, a qualidade subjacente.
No entanto, procura-se sim, pesquisar os bons “aconchegos”, minimizando a ética e a moral, se necessário for, com os atropelos e as “caneladas” que pairam no seio dos diversos grupo de “gladiadores” em sociedade…
É interessante verificar-se, com alguma frequência, o uso em vão da palavra democracia, para em seu nome se justificarem as acções desenvolvidas por certo tipo de gente que, sub-repticiamente, procura alcançar os seus objectivos “manhosos”.
“A compra, a venda e o aluguer de carácteres” é coisa existente no mundo deste tipo de “negócio”… A personalidade, essa, está cada vez mais adulterada em função dos jogos de nível baixo, do “futebol rasteiro e em campo pelado”.
O nosso país, infelizmente, vive um ambiente em que a ignorância já consegue fazer frente ao conhecimento cultural, científico e tecnológico… É incompreensível, mas infelizmente é uma realidade! Não sei para onde caminhamos com certa “esperteza” dominante e a inteligência decaída, ou já submissa à dita cuja.
Onde páram as cabeças pensantes, no meio de tantas cabeças “de alho xoxo”, nesta sociedade enganadora e empedernida?! Hoje em dia, a subserviência é companheira da falsidade engalanada!
“Os El-reis vão nús” e os séquitos vão descalços, atrás das respectivas “carroças”… Boa viagem a estes susceptíveis “elencos”, mas todo o cuidado será pouco, perante os “salteadores de estrada”, ao longo de um caminho que não é ilimitado no tempo…