A Central Fotovoltaica Riccardo Totta é inaugurada este sábado em Alcoutim. A cerimónia, a decorrer na subestação local, contará com a presença do ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, do secretário de Estado Adjunto e da Energia, João Galamba, e do presidente da Câmara Municipal de Alcoutim, Osvaldo Gonçalves.
“Localizada nas freguesias de Vaqueiros e Martim Longo, no concelho de Alcoutim, no nordeste algarvio, a central fotovoltaica, com uma potência de 219 Megawatts, é a maior, atualmente, a operar em Portugal e uma das maiores da Europa não subsidiada, promovida pela WElink Energy/Solara4 em parceria com a China Triumph International Engineering Company (CTIEC)”, explicam os responsáveis pelo projeto, acrescentando que, “comparativamente, é cerca de cinco vezes superior à Central da Amareleja, que, em 2008, era a maior central solar do mundo”.
O projeto conta com 661.500 painéis instalados, que ocupam uma área descontínua de 320 hectares, acompanhando a orografia do terreno e mantendo corredores verdes, o que representou um desafio da engenharia para minimizar o impacto no meio ambiente. No total, 40 postos de transformação fazem a ligação entre a subestação da Central e a subestação da Rede Elétrica Nacional (REN) em Tavira.
Lançada em março de 2017, a Central Fotovoltaica Riccardo Totta – até aqui designada por Solara4 ou Central Fotovoltaica de Alcoutim – começou a ser implementada em 2019, num processo de engenharia moroso, sofreu uma paragem em 2020 devido à pandemia de covid-19 e ficou concluída este ano, tendo recebido, a 15 de setembro, a licença de exploração por parte da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG).
A maior central solar do país ganha o nome de Riccardo Totta, em homenagem ao proprietário do terreno que colaborou com a WElink/Solara4 para que o projeto se concretizasse.
A Central Fotovoltaica Riccardo Totta vai poupar 326 mil toneladas de CO2, o equivalente à energia utilizada por 200 mil casas (segundo o INE, havia 385.879 alojamentos familiares clássicos no Algarve em 2020), uma contribuição fundamental para que Portugal alcance as metas de energias renováveis previstas no Programa Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030). Um passo decisivo para a sustentabilidade do Planeta com a produção de energia limpa que orienta a estratégia do grupo: A better Planet now.