A exposição “Ria Formosa” foi esta quarta-feira inaugurada no Centro de Educação Ambiental de Marim (CEAM), sede do Parque Natural da Ria Formosa e da Direção Regional do ICNF, em Olhão, substituindo a que estava patente há já 30 anos naquele espaço, numa iniciativa do Turismo do Algarve para promover a mais importante zona húmida do Sul do país.
A exposição recorre a painéis informativos, fósseis e conchas da ria, objetos arqueológicos da época romana e objetos representativos das artes de pesca.
A nova exposição é um equipamento estrutural, à disposição dos visitantes do CEAM, espaço que em 2019 recebeu cerca de 35 mil pessoas, entre escolas e visitantes nacionais e estrangeiros.
“O CEAM é um espaço vocacionado para a educação ambiental e um observatório privilegiado dos vários ecossistemas do Parque Natural da Ria Formosa. Era crucial dotá-lo de melhores condições de visitação, melhorando a experiência do turista que assim ficará a conhecer de forma mais profunda e apelativa este importante sistema lagunar do Algarve, que inclui zona de sapal, dunas, pradarias marinhas e grande variedade de espécies de avifauna, peixes, moluscos e crustáceos”, refere o presidente do Turismo do Algarve, entidade responsável pelo financiamento da obra. Também para o diretor regional da Direção Regional da Conservação da Natureza e Florestas do Algarve (DRCNF), Joaquim Castelão Rodrigues, “a exposição que agora se inaugura dá a conhecer os vários habitatsexistentes na área do Parque Natural da Ria Formosa, a sua flora e fauna, compatibilizando a relação das atividades dos homens com a conservação desta natureza prodigiosa. A exposição tem como objetivo o deleite dos visitantes e serve a educação ambiental, constituindo-se como um equipamento cultural raro no Algarve, sendo o único dedicado à interpretação de um parque natural”.
Depois de percorrer os vários espaços expositivos, o visitante poderá ainda subir a uma torre de observação, de onde se avista a Ria Formosa em todo o seu esplendor. Uma experiência completa numa exposição que assinala os 40 anos da classificação da Ria Formosa como Zona Húmida de Importância Internacional e que se insere nas comemorações do Dia Mundial das Zonas Húmidas.
O investimento no centro interpretativo faz parte da aposta do Turismo do Algarve no produto de turismo de natureza e está integrado no projeto Valuetur, aprovado ao abrigo do Programa de Cooperação INTERREG V-A Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP). Mas a renovação da exposição é apenas uma das várias iniciativas já lançadas pelo Turismo do Algarve no âmbito do Valuetur. Com os fundos da União Europeia para a valorização das áreas protegidas, o Turismo do Algarve investiu, em 2020, na aquisição de equipamentos de apoio ao CEAM (painéis informativos, sinalética direcional, mobiliário urbano), na edição de um folheto para o centro interpretativo e ainda na publicação, já em 2021, de três brochuras dedicadas ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, ao Parque Natural da Ria Formosa e à Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António. “O turismo de natureza é estratégico para o destino Algarve. Através do projeto Valuetur conseguimos reforçar a nossa aposta neste produto que é cada vez mais procurado pelo visitante nacional e estrangeiro, e que há uns anos já correspondia a um mercado de 22 milhões de viagens anuais na Europa”, conclui João Fernandes.