Desde o início de 2024, entrou em vigor a mais recente atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), fixado em €509,26, representando um aumento de €28,83 em comparação com o ano anterior. Este índice desempenha um papel crucial na determinação dos apoios da Segurança Social, incluindo o subsídio de desemprego.
Segundo o Human Resources, o subsídio de desemprego é calculado com base numa percentagem da remuneração de referência, que é a média das remunerações declaradas à Segurança Social nos primeiros 12 meses dos últimos 14 meses antes do desemprego. No entanto, existem limites mínimo e máximo estabelecidos por lei.
O IAS é o fator determinante para esses limites. O subsídio de desemprego não pode ultrapassar 75% do valor líquido da remuneração de referência, nem pode ser superior a duas vezes e meia o valor do IAS (€1.273,15). Além disso, o subsídio não pode ser inferior a um IAS (€509,26), sendo aumentado para 1,15 do IAS (€585,65) se a remuneração de referência corresponder, pelo menos, ao salário mínimo nacional de €820,00.
Com o aumento do IAS, os limites mínimo e máximo do subsídio de desemprego também são ajustados, proporcionando potencialmente valores superiores para aqueles que se encontram em situações extremas. No entanto, é importante notar que este aumento beneficia principalmente aqueles que recebem os montantes mínimos ou máximos.
Não obstante, a atualização do IAS não implica automaticamente um aumento generalizado nos subsídios de desemprego. A lei estabelece limites adicionais, como a situação em que 75% do valor líquido da remuneração de referência é inferior ao IAS. Nesses casos, o subsídio será o menor valor entre o IAS e a remuneração de referência líquida.
Em resumo, embora a atualização do IAS influencie os limites do subsídio de desemprego, não garante que todos os beneficiários recebam, no mínimo, o valor total do IAS. As nuances da legislação ainda têm impacto, especialmente em situações de trabalho a tempo parcial antes do desemprego.
Estas mudanças refletem o constante ajuste do quadro regulamentar em torno dos apoios sociais em Portugal, procurando equilibrar as necessidades dos beneficiários com as condições económicas em evolução.
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