Os trabalhadores do Club Med da Balaia, em Albufeira, reuniram esta segunda-feira em plenário para analisarem as negociações do caderno reivindicativo de 2022 com a administração.
“Na reunião com a direcção, realizada no dia 10 de março, foi apresentada uma proposta à comissão negociadora sindical de um aumento de 3,5% para os salários até aos 900 euros, 2,5% até aos 1.600 euros e 2% para os restantes”, segundo refere o Sindicato da Hotelaria do Algarve em comunicado.
A empresa assumiu também que “o salário de entrada passaria para os 850 euros e ficou de estudar outras propostas apresentadas pela comissão negociadora sindical, nomeadamente, ajuda para as despesas de transporte e a criação de um regime de diuturnidades, para valorizar a experiência e a antiguidade”.
Em sentido contrário “a administração não aceitou a proposta de integrar no quadro de efectivos os trabalhadores com vínculos precários, alguns deles a trabalhar naquele estabelecimento há 30 e 40 anos”.
Os trabalhadores consideram que “a proposta vai no sentido positivo mas que é insuficiente e, por isso, ficou decido voltar a pedir nova reunião à administração para as partes voltarem a sentar-se à mesa das negociações, para se tentar chegar a um acordo”.
Os trabalhadores não aceitam “continuar a perder poder de compra e exigem que, no mínimo, haja um aumento que cubra o valor da inflação registada no ano passado, que foi de 4,4%”.
Além disso, o sindicato exige que “todos os trabalhadores com vínculos precários, que estejam a ocupar postos de trabalho permanentes, passem para o quadro de efectivos da empresa”.
O sindicato irá pedir nova reunião para o próximo dia 15 de junho.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve afirma que “está totalmente solidário com a decisão dos trabalhadores e apela para que se mantenham unidos e determinados para lutarem contra o empobrecimento e a degradação das condições condições de vida que lhe querem impor”.