A Arábia Saudita já não é o maior fornecedor de crude da China, tendo sido substituída pela Rússia, noticia a Reuters esta segunda-feira, 20 de junho.
Aproveitando a abundante oferta de petróleo russo rejeitada pelo Ocidente, e com um desconto substancial, as refinarias chinesas aumentaram as suas compras de crude russo em 55% em maio face ao ano anterior.
Em maio, as importações de crude russo por refinarias como as da Sinopec atingiram o valor recorde de 8,42 milhões de toneladas, segundo dados da autoridade chinesa alfandegária citados pela agência, montante que significa 1,98 milhões de barris por dia. Este é um aumento face aos 1,59 milhões de barris registados em abril.
A Arábia Saudita ficou-se pelas 7,82 milhões de toneladas em maio, uma subida homóloga de 9%, ou 1,84 milhões de barris por dia, que ficam abaixo dos 2,17 milhões de barris diários em abril.
Segundo a Reuters, a China importou, pela terceira vez desde dezembro, crude do Irão, país sob sanções dos Estados Unidos. Em maio foram aquiridas a Teerão 260 mil toneladas de crude, 7% do total das importações totais chinesas. Segundo os dados alfandegários chineses, não foram importados barris da Venezuela em maio.
Da Malásia, país receptor, nos últimos dois anos, de crude iraniano e venezuelano e que “camufla” a origem das importações de crude dos dois países que foram alvo de sanções norte-americanas, a China mais do que duplicou as importações em maio face ao ano anterior para os 2,2 milhões de toneladas.
As importações de crude chinesas cresceram, no total, 12% em maio para os 10,8 milhões de barris por dia.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL