O poder de compra dos portugueses vai cair 3,5%, apontam os cálculos feitos pelo DN/Dinheiro Vivo através dos últimos dados da OCDE. Será a maior redução desde a Troika do programa de austeridade.
A previsão surge numa altura em que Portugal enfrenta uma taxa de inflação alta, a rondar os 8% em maio, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. A previsão da OCDE para Portugal em 2022 é, no entanto, mais otimista e aponta para uma taxa de inflação de 6,3%, um valor abaixo da média dos países da OCDE.
O DN/Dinheiro Vivo avança com uma possível explicação para a queda do poder de compra: a atualização dos salários situa-se nos 2,9%, o sexto país mais fraco na OCDE.
No relatório com as previsões económicas mundiais divulgado esta quarta-feira, a organização vê o PIB real a crescer 5,4% este ano e 1,7% em 2023. Apesar das perspetivas da OCDE para este ano serem ligeiramente mais pessimista do que as de dezembro, quando previa uma expansão do PIB de 5,8% este ano, são mais otimistas dos que as do Governo e do Banco de Portugal que estimam um crescimento de 4,9%.
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