O serviço de mensagens WhatsApp, detido pela gigante tecnológica Meta (empresa-mãe do Facebook), anunciou esta semana o lançamento de novas funcionalidades relativas às chamadas de grupo e à privacidade dos utilizadores.
Segundo explicou a empresa na sua página de Twitter, os utilizadores podem a partir de agora escolher a quem querem mostrar a sua fotografia de perfil, a informação sobre a última vez em que se conectaram e o seu perfil.
Apesar de já ser possível esconder a sua fotografia, o seu perfil e a informação sobre a última vez em que um utilizador se conectou ao WhatsApp, esta opção poderia ser apenas ativada para todos os contactos, não sendo permitido escolher quais. Mas agora, nas definições de privacidade, ao clicar em “Última vez online”, “Foto de perfil” e “Biografia”, surge a opção “Os meus contactos, exceto…” e é possível selecionar aqueles a quem se quer mostrar essa informação.
O WhatsApp anunciou também melhorias nas chamadas de grupo. Agora os utilizadores já podem colocar em silêncio um utilizador que esteja a abusar do microfone, enviar mensagens diretamente aos participantes da chamada e notificar os utilizadores de novas entradas na conversa, se a lista de participantes foi demasiado extensa.
Recorde-se que em janeiro do ano passado a Comissao Europeia exigiu ao WhatsApp que informasse melhor os utilizadores sobre a utilização dos seus dados pessoais, no seguimento de alterações realizadas aos termos de serviço e de privacidade. Recordando que essas alteraçies “foram problemáticas para os consumidores”, a Comissão Europeia adianta hoje que, na sequência da missiva de janeiro, o WhatsApp demonstrou que estava a fornecer a informação necessária aos utilizadores, mas esta foi considerada “insuficiente e confusa”.
Foi por isso que, no início deste mês, a Comissão Europeia e a Rede de Cooperação no domínio da Defesa do Consumidor instaram o WhatsApp a informar os consumidores europeus sobre as políticas de dados e atualizações dos seus termos de serviço, nomeadamente sobre o seu modelo empresarial. “Em particular, solicita-se ao WhatsApp que demonstre como tenciona comunicar quaisquer futuras atualizações aos seus termos de serviço e que o faça de uma forma que permita aos consumidores compreender facilmente as implicações dessas atualizações e decidir livremente se desejam continuar a utilizar o serviço após essas atualizações”, apontam os responsáveis na missiva, instando ainda a plataforma a esclarecer se em causa estão receitas das políticas comerciais relacionadas com os dados dos utilizadores.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL