O investimento captado através dos vistos gold caiu 5,7% em março, em termos homólogos, para 34,6 milhões de euros, mas subiu 2% no primeiro trimestre, totalizando 124,7 milhões de euros.
De acordo com as contas feitas pela Lusa com base nos dados estatísticos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em março, o investimento angariado através do programa de Autorização de Residência para Investimento (ARI) ascendeu a 34,6 milhões de euros, o que corresponde a uma queda de 5,7% relativamente a igual mês de 2021 (36,7 milhões de euros).
Face a fevereiro (42 milhões de euros), o investimento captado recuou mais de 17%.
No primeiro trimestre, o investimento angariado mediante este instrumento somou 124,7 milhões de euros, mais 2% do que nos três primeiros meses de 2021 (122,2 milhões de euros).
Em março foram atribuídos 73 vistos ‘gold’ (em janeiro tinham sido 94 e em fevereiro igual número), dos quais 51 em aquisição de bens imóveis (32 para reabilitação urbana) e 22 por via do critério de transferência de capital.
O investimento em compra de bens imóveis totalizou em março 25,5 milhões de euros, dos quais 10,8 milhões em reabilitação urbana, enquanto na transferência de capital o montante ultrapassou os nove milhões de euros.
No mês passado, foram atribuídos 14 vistos ‘dourados’ aos Estados Unidos, 11 à China, cinco à África do Sul, quatro ao Reino Unido e quatro ao Brasil.
Neste período, foram concedidas 72 autorizações de residência a familiares reagrupados, sendo que no total do ano somam 277.
Desde que o programa de concessão de ARI foi lançado, em outubro de 2012, foram captados por via deste instrumento 6.224.560.351,18 euros. Deste montante, a maior parte corresponde a compra de bens imóveis, que totalizava até março 5.604.285.459,59 euros, sendo que a aquisição para reabilitação urbana ascende a 402.058.997,04 euros.
O investimento resultante da transferência de capitais é de 620.274.891,59 euros.
Desde a criação deste instrumento, que visa a captação de investimento estrangeiro, foram atribuídos 10.515 ARI: dois em 2012, 494 em 2013, 1.526 em 2014, 766 em 2015, 1.414 em 2016, 1.351 em 2017, 1.409 em 2018, 1.245 em 2019, 1.182 em 2020, 865 em 2021 e 261 em 2022.
Em mais de nove anos foram atribuídos 9.780 vistos por via de compra de imóveis, dos quais 1.122 tendo em vista a reabilitação urbana.
Por requisito da transferência de capital, os vistos concedidos foram 715 e 20 por criação de postos de trabalho.
Desde o início do programa foram atribuídas 17.498 autorizações de residência a familiares reagrupados, das quais 277 em 2022.