Segundo a atualização intercalar anunciada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), as tarifas da eletricidade no mercado regulado vão aumentar cinco euros por megawatt hora (MWh), o que representa um acréscimo de aproximadamente 3% na fatura média mensal de eletricidade.
O regulador disse que “esta atualização ocorre num momento em que os mercados de energia são particularmente afetados pelo conflito que decorre entre a Ucrânia e a Rússia, alterando os pressupostos que estavam na base dos preços em vigor no mercado regulado”.
Numa fatura média mensal, a partir de abril, um casal sem filhos com uma potência 3,45 kVA (kilovoltampere) e um consumo 1.900 kWh/ano pagará 38,35 euros, enquanto um casal com dois filhos, uma potência de 6,9 kVA e consumo 5000 kWh/ano pagará 95,19 euros.
Estes valores representam um aumento de 1,05 euros no primeiro caso e de 2,86 euros no segundo, face à fatura de março.
Já no caso do gás natural, as tarifas sobem também em média 3% para os 230.000 clientes que permanecem no mercado regulado, que correspondem a cerca de 2,2% do consumo total.
Segundo a estimativa do regulador, este aumento de preços no mercado regulado representa um acréscimo de 33 cêntimos numa fatura média mensal de um casal sem filhos (1.º escalão de consumo, consumo 1.610 kWh/ano) e de 70 cêntimos na de um casal com dois filhos (2.º escalão de consumo, consumo 3.407 kWh/ano).
Os mercados grossistas de eletricidade e de gás natural já atravessavam uma crise energética, com valores historicamente elevados, tendo a escalada de preços disparado com a guerra na Ucrânia, alcançando valores dez vezes superiores aos que se registavam no início de 2021.
O preço médio da eletricidade no mercado grossista ibérico superou, pela primeira vez na história, em março, os 500 euros por MWh.