No Reino Unido arranca esta segunda-feira um projeto piloto para testar os efeitos da semana de quatro dias na economia e no mercado de trabalho. Participam no teste mais de 70 empresas e 3000 trabalhadores, de setores que vão desde a restauração à tecnologia.
O Reino Unido não é o primeiro país a avançar com este tipo de experiências – a Islândia e a Suécia já o fizeram, há alguns anos – mas, até agora, este é o teste mais abrangente, garante o The Guardian. Além de um leque alargado de empresas e de trabalhadores, os setores de atividade envolvidos são também muito variados.
Entre junho e dezembro as empresas cortam o número de dias de trabalho aos seus funcionários, sem qualquer redução no salário ou aumento de horas diárias, para compensar. No Reino Unido, o modelo é definido como 100% – 80% – 100%, isto é, 100% de pagamento, 80% do tempo, 100% de produtividade. E será acompanhado, durante os próximos meses, por investigadores das universidades de Cambridge, Oxford e Boston College.
Em Espanha está também em discussão a introdução de uma semana de quatro dias, mas durante mais tempo – dois a três anos – e com o Estado a subsidiar parcialmente as empresas que entrem no estudo.
Por cá, o Governo também pretende avançar com um projeto piloto, diz que tem várias empresas já interessadas, mas ainda não indicou o modelo que pretende seguir. Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social diz, contudo, que “queremos liderar a discussão a nível mundial” e “pensar fora da caixa”.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL