Miguel Ángel López, Col, Astana (vencedor da quarta etapa): “Tive boas sensações na subida do segundo dia [Fóia] e contava estar bem para discutir esta etapa, apesar de ser a minha primeira corrida da temporada. Estou satisfeito com esta vitória e quero dedicá-la à minha família.
Os meus companheiros de equipa protegeram-me do vento durante toda a etapa e conseguiram posicionar-me bem à entrada da subida final. Ataquei de longe para me isolar e consegui uma vantagem importante que foi suficiente para ganhar. O triunfo aqui é um sinal positivo.
No contrarrelógio, vou dar o meu melhor para uma boa classificação.”
Remco Evenepoel, Bel, Deceuninck-QuickStep (líder da geral individual): “Penso que a imagem que viram diz tudo. Estava totalmente vazio no final, mas tinha de defender a camisola. Foi um dia bom para nós.
Quando o Miguel Ángel atacou, tentei segui-lo. É o que acontece quando se está de amarelo. Queria acompanhar o grupo e consegui, por isso, sim, surpreendi-me a mim mesmo outra vez.
Amanhã [domingo], vão ser 20 quilómetros na máxima potência. Oxalá consiga ir para casa com a camisola amarela.”
Daniel Martin, Irl, Israel Start-Up Nation (segundo da geral individual): “É fevereiro e estou numa nova equipa, o que é sempre difícil, mas foi fantástico como corremos hoje”.
Maximilian Schachmann, Ale, Bora-hansgrohe (terceiro da geral individual): “Amanhã [domingo], vai ser melhor do que hoje. Isto é algo que não treinamos, vem com a corrida. Eu não sou estúpido, não faço estes esforços em treino.
Foi tão duro ao longo da subida, mas a um quilómetro do fim toda a gente abrandou e deu para respirar. Mas quando o López atacou, não o consegui acompanhar, perdi 50 metros até ao topo, mas na zona plana consegui minimizar as perdas.
Estou muito feliz, a minha forma está a chegar, já sinto as minhas pernas a responderem como quero. Agora vou lutar como tudo amanhã. A minha equipa fez tudo bem, protegeram-me e toda a gente viu o que o [Lukas] Pöstlberger fez na aproximação à ultima subida: fez sozinho o que o que várias equipas não conseguem fazer.”
Rui Costa, Por, UAE Emirates (quinto da geral individual e melhor português): “Já sabia que ia ser um dia complicado, não fugiu muito do que tinha pensado. Sabia que podia ser uma chegada para mim, mas também para os outros. Claro que este tipo de inclinação na subida é sempre mais complicado para um corredor como eu, porque tenho de fazer frente a corredores mais leves, talvez com menos entre oito a dez quilos.
Dei o meu melhor, talvez também não estivesse num dia tão bom quanto esperava, mas, dentro daquilo que pude fazer, foi bom não perder muitos segundos para os diretos adversários. Estamos de cabeça erguida para enfrentar um dia como o de amanhã, que irá ditar o vencedor final.
Sem dúvida que está tudo em aberto [para a última etapa]. Tanto o Schachmann como o Evenepoel são corredores muito fortes no contrarrelógio. Será o primeiro teste da temporada para mim, nem eu sei como irei reagir a um contrarrelógio de 20 quilómetros. Vou resistir, dentro do possível, ao máximo e gostava de fechar no ‘top 3’ esta Volta ao Algarve.”
Amaro Antunes, Por, W52-FC Porto (sexto da geral individual): “Só me posso sentir orgulhoso por aquilo que eu e a equipa fizemos. Queria que a subida tivesse um ritmo forte, por isso ataquei várias vezes, mas não foi possível.
Para a [vitória na] geral, será muito difícil, porque o Remco é muito forte no ‘crono’, mas vou tentar defender a minha posição.”
João Rodrigues, Por, W52-FC Porto (ciclista que passou isolado na primeira passagem pelo Malhão): “Infelizmente, tive um azar no dia da Fóia, na subida à Pomba [furou] e a geral foi por água abaixo. Tinha ambição de mais.
Hoje, as coisas não correram como desejávamos, porque esperávamos ver o Amaro a festejar aqui em cima. Ainda assim, fizemos uma grande Volta ao Algarve.
Foi excelente [passar no Malhão isolado], porque tinha a minha família e todos os meus amigos aqui, sei que estarão orgulhosos.
Já ouvi dizer que a culpa [da sua fuga não ter resultado] foi do [Vincenzo] Nibali.”
O POSTAL deixa aqui um vídeo do adepto Dinis Faísca que registou hoje o tavirense João Rodrigues em destaque na primeira passagem pelo Malhão: