O Rio Ave subiu esta segunda-feira ao 12.º lugar da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer em casa o Portimonense, reduzido a 10 durante uma hora, por 1-0, no jogo que encerrou a 10.ª jornada.
O avançado ganês dos vila-condenses desequilibrou a partida ao marcar aos 45+3 minutos, numa altura em que a sua equipa já jogava em superioridade numérica, após expulsão do defesa Moufi, no lado do Portimonense, num incidente que acabou por ser decisivo no desenrolar do desafio.
Com este êxito, os vila-condenses regressam aos triunfos, depois de dois desaires consecutivos, para o campeonato e para a Taça de Portugal, e passam a somar 12 pontos, que lhes dá acesso aos 12.º lugar na tabela.
Já o Portimonense, que tal como adversário também vinha de uma eliminação da Taça, frente a um equipa da Liga 3, somou o terceiro desaire seguido na I Liga, seguindo no oitavo posto, com 15 pontos.
Apesar da necessidade de ambos conjunto em regressarem aos êxitos, a partida até começou numa toada de equilíbrio, com as equipas a surgirem com desenhos táticos semelhantes e muito encaixadas, sentindo dificuldades para criar espaços.
As primeiras roturas só surgiram perto do quarto de hora, e desenhadas pelo Portimonense, com ponta-de-lança Yago, em menos de um minuto, a criar três ameaças à baliza dos vila-condenses, aproveitando algum mau posicionamento da defensiva e local.
Os lances de Yago galvanizaram a formação algarvia, que tomou, então, conta dos acontecimentos, e aos 24 minutos, novamente pelo avançado brasileiro, esteve perto de inaugurar o marcador, num cabeceamento a que o guardião do Rio Ave Johnatan respondeu com uma das defesas de noite.
Do outro lado, o Rio Ave não conseguia sacudir a pressão, mostrando nervosismo a defender e pouca rotação e criatividade a atacar, mas acabou por receber uma ‘benesse’, aos 30 minutos, quando o defesa do Portimonense Moufi foi expulso, com cartão vermelho direto, após entrada sobre Boateng.
O incidente deu ânimo aos nortenhos, que passaram a pisar terrenos mais avançados, e, paulatinamente, foram ganhando confiança, com Aziz, de cabeça, aos 40 minutos, a deixar um primeiro aviso ao guardião dos forasteiros Nakamura.
Já aos 45+3, quando o nulo parecia uma certeza no tempo de descanso, Samaris protagonizou um tremendo passe desde o meio-campo, que encontrou Boateng, tendo o ganês mostrado frieza para ludibriar os opositores e assinar o 1-0 que se registou ao intervalo.
No reatamento o Rio Ave surgiu mais controlador, trocando a bola com facilidade e tentando encontrar brechas num Portimonense mais expectante, que tentava responder em contra-ataque.
Ainda antes da hora de jogo, um remate de Ouattara, para os algarvios, e uma perdida de Miguel Baeza, para os locais, foram dando algum ânimo a uma etapa completar, até então, morna, apesar de ser notório um crescente inconformismo dos algarvios.
O conjunto de Portimão reclamou, aos 76, uma mão na bola do central contrário Josué Sá, num lance longamente avaliado nas imagens do VAR, mas que não foi considerado faltoso, mas que deu condimento aos minutos finais.
O Rio Ave ainda tentou, sem grande critério, ampliar a vantagem, mas a grande chance desta segunda etapa surgiu já em cima dos 90 minutos, quando Róchez, recém-entrado no Portimonense, falhou por muito pouco a direção de um cabeceamento, o que manteve o 1-0 até ao final.