A francesa Stéphanie Frappart, que se vai tornar hoje a primeira mulher a arbitrar num Mundial masculino, considerou que vai ter de canalizar a “grande emoção” para fazer uma boa arbitragem no Costa Rica — Alemanha.
“Terei de controlar a emoção para me centrar no relvado. Vou sentir muita emoção para entrar num estádio de um Mundial, que seguramente estará cheio e onde haverá muitas expectativas”, referiu, em declarações à FIFA.
Frappart, uma das três mulheres nomeadas para o Mundial2022, vai dirigir hoje o encontro entre costa-riquenhos e alemães, da terceira e última jornada do Grupo E.
“Quando soube [da nomeação] a emoção foi enorme, não o esperava, estou muito orgulhosa de representar a França no Mundial”, disse.
Frappart, que também já foi a primeira mulher a dirigir um jogo na Liga dos Campeões, no Europeu e da liga francesa, afiançou que o seu objetivo passa por “fazer um bom encontro”.
“Tenho de me centrar no jogo, porque vou ter de tomar boas decisões. Fazes uma boa atuação quando te centras no objetivo essencial, o campo”, afirmou.
Frappart, de 38 anos, já tinha sido quarta árbitra no México-Polónia e no Portugal-Gana, este último vencido pelos portugueses por 3-2, e assim vai somar novo marco histórico da sua carreira, por um lado, e da igualdade de género no futebol, por outro.
Árbitra internacional desde 2009, a francesa foi a primeira mulher a dirigir um jogo de competições europeias masculinas, na Supertaça Europeia de 2019, a primeira num jogo da Liga dos Campeões e da Liga francesa, e em 2021 apitou também um encontro da qualificação para o Mundial2022, onde agora fará mais história.
A francesa é uma de três mulheres nomeadas para o torneio, e na quinta-feira terá a brasileira Neuza Back e a mexicana Karen Medina como fiscais de linha, com o hondurenho Said Martínez como quarto árbitro.