“Estamos, naturalmente, satisfeitos com a decisão, mostra que os tribunais perceberem que o que aconteceu foi uma injustiça”, disse Luís Torres à agência Lusa, acrescentando: “Tecnicamente ainda não ganhámos nada”.
A decisão hoje anunciada pelo TAD surge na sequência de uma providência cautelar interposta pelo Olhanense, depois da Federação Portuguesa de Futebol ter decidido, em maio, concluir de forma antecipada o Campeonato de Portugal, indicando para a promoção à II Liga Vizela e Arouca, os dois clubes com mais pontos à data da suspensão da prova.
O Olhanense, que à data da interrupção da competição liderava a série D, considerou, de imediato, que a decisão de promover o Vizela e o Arouca “viola a verdade desportiva” e referiu que o seu objetivo era qualificar-se para o ‘play-off’ de subida e não fazer melhor do que os outros líderes de séries.
Luís Torres assegura que depois desta decisão, o clube “aguarda serenamente que o tribunal marque a data da audiência” para que haja uma decisão final.
“Acreditamos que a razão está do nosso lado”, disse, acrescentando que caso o tribunal dê razão ao clube “compete à federação e à Liga arranjar soluções”, para que seja possível o início das competições.
À data da suspensão da competição, devido à pandemia de covid-19, Vizela (A, com 60 pontos), Arouca (B, 58), Praiense (C, com 53 pontos) e Olhanense (D, 57) lideravam as séries do Campeonato de Portugal.
Já o Fafe, Lusitânia de Lourosa, Benfica e Castelo Branco e Real Massamá seguiam nas posições imediatas, de acesso aos ‘play-offs’ de subida, com 52, 50, 42 e 57 pontos, respetivamente.
Os seis clubes têm contestado a decisão, defendendo que era possível disputarem os ‘play-offs’ de acesso à II Liga.
O Campeonato de Portugal é composto por 72 clubes, dividido em quatro séries, cada uma com 18 equipas, sendo que os dois primeiros classificados de cada série são apurados para um ‘play-off’ que determina a subida de dois clubes à II Liga.