Centenas de adeptos da seleção portuguesa em Faro começaram a festejar, acabaram desiludidos com a derrota de Portugal frente à Coreia do Sul (2-1), mas mantêm a confiança para a fase a eliminar do Mundial2022 de futebol.
“Sinceramente, não estou muito contente com a derrota, mas passámos em primeiro lugar, é isso que interessa. Eu ainda tenho confiança, não sei se ganhamos, mas acho que vamos chegar longe neste Mundial”, disse Bruno Casimiro, um dos adeptos ouvidos pela agência Lusa após o apito final.
Apesar da derrota, este jovem de 20 anos espera que “haja melhores resultados daqui para a frente”, mantendo a esperança de que a seleção pode fazer “o seu melhor Mundial entre os mais recentes”.
“Acho que usámos uma tática diferente. O Fernando Santos mudou um bocado a equipa. Muito provavelmente íamos passar em primeiro, como aconteceu, e ele aproveitou para fazer umas experiências”, comentou ainda, sobre o jogo desta sexta-feira.
Sem a habitual ‘fan zone’, que desde 2004 levava milhares à baixa da capital algarvia, os fãs da equipa das ‘quinas’ juntaram-se em estabelecimentos comerciais, como o Taco d’Ouro, um autêntico ‘sports bar’ situado em pleno centro da cidade.
O espaço, revestido com dezenas de cachecóis de seleções e clubes por entre vários plasmas, juntou cerca de duas centenas de pessoas no interior e na esplanada, com alunos das duas escolas secundárias circundantes em larga maioria.
Depois de uma verdadeira ‘invasão’ ao bar, que abriu meia hora antes da partida com os sul-coreanos, a emoção fez-se sentir com o hino, cantado de viva voz pelos adeptos presentes, e prosseguiu com o golo madrugador de Ricardo Horta, sendo refreada pelo tento da igualdade.
Ao longo do jogo, a vibração notava-se muito mais nos momentos em que Cristiano Ronaldo tocava na bola e tinha oportunidade para atirar ao alvo, sem sucesso, levando algumas vezes os adeptos ao desespero.
Paulo Custódio, 47 anos, esperava as mudanças no ‘onze’ e ficou agradado com algumas das opções, mas referiu à Lusa que “os dois últimos melhores jogadores do mundo condicionam tanto o jogo das suas seleções”, numa alusão ao ‘capitão’ português e ao argentino Messi.
“Portugal joga sempre devagar, devagarinho, mas individualmente temos jogadores para resolver. Estou sempre confiante de que podemos fazer um bom Mundial, mas é jogo a jogo. Primeiro, temos de passar os ‘oitavos’. Para já, prefiro a Suíça”, acrescentou, sobre o próximo adversário de Portugal, que virá do Grupo G, cuja última ronda se joga a partir das 19:00.
Na segunda parte, as entradas de Rafael Leão e William Carvalho mereceram muitos aplausos dos mais jovens, mas o golo de Hwang Hee-chan, que selou o 2-1 final para os asiáticos nos descontos, trouxe a desilusão e uma debandada geral.
O resultado “não tira confiança” para a fase a eliminar da competição que se disputa até 18 de dezembro no Qatar, sublinhou Pedro, de 18 anos, resumindo: “Os jogadores portugueses têm qualidade mais do que suficiente para fazer melhor.”