Quase oitenta nadadores, vinte deles já qualificados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, vão competir entre 14 e 16 de agosto no Open de Loulé, a primeira competição internacional de seleções desde o início da pandemia de covid-19.
“É uma prova de reativação competitiva, depois de vários meses sem competição, mas é igualmente a primeira grande prova internacional de seleções, com a participação de atletas de grande valia internacional”, destacou hoje o presidente da Federação Portuguesa de Natação (FPN).
António José Silva, que falava à margem da conferência de imprensa de apresentação da prova, no complexo de piscinas municipais de Loulé, salientou que os atletas portugueses vão poder “focar-se na preparação em modo mais competitivo e comparar o seu nível e momento de forma com outras referências internacionais”.
A prova, fechada ao público, contará com 78 atletas, com destaque para as seleções de Espanha (total de 32 nadadores, cinco com mínimos olímpicos), Portugal (cinco olímpicos em 23) e Brasil (15 olímpicos).
Participam ainda seis atletas portugueses, em representação de clubes, dois de Andorra e dois da Argélia.
A seleção portuguesa contará com cinco nadadores já apurados para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados para 2021: Alexis Santos, semifinalista no Rio2016, e Gabriel Lopes, nos 200 metros estilos, Tamila Holub e Diana Durães, nos 1.500 livres, e Ana Catarina Monteiro, nos 200 mariposa.
Ana Catarina Monteiro, presente na conferência de imprensa, frisou que vai querer “desfrutar o momento e aproveitar a adrenalina do regresso”, uma vez que, depois de seis meses sem competição oficial, “não existem grandes expetativas em termos desportivos”.
Guilherme Guido, um dos nadadores brasileiros convocados para o torneio, elogiou as condições de “segurança sanitária” que a comitiva do seu país encontrou em Rio Maior, onde mais de uma centena de atletas estagiam há cerca de um mês.
O presidente da FPN agradeceu “a disponibilidade da Câmara de Loulé para organizar esta prova com todas as normativas de segurança e higienização necessárias”, além de ter garantido a realização de testes à covid-19 aos atletas e equipas técnicas, num total de 120 pessoas.
António José Silva confirmou que a jovem nadadora portuguesa Rafaela Azevedo – já tinha estado infetada em abril e recuperou entretanto – voltou a acusar positivo e que o resultado da sua contra-análise ainda não era conhecido.
“A Rafaela acusou positivo e está isolada. Não se sabe se são resquícios do RNA (ácido ribonucleico) viral nas fossas nasais, mas já fez novo teste e aguarda o resultado. Ainda poderá competir, se der negativo e a delegada de saúde o permitir”, disse o dirigente.