O secretário de Estado da Juventude e Desporto informou , esta sexta-feira, que vai reunir-se com os judocas, com o presidente da Federação de Judo e com o presidente do Comité Olímpico de Portugal, no sentido do “diálogo” na modalidade.
“Eu e o Presidente do Comité Olímpico de Portugal [José Manuel Constantino] iremos reunir na próxima terça-feira à tarde com o Presidente da FP Judo e o grupo de judocas que subscreveu a carta aberta. Procuramos mais um momento de diálogo, tendo em vista a salvaguarda da preparação olímpica Paris24”, disse João Paulo Correia na rede Twitter.
O governante procura uma plataforma de entendimento entre as partes, depois de na quinta-feira sete judocas olímpicos terem feito duras críticas ao presidente da Federação, Jorge Fernandes, desde o local da preparação, em Coimbra, até acusações de comportamentos incorretos com os atletas.
Numa carta aberta, Telma Monteiro, Bárbara Timo, Rochele Nunes, Patrícia Sampaio, Catarina Costa, Anri Egutidze e Rodrigo Lopes pediram a intervenção da tutela, acusando Jorge Fernandes de opressão.
“Escrevemos esta carta para que as entidades que regem o desporto no nosso país nos ajudem a chegar a uma solução, caso contrário não vemos condições para continuar a fazer face às exigências da alta competição e do apuramento olímpico”, indicaram os sete judocas no final de um documento de sete páginas, acrescentando que tomavam a iniciativa “pelos melhores interesses da modalidade”.
Mais tarde, também na quinta-feira, o presidente da Federação de Judo, Jorge Fernandes, em declarações à agência Lusa, rejeitou todas as acusações e disse, em relação ao local de estágios, contestado pelos atletas, que as “normas são para se cumprir”.
Jorge Fernandes considerou que existem atletas a serem “manobrados”, assinalando que cinco judocas são de um clube, o Benfica, e que Catarina Costa e Patrícia Sampaio não, tratando-se de um grupo que “não é representativo” de um problema no judo nacional.
As seleções nacionais não são compostas só por estes atletas, mas por muitos mais
Na mesma quinta-feira, o secretário de Estado João Paulo Correia, disse, igualmente à Lusa, acompanhar “com preocupação” o conflito entre judocas e a federação, mas que pretendia promover o diálogo entre as partes e salvaguardar a preparação olímpica da modalidade.