O português Gonçalo Oliveira apurou-se, este sábado, para a final do Loulé Open by Cimpor, que será a primeira na variante de singulares em mais de quatro anos. Na mesma jornada, os neerlandeses Sidane Pontjodikromo e Niels Visker sagraram-se campeões de pares da 13.ª edição do torneio internacional de 25.000 dólares que o Clube de Ténis de Loulé organiza com os apoios da Câmara Municipal de Loulé e da Federação Portuguesa de Ténis.
A praticar um ténis de alto nível ao longo de toda a semana, Gonçalo Oliveira (464.º classificado no ranking ATP) celebrou a quarta vitória da semana — todas em dois sets — ao afastar Jesper de Jong (295.º), dos Países Baixos e terceiro cabeça de série, por 6-4 e 6-4 após 1h38.
O encontro deste sábado foi o mais equilibrado dos quatro que Oliveira já disputou, mas ainda assim foi resolvido em dois parciais. Muito agressivo desde a linha de fundo, como tem sido seu apanágio sobretudo nos últimos anos, e sobretudo extremamente concentrado, o portuense de 28 anos aproveitou as poucas oportunidades que conseguiu criar no “saque” do adversário neerlandês e com um break em cada set resolveu a meia-final.
“Foi um encontro muito, muito equilibrado, mas servi muito bem, estive concentrado e a chave foi aproveitar as duas oportunidades que tive no serviço dele para fazer um break em cada set”, afirmou depois de mais um triunfo.
As quatro vitórias nos courts do Clube de Ténis de Loulé permitiram a Gonçalo Oliveira quebrar o jejum de mais de quatro anos no que diz respeito a finais de singulares, com a decisão de domingo, marcada para as 14 horas e com transmissão em direto na Sport TV 5, a ser a primeira desde dezembro de 2018 em Doha, no Qatar.
A jogar aquele que descreve como “o melhor ténis da minha vida”, o número seis nacional afirmou que o resultado é reflexo do trabalho que tem vindo a efetuar ao longo dos últimos meses: “Tenho trabalhado muito. Os últimos tempos em casa têm sido de trabalho constante, a fazer coisas que não tenho feito e a ser mais profissional e estou contente. A verdade é que tenho estado acompanhado pelo meu pai e isso faz muita diferença, porque durante dois ou três anos viajei sozinho e distraí-me com outras coisas, mas agora estou a tentar focar-me e quero voltar ao Gonçalo que era antes da pandemia.”
O derradeiro adversário de Gonçalo Oliveira no Loulé Open by Cimpor será Lucas Poullain. O francês, número 847 mundial (já esteve na 426.ª posição), celebrou nada mais, nada menos do que a nona vitória consecutiva ao passar pelo italiano Giovanni Fonio (331.º e quarto cabeça de série) com os parciais de 6-4 e 7-6(6).
Se Oliveira estará à procura do primeiro título desde 9 de dezembro de 2018, quando derrotou o russo Aslan Karatsev para conquistar um ITF de 15.000 dólares em Doha (na semana seguinte disputou outra final, que perdeu), Poullain tentará conquistar o segundo em duas semanas, pois foi campeão do Faro Open no último domingo.
O vencedor da final completará a galeria de campeões do 13.º Loulé Open by Cimpor, que no final da tarde deste sábado coroou Sidane Pontjodikromo e Niels Visker como vencedores da variante de pares.
Os dois jogadores dos Países Baixos surpreenderam os primeiros cabeças de série, Jesper de Jong (também dos Paíxes Baixos) e Aidan Mchugh (da Grã-Bretanha), com os parciais de 4-6, 6-2 e 10-8.