“É uma aventura. Tive esta ideia para me desafiar um pouco e ir além do ciclismo de competição, para desfrutar um pouco mais do que é o ciclismo em si. Junta as duas coisas que mais adoro fazer, andar de bicicleta e descobrir o nosso país, que é lindíssimo”, explicou Maria Martins, em declarações à Lusa.
A ideia da atleta, que nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021, vai estrear-se e estrear também Portugal no quadro do ciclismo de pista, surgiu em 2019, quando assistiu ao Grande Prémio N2, prova para os profissionais masculinos.
Essa ideia, agora com o nome ‘Pela Estrada Nacional 2 Rumo a Tóquio’, juntou-se à iniciativa “Pedalar É Vital, Inspira Portugal”, da Federação Portuguesa de Ciclismo, de promoção da atividade física e da bicicleta.
Com ‘Tata’ Martins estará Raquel Queirós, que procura juntar-se à amiga em Tóquio2020, mas na variante de BTT, para uma ‘aventura’ em cinco etapas.
Na quarta-feira, ligam Chaves a Castro Daire, em 134,4 quilómetros, antes de Castro Daire-Góis (133,7), Góis-Ponte de Sor (148,5), Ponte de Sor-Aljustrel (182,1) e Aljustrel-Faro (117,2), no domingo.
Nesse dia, as duas atletas vão entregar bicicletas às crianças acolhidas no Refúgio Aboim Ascensão, adianta a federação.
O ritmo nas pernas não é o mais importante para a prova, porque “antes das corridas já se andava de bicicleta”, aponta Maria Martins, que quer seguir a estrada “de livre vontade e ao ritmo que o corpo decidir, para desfrutar das paisagens e do melhor de Portugal”.
Por outro lado, o passeio serve ainda para divulgar o ciclismo, e em particular “o ciclismo feminino”, que está “em crescimento” e pode ter aqui uma medida de promoção, alargada a duas vertentes “um pouco escondidas pela vertente de estrada”, a pista e o BTT.
“Antes de competir comecei por passear de bicicleta e depois o ‘bicho’ começa a pegar. Não nascemos campeões”, atira.
O ciclismo é uma das modalidades fortemente afetadas pela pandemia de covid-19, que já provocou mais de 468 mil mortos – 1.534 dos quais em Portugal – e infetou quase nove milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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