A ciclista olímpica Maria Martins tornou-se esta quarta-feira na primeira portuguesa a correr no pelotão WorldTour feminino, após juntar-se à equipa belga Fenix-Deceuninck, deixando para trás três anos na britânica Le Col-Wahoo.
Numa nota hoje divulgada na rede social Twitter, a Fenix-Deceuninck, antiga Plantur-Pura, dá conta de três contratações, com Martins, de 23 anos, ao lado da suíça Petra Stiasny e da austríaca Carina Schrempf.
Citada pela equipa, a olímpica portuguesa diz identificar-se “muito com a mentalidade e a estrutura desta formação”, na qual correrá ao lado, entre outras, da ‘estrela’ neerlandesa do ciclocrosse Ceylin Alvarado.
“Sinto-me grata por fazer parte desta entidade que apoia os meus objetivos no ciclismo de estrada, mas também na pista. Sinto-me preparada e ansiosa para começar este próximo capítulo”, reconheceu.
Aos 23 anos, ‘Tata’ Martins é uma das figuras do ciclismo português, tendo estreado o país na pista em Jogos Olímpicos, com um sétimo lugar no omnium.
Como ‘pistard’, soma dois bronzes em Mundiais de elite, mais dois terceiros lugares em Europeus e um título europeu sub-23, entre numerosos pódios nos escalões jovens.
Na estrada, foi campeã nacional de fundo em 2021, ano em que se estreou no Paris-Roubaix com um 19.º lugar e foi terceira na Ronde de Mouscron, e viveu em 2022 um ano com vários destaques, do sexto lugar no fundo dos Europeus de elite a um quinto lugar na clássica Brugges-De Panne.
A mudança de equipa permite-lhe ser também a primeira mulher numa formação do escalão WorldTour feminino, o mais alto a nível mundial, pela mão de uma equipa belga que ‘subiu’ a este patamar para 2023.
Nas fileiras de uma estrutura orientada para a estrada, mas também o ciclocrosse e a pista, estão, além de Alvarado, nomes como a ‘promessa’ da Bélgica Julie de Wilde, a antiga tricampeã do mundo de ciclocrosse Sanne Cant e a alemã Laura Süssemilch, campeã do mundo de perseguição por equipas em 2021.